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      22/03/2017 | CARNE FRACA E OUTROS ALIMENTOS

      CARNE FRACA E OUTROS ALIMENTOS

      *Erico Rolvare

      Nessa semana fomos surpreendidos com a notícia de adulteração em um grupo de alimentos, as carnes bovina e de aves. Há muito se sabe que apesar do Brasil ser um grande produtor de alimentos, a qualidade de alguns produtos que ficam para população consumir acaba sendo de qualidade muito ruim.

      O incentivo para o consumo de alimentos ultraprocessados e industrializados, como os embutidos, como sendo uma fonte de alimentação saudável, esconde a real situação desses alimentos. Carnes processadas, como presunto, copas, linguiças, peito de peru, salsichas e nuggets escondem uma triste realidade para a alimentação. São alimentos com valor nutricional muito baixo. Em alguns casos, como os denunciados recentemente pela mídia, na matéria prima para sua confecção, são utilizadas carnes já passadas do ponto, e para melhorar o seu aspecto são colocados formol, corantes, estabilizantes, aromatizantes e realçadores de sabor, muitos desses banidos há muito tempo em diversos países do mundo.

      Em torno desse tipo de alimentos existe um investimento em massa em publicidade para passar a imagem de alimentos gostosos, práticos e ricos em nutrientes, quando na realidade são o inverso. Sabe-se há um bom tempo que os corantes artificiais utilizados pela indústria são cancerígenos, mas a sua liberação para uso na alimentação do brasileiro é permitida.

      A utilização dos realçadores de sabor, como o glutamato monossódico e os aromas artificiais estão muito relacionados a doenças neurodegenerativas, bem como o número crescente de casos de crianças com algum déficit de atenção, bem como o autismo.

      Sem falar no uso do ácido formol, utilizado como forma de aumentar a durabilidade dos alimentos, passando a falsa informação para a população que a conservação daquele produto se dá simplesmente pelo tipo de embalagem.

      Outra realidade são as nossas frutas, verduras, grãos e legumes que apresentam as maiores taxas de agrotóxicos do mundo, sem falar que muitos desses produtos já foram banidos de muitos países há mais de vinte anos.

      A pressão da indústria para que a população consuma cada vez mais esses tipos de alimentos ultraprocessados, se dá através de merchandising em massa.

      Devemos fazer da nossa alimentação um dos pilares da nossa saúde, procurando consumir “comida de verdade”, ou seja, feita em casa, com ingredientes cuja procedência seja conhecida, estimulando cada vez mais a produção de orgânicos, para que possamos poupar o nosso organismo de mais uma fonte de agressão vinda da alimentação.


      *Erico Rolvare é médico, com especialização em Nutrologia.


      Foto: Roncon & Graça Comunicações





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