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      29/12/2013 | Pesquisadora do Boldrini ganha o Prêmio Capes

      A pesquisadora Priscila Pini Zenatti do Centro Infantil Boldrini, hospital de Campinas (SP) referência no tratamento do câncer infantil, recebeu o Grande Prêmio Capes Zeferino Vaz de Tese 2013, da área de ciências biológicas, pela tese Estudo do IL-7R na Leucemia Linfoide Aguda pediátrica de linhagem T. O estudo teve como orientador o pesquisador José Andrés Yunes. O reconhecimento foi entregue na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Brasília, pelo ministro da Educação Aloizio Mercadante.

      Participaram do Prêmio Capes 645 teses de doutorado defendidas em 2012 inscritas por programas de pós-graduação. A tese da pesquisadora Priscila foi uma das premiadas com o Prêmio Capes. Concorreram ao Grande Prêmio Capes de Tese 38 autores vencedores do Prêmio Capes de Tese, que apresentaram à Capes uma vídeoaula com duração de 20 a 3 minutos, em CD ou DVD, destinada a estudantes do ensino médio, abordando de forma apropriada ao nível educacional, o tema da tese de doutorado.

      Para Priscila, essa “premiação é o maior reconhecimento acadêmico que uma tese de doutorado pode conquistar e um diferencial curricular importante”.  Com a conquista do Grande Prêmio Capes a pesquisadora recebeu certificado, bolsa para realização de estágio pós-doutoral em instituição nacional de até cinco anos, podendo converter um ano em estágio pós-doutoral fora do país em uma instituição de notória excelência na área de conhecimento do premiado e U$ 15 mil da Fundação Conrado Wessel. O orientador  recebeu certificado e auxílio equivalente a uma participação em congresso internacional, no valor de R$ 6 mil.

      A tese da Priscila, defendida em 2012 pelo Programa de Pós-Graduação de Genética e Biologia Molecular da Unicamp, sob a orientação do pesquisador do Boldrini José Andrés Yunes e coorientação do professor doutor Jörg Kobarg, do Laboratório Nacional de Biociências, identifica a mutação ativadora na proteína IL-7R (Receptor da Interleucina 7).

      A pesquisa da mutação, financiada com projeto Fapesp e bolsas de estudos do CNPq, levou cinco anos para ser concluída e revela que a proteína IL-7R defeituosa leva à proliferação descontrolada das células na leucemia linfoide aguda T (LLA-T). Foram estudados 201 pacientes com leucemia linfoide aguda T, sendo 68 provenientes do Boldrini, de Campinas (SP). A pesquisa revelou que cerca de 10% dos pacientes com leucemia linfoide aguda T possuem a mutação IL-7R. “Essa descoberta contribui para a identificação e a compreensão de um novo mecanismo, responsável pelo surgimento da leucemia infantil; a curto prazo, essa mutação poderá ser usada como um novo alvo para o desenvolvimento de drogas específicas para o tratamento da leucemia infantil”, afirma Priscila.

      Priscila Pini Zenatti possui graduação em Ciências Biológicas e Mestrado em Genética e Evolução pela UFSCar, Doutorado em Genética Biologia Molecular pela Unicamp. No doutorado estudou mutações no IL-7R em LLA-T, realizando parte do estudo na Faculdade de Medicina de Lisboa e no National Institute of Health (USA). Atualmente, é pós-doutoranda no Centro Infantil Boldrini e Laboratório Nacional de Biociências em um projeto intitulado "Desenvolvimento de anticorpos monoclonais terapêuticos contra o homodímero IL-7R mutante da LLA".


      BOLDRINI

      O Centro Infantil Boldrini há 35 anos atua no cuidado de crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas. Atualmente, o Boldrini trata cerca de 7 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de países da América Latina, a maioria (80%) pelo SUS. É considerado um dos centros mais avançados do país, que reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento especializado, com índice de cura de 70% a 80% em alguns tipos de câncer.



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