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Cantores fazem tributo musical para as Mães
Estamos na semana do Dia das Mães, a ser comemorado pelas famílias no 11 de maio, domingo. Tradicionalmente a ABAL Campinas - (Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos) realiza um recital onde o repertório aborda os múltiplos significados da figura materna, conforme tem sido celebrada por compositores e poetas do mundo todo. As canções para as mães estarão presentes no palco da Associação Campineira de Imprensa, (rua Barreto Leme, 1479, Centro, tel. 3234-2591) na sexta-feira, dia 09/05, às 20 horas, nas vozes do mezzosoprano Vera Pessagno Bréscia, do baixo Rodolpho Caniato e dos tenores Vicente Montero, Antoine Kolokathis, Sérvio Sotello e Alcides Acosta, com acompanhamento do pianista Chiquinho Costa, que também dirige o concerto.
Entre as músicas deste tributo figuram Maria, (Ary Barroso e Luiz Peixoto), Conceição (Dunga e Jair Amorim), Mia Gioconda (Vicente Celestino), Singela Canção de Maria (Babi de Oliveira), Maria Macambira (Babi de Oliveira e Orádia de Oliveira), O Leilão (Cenas coloniais 1870), (Hekel Tavares e Joracy Camargo), Ave Maria (Bach-Gounod), She (Charles Aznavour e Herbert Kretzmer), Acalanto (Dorival Caymmi), Bodas de Prata (R. Martins e Mário Rossi), Mamma (C.A. Bixio), Cantiga de Ninar (Francisco Mignone) e Signora Fortuna (Bixio, Cherubini e Fragna).
Encontram-se na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens à deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os gregos ofereciam presentes, além de prestarem homenagens à deusa.
Os romanos, que também eram politeístas e seguiam religião similar à grega, tinham igualmente este tipo de celebração. Em Roma a festividade durava três dias (entre 15 e 18 de março). Também eram realizadas festas em homenagem à Cibele, mãe dos deuses. Porém, a comemoração se tornou cristã nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem à Virgem Maria, mãe de Jesus. Comemoração semelhante a dos dias atuais vamos encontrar no século XVII na Inglaterra. Era o “Domingo das Mães”. Durante as missas os filhos entregavam presentes a suas mães. Filhos que trabalhavam longe de casa ganhavam o dia para visitar suas mães. Portanto, passou a ser um dia destinado a visitar as mães e lhes dar presentes. Nos Estados Unidos a ideia de criar uma homenagem às mães foi proposta em 1904 por Anna Jarvis. Anna idealizava uma data em homenagem à sua mãe, a qual fora um exemplo de mulher, prestando serviços comunitários durante a guerra civil americana. Isso deu certo e a data acabou oficializada, em 1914, pelo Congresso norte-americano. A lei que declarou o Dia das Mães como festa nacional foi aprovada pelo presidente Wilson. Após esta iniciativa, outros países seguiram o exemplo e incluíram a data em seus calendários comemorativos. A data passou mais tarde a ser focada na compra de presentes, liderada pelo comércio. Este fato desagradou Anna Jarvis, desapontada ao ver que o caráter de solidariedade e amor da data estavam se perdendo. Ela tentou modificar e em 1923 liderou uma campanha contra a comercialização desta data. Embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar.
A ABAL Campinas
Principal programa para popularização da música operística e canções de compositores eruditos e semieruditos, nacionais e internacionais, a série “Encontros Musicais” foi idealizada por um grupo de artistas líricos de Campinas, reunidos em outubro de 1981, na sede da Associação Campineira de Imprensa (ACI), logo após o término da Semana Carlos Gomes daquele ano. O movimento lançado através da imprensa, ficou conhecido como “Para Nossa Voz Queremos Vez” e gerou essa atividade semanal realizada em teatros ou salas de concertos existentes na cidade. O público campineiro passou a assistir, gratuitamente, a uma programação de recitais de solistas líricos, conjuntos de câmera, corais e declamadores. A partir de 1981 e tendo atingido em 18 de dezembro de 2013 seus 32 anos de existência, com 1106 concertos realizados, os “Encontros Musicais” seguem acontecendo conforme a proposta da ABAL CAMPINAS de incentivar esse hábito entre a população e, também, oferecer um palco para jovens estudantes de canto adquirir experiência e aprimorar sua técnica vocal e interpretação.
Durante cerca de 33 anos de existência, participaram dos “Encontros” cantores internacionais, como a soprano irlandesa Carmel O’ Byrne Ferlise, a americana Susan Moorehead, a brasileiro-americana Jennifer Tirré, o tenor japonês Kohdo Tanaka, a russa Éteri Gazava, a soprano espanhola Beatriz Fernández-Campomanes, e grandes artistas brasileiros, como Neyde Thomas, Rio Novello, Benito Maresca, Romeu Cury, Marília Ziegl, Gledys Pierri, Tereza Godoy, Cesar d’Ottaviano, Henrique Rocha, Alberto Medaljon, Miguel Geraldi, Rosana Lamosa, Carlos Eduardo Marcos, Sebastião Teixeira, Randal Cunha, e muitos outros. Em sua obstinada e árdua trajetória, a série foi ao encontro do público em várias salas de concerto e abriu espaços artísticos para a música lírica em vários pontos da cidade de Campinas.
Os “Encontros Musicais” são mantidos pela ABAL Campinas, entidade cultural sem fins lucrativos, declarada pela Câmara Municipal de Campinas como de utilidade pública através da Lei nº 5844, de 16/10/1987. Fundada em 1982, a ABAL é dirigida por uma Diretoria Executiva integrada por pessoas que realizam um trabalho não remunerado, voluntário, associados contribuintes e honorários. Seu atual presidente para o Biênio 2014-2016 é o tenor Alcides Ladislau Acosta. Cantores líricos, corais, declamadores e trovadores se sentem à vontade para oferecer sua arte, coordenados pela Diretoria Artística, atualmente entregue ao pianista José Francisco da Costa (Chiquinho Costa). “A ABAL Campinas, historicamente, surgiu para congregar e unir a classe dos artistas líricos e tem perseguido esse ideal com tenacidade” – declara Alcides Acosta. Integram a diretoria da ABAL, Antoine Kolokathis, vice-presidente; Sara Valadares Ribeiro dos Santos, secretária; Vicente de Paulo Montero, tesoureiro; Marina Gabetta, diretora social; João Gabriel Bertolini, diretor adjunto e José Eduardo Gagliardi Florence Teixeira, diretor de Marketing Cultural.
Entrada franca.