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      01/04/2013 | Projeto Andarilho Cultural

      Arrigo Barnabé abre temporada 2013 do Projeto Andarilho Cultural

      Cantor e compositor traz para Campinas o show Caixa de Ódio – O Universo de Lupicínio Rodrigues, em apresentação única no dia 18 de abril

      O músico e compositor Arrigo Barnabé, um dos mais criativos músicos brasileiros, apresenta no dia 18 de abril, no Andarilho Bar e Restaurante, em Campinas (SP), o show Caixa de Ódio – O Universo de Lupicínio Rodrigues, trabalho com o qual vem percorrendo O Brasil nos últimos três anos. A apresentação a marca a abertura da temporada 2013 do projeto Andarilho Cultural e reproduz uma interpretação original e afetiva sobre o trabalho do compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues, pai da "dor de cotovelo".

      Ao lado de Paulo Braga ao piano e Sergio Espíndola, violão e baixo, Arrigo canta diversas canções de Lupicínio norteado pela raiva e pela angústia inerentes as canções do compositor. O humor também permeia todo o trabalho, porém sem perder a ironia e o sarcasmo.

      Vanguardista e ousado, Arrigo Barnabé soube explorar a riqueza e o lirismo cortante de um grande compositor do século passado para produzir seu atual trabalho em que faz uma homenagem ao boêmio genial. Quase que iluminado à luz de velas, a rouca e irônica voz de Arrigo corta o silêncio e a penumbra da noite. É completamente adequado para interpretar a raiva e a angústia poética de Lupicínio.

      Desde os anos 80, Arrigo é considerado um grande inovador. Sua marca registrada foi a de misturar música popular brasileira e rock com elementos eruditos. Essa química própria acabou gerando uma identidade única, que ele usa agora para proporcionar uma inovadora interpretação dos grandes clássicos de Lupicínio Rodrigues, retomando o diálogo com a música popular após mais de 10 anos voltado intensamente a música erudita e contemporânea.

      “Não acredito em nada que não tenha angústia, isso talvez é o que mais me atrai nas canções de Lupicínio, e também a raiva, gosto muito de trabalhar com a raiva, a revolta. Nele tudo é verdadeiro, e raiva e angústia são meio difícil fingir. Por essa observação penetrante do ser humano nas situações limites da dor amorosa, por esse humor que permeia as canções, um humor voltado para a ironia e o sarcasmo, por tudo isso estava atravessada a vontade de cantar Lupicínio."

      Arrigo investe em releituras particulares das músicas do artista boêmio desde 2009. O trabalho cria uma discussão paralela sobre os rumos da canção e reflete sobre a patrulha por um programa estético de bom gosto que sempre acompanhou a história da música popular brasileira.

      Vestido com camisa vermelha, como Lupicínio, Arrigo transforma as desventuras amorosas do compositor em canções contemporâneas, cheias de humor e sarcasmo. Lamento marco da carreira de Lupicínio, “Vingança”, que assim como Arrigo completou 60 anos de vida, torna-se um samba blues debochado. A narração inicial de “Nervos de Aço” estabelece relação com a vanguarda paulista em citação do discurso policial radiofônico de “Clara Crocodilo” e ainda faz referência à capa do disco homônimo de Paulinho da Viola.
       

      Serviço:

      Arrigo Barnabé: Caixa de Ódio – O Universo de Lupicínio Rodrigues

      Local: Andarilho Bar e Restaurante, em Campinas. Rua Sampainho, 197 - Cambuí

      Data: 18 de abril

      Horário: 21h30

      Ingressos: R$ 35,00 antecipado e R$ 50,00 no dia

      Informações: (19) 3254-3721.
       

      QUEM É ARRIGO BARNABÉ

      Compositor, cantor e instrumentista paranaense. Um dos mais inovadores da música popular brasileira pós-tropicalismo. Arrigo Barnabé nasce em Londrina e muda-se para São Paulo, onde cursa as faculdades de arquitetura e composição na Universidade de São Paulo (USP).

      O início de sua carreira musical é vinculado ao movimento vanguarda paulistana, com preocupações experimentais e anticomerciais. Em 1979, concorre no Festival Universitário da TV Cultura com as músicas Diversões Eletrônicas, que obtém o primeiro lugar, e Infortúnio. No mesmo ano canta, no Festival da TV Tupi, Sabor de Veneno. Lança no ano seguinte o disco Clara Crocodilo, composto em forma de suíte com arranjos para grupos instrumentais.

      Nos anos 80, compõe trilhas para cinema e teatro e recebe vários prêmios: no Festival de Gramado (1983), pela trilha sonora do filme Janete, de Chico Botelho; no Riocine Festival (1985), pela música do filme Estrela Nua, de José Antônio Garcia e Ícaro Martins; em 1986, de melhor composição para teatro, pela música de Santa Joana e de melhor trilha sonora no Riocine Festival, pela música de Cidade Oculta, de Chico Botelho; dois anos depois, no Festival de Cinema de Brasília, de melhor trilha sonora, pelo filme Vera, de Sérgio Toledo; no Festival de Cinema de Curitiba, de 1988, de melhor trilha sonora, pela música do filme Lua Cheia, de Alain Fresnot. Nesse período, suas composições são consideradas distanciadas do atonalismo e dodecafonismo do início de sua carreira.

      Seus discos passam a ser produzidos pelas grandes gravadoras, e não mais por selos independentes. Nos anos 90, retoma seu interesse pela música erudita e compõe a "pseudo-ópera" (segundo sua própria definição) Gigante Negão (1990). Excursiona pelo Brasil e exterior e participa de festivais como os de Berlim (1993) e Córdoba (1995).

      Em 1999, funda a gravadora Thanx God Record e regrava e relança o álbum Clara Crocodilo. Compõe a trilha sonora do filme do cineasta Ricardo Bravo, Oriundi, de 2000, e participa do longa-metragem O Olho Mágico do Amor, filme da dupla José Antonio Garcia e Ícaro Martins. Em 2001 monta a ópera O Homem dos Crocodilos - Um Caso Clínico em Dois Atos.



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