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      06/05/2011 | Espetáculo “Tatyana” - Theatro M Paulínia

       No próximo dia 12 de maio a Replan completará 39 anos de inauguração e, comemorando esta data, a Petrobras trará para o Theatro Municipal de Paulínia o espetáculo “Tatyana”, da conceituada Companhia de Dança Deborah Colker, patrocinada pela Companhia.

       A apresentação acontecerá no dia 08/05 às 18h00 no Theatro Municipal de Paulínia e haverá distribuição gratuita de ingressos para interessados, sendo um par de ingressos por pessoa.

      A distribuição ocorrerá no sábado, 07/05, das 13h00 às 19h00 na bilheteria do Theatro.

      Sujeito à disponibilidade de ingressos.

       

      Companhia de Dança Deborah Colker e o espetáculo “Tatyana”

      Em 1993, nasce nos salões do clube Casa do Minho, onde Deborah dava aulas, o embrião do que seria a Companhia de Dança Deborah Colker. Ela entraria em cena no projeto O Globo em Movimento no qual a Companhia estreou em 1994 no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em programa duplo com o Grupo Momix.

      Em 1995, devido à repercussão de seu trabalho, a Companhia conquistou o patrocínio exclusivo da Petrobras, o que lhe tem possibilitado alçar grandes vôos e se firmar no panorama da dança mundial.

      Nesse espaço de tempo, a companhia se apresentou no Reino Unido, França, Alemanha, Áustria, Chile, Colômbia, Portugal, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Holanda, Cingapura, Nova Zelândia, Macau, Irlanda, Japão e Uruguai, conquistando diversos prêmios.

      O mais novo trabalho de Deborah Colker foi buscar inspiração em um clássico da literatura universal. “Tatyana” leva aos palcos os personagens do romance em versos “Evguêni Oniéguin”, de Púchkin.

      O mulato (seu trisavô materno era filho de um príncipe africano) Aleksandr Púchkin (1799-1837) é considerado o “pai” da literatura russa moderna. Escrito ao longo de sete anos, entre 1823 e 1830, “Evguêni Oniéguin” é sua obra mais original e importante, que inspirou diversas criações em outras áreas, da célebre ópera de Tchaikovski (1879) ao filme com Ralph Fiennes (1999), passando pelo balé de John Cranko.

      A trama é aparentemente simples: Oniéguin é um jovem abastado, cosmopolita e entediado, que abandona as diversões da cidade grande para se refugiar na propriedade rural herdada do tio. Lá, conhece o jovem poeta Lenski, noivo de Olga Lárina, a cuja irmã mais velha, a contemplativa Tatyana, é apresentado. Seguem-se a declaração de amor da moça, sua rejeição por Oniéguin, um duelo fatal entre os amigos e um doloroso reencontro do casal, quando o passar dos anos operou neles transformações profundas e decisivas.

      Para expressar a força poética e a magia do romance, a Companhia de Dança Deborah Colker leva ao palco o próprio Púchkin, interagindo com as ações, desejos, pensamentos e modificações dos quatro protagonistas de sua obra-prima. Trata-se, afinal, de um espetáculo de balé contemporâneo, interessado antes em traduzir sentimentos do que em traduzir uma narrativa.

      Embora o livro tenha sido escrito e ambientado na Rússia do começo do século XIX, uma das razões de seu perene vigor e atualidade é transcender as barreiras de tempo e espaço - virtude que é reforçada neste espetáculo. Assim, não veremos no palco os estereótipos russos das balalaicas e matriochkas: o cenário é constituído de uma grande árvore metálica, em torno da qual e em cujos ramos Púchkin e seus personagens desenvolvem seus sonhos, angústias e quereres.

      Tampouco os figurinos pertencem a este ou aquele local ou período, servindo para caracterizar inequivocamente cada personagem com uma mistura de elementos “atuais” e “de época”. E, analogamente, a trilha sonora, embora seja marcada pela predominância de compositores russos, faz coexistirem autores de diversos períodos, do romantismo de Tchaikovski ao modernismo de Stravinski - e as partituras desses grandes mestres do passado, por seu turno, passa pelo filtro contemporâneo das colagens e remixagens de Berna Ceppas.

      Desse cruzamento de linguagens, estéticas e referências, baseado em um estudo aprofundado da obra-prima de Púchkin, surgiu um espetáculo vibrante e atual, que enfrenta o desafio de exprimir sem palavras o sublime contido nos versos de um clássico da literatura.



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