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      04/09/2013 | ABAL - Encontros Musicais 06/09/2013

      Músicas de Carlos Gomes movimentam sexta-feira o palco da ACI
       

      Kohdo Tanaka, tenor, divulgador no Japão e China das músicas de Carlos Gomes, retorna a Campinas para homenagear o imortal  Maestro Antonio Carlos Gomes

      Durante o Mês de Carlos Gomes, a ABAL Campinas tradicionalmente homenageia o maestro Carlos Gomes em recitais, trazendo solistas de Campinas e convidados, para resgatar suas modinhas, canções e árias de ópera. Nas comemorações gomesianas de 2013, a ABAL fará quatro recitais, sendo dois no auditório da ACI, nos dias 6 e 13/09; um no Conservatório Carlos Gomes, em 14/09 e um no Conservatório Pro Música, em 19/09. Em sua sexta visita a Campinas para participar das comemorações, o tenor Kohdo Tanaka, que reside na cidade Osaka, Japão, é atração internacional no recital desta sexta-feira, 6 de setembro, às 20 horas, no auditório Carlos Tontoli, da Associação Campineira de Imprensa (rua Barreto Leme, 1479, Centro, tel. 3234-2591). Participam também do concerto, que será acompanhado pelo pianista Chiquinho Costa, os sopranos Victória Real, Susana Boccato, Mariana von Zuben e Marina Gabetta, o contralto Celeste do Carmo e mezzosoprano Melissa Sofner, os tenores Nunno Dellalio, João Gabriel Bertolini e Kohdo Tanaka, e o barítono José Luiz Águedo-Silva.

       

      O público poderá ouvir canções, árias e dueto das óperas Il Guarany, Maria Tudor, Lo Schiavo, Salvador Rosa, Condor e A Noite do Castello, além de modinhas e canções como Quem sabe?!, Mon Bonheur, La Piccola Mendicante, Povera Bambola, La Madamina, Rondinella, Conselhos, Realtá, Tu m’ami, La Preghiera dell’orfano e Notturno. Entrada franca. O Mês de Carlos Gomes integra o calendário de eventos culturais da Secretaria Municipal de Cultura, da Prefeitura de Campinas e prevê muitos eventos ao longo de setembro.

       

      O Homenageado

       

      Antonio Carlos Gomes nasceu em Campinas, na época chamada Vila São Carlos, aos 11 de junho de 1836. Seu pai, Manoel José Gomes, professor de piano, canto, órgão e violino na vila, era conhecido por Maneco Músico. Nosso Tonico de Campinas cedo revelou sua vocação musical. Entrou para a Banda Marcial regida por seu pai, onde também tocava seu irmão de sangue, José Pedro de Sant´Anna Gomes. Aos onze anos começou a estudar música. Iniciou pela clarineta, logo mudando para piano e violino. Em 1848, deu récitas de piano onde figuravam suas primeiras obras musicais: solos para piano e modinhas.

      Em 1856 escreveu a ¨Missa de São Sebastião¨, dedicada ao Maestro Henrique Luiz Levy. Em 1859, em concerto organizado com o músico Ernest Maneille no Teatro São Carlos, em Campinas, apresentou a obra ¨Variações para clarineta¨ sobre o romance ¨Alta Noite¨. Nesse mesmo ano, abriu um curso de piano, canto e música. Foi viver em S. Paulo com seu irmão hospedando-se em repúblicas de estudantes. Tocava na época em concertos particulares, juntamente com Henrique Luiz Levy. Compôs então (1859) o ¨Hino Acadêmico¨ em homenagem aos estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, e a famosa modinha ¨Quem Sabe?!¨, em homenagem a Ambrosina Corrêa do Lago, seu primeiro amor. Nesse mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro onde matriculou-se no Conservatório de Música, na classe de contraponto de Gioacchino Gianinni.

      Francisco Manuel da Silva, àquela época diretor do Conservatório, entusiasmado com o rápido avanço de Carlos Gomes encomendou-lhe uma cantata (¨Salve dia de ventura¨) para execução perante o Imperador Pedro II. Foi apresentada a 15 de março de 1860, com o próprio compositor regendo. Por essa obra de sucesso, o Imperador lhe ofereceu uma medalha de ouro. Pela composição da cantata ¨A última hora do Calvário¨, estreada em 15 de agosto de 1860, na Igreja Santa Cruz dos Militares foi nomeado ensaiador e regente da orquestra da Imperial Academia de Música e Ópera Nacional. Em 4 de setembro de 1861 foi à cena a primeira ópera ¨A Noite do Castelo¨, sob a regência dele próprio e versos de Antonio José Fernandes dos Reis, baseados no poema homônimo de Antonio Feliciano de Castilho. Em 15 de setembro de 1863 estreou a segunda ópera, ¨Joana de Flandres¨, no Teatro Lírico Nacional, sobre libreto original de Salvador de Mendonça. Agraciado pelo Imperador com a Ordem da Rosa, e após grande êxito, Carlos Gomes recebeu pensão para estudar na Europa. Em 8 de dezembro de 1863 partiu para a Itália. Cursou o Conservatório de Milão na classe do Maestro e compositor operístico, Lauro Rossi. Três anos depois, Carlos Gomes recebeu seu diploma de Maestro e Compositor. Ao longo de sua vida produziu as revistas musicais, “Se as minga” e “Nella Luna”, as óperas “Il Guarany”, “Fosca”, “Salvator Rosa”, “Maria Tudor”, “Lo Schiavo”, “Condor” e o Poema Vocal Sinfônico “Colombo”. Deixou várias óperas inacabadas ou apenas esboçadas, dezenas de modinhas e canções, peças para piano e a Sonata em Ré (Burrico de Pau). Faleceu em 16 de setembro de 1896, há 117 anos, em Belém, no Estado do Pará.


      Entrada franca.





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