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ONG de Campinas (SP) premiará professores de Bom Princípio (RS) vencedores do projeto Teatro de Fantoches
Trabalho do Grupo Primavera capacitou 35 professores da rede municipal a usarem os bonecos em sala neste ano como ferramenta pedagógica
A ONG Grupo Primavera, em parceria com a Secretaria de Educação de Bom Princípio e o Instituto 3M de Inovação Social, premia no próximo dia 17 de outubro (sexta-feira), três professores vencedores do projeto Teatro de Fantoches, adotado este ano por 12 escolas da rede municipal de Bom Princípio. O evento de premiação será às 15 horas, no Centro de Cultura e Eventos do Parque Municipal (Rua Celestino Volkweiss, sem número, Centro) da cidade.
Ao todo, participaram 35 professores dessas escolas, que dão aulas para os primeiros anos do ensino fundamental e educação infantil. Eles foram capacitados por Cristina Lazaretti, especialista em manuseio de fantoches contratada pela entidade de Campinas (SP), que os ensinou como utilizar corretamente os bonecos em sala de aula para transmitir os conteúdos pedagógicos previstos para cada série de forma lúdica e interessante aos alunos.
Essa foi a primeira vez que o projeto foi aplicado pela ONG fora do Estado de São Paulo. Além de Bom Princípio, os fantoches do Grupo Primavera também foram adotados ao longo de 2014 por escolas municipais de São José do Rio Preto (SP), em uma parceria da ONG com a secretaria de educação da cidade e também com o Instituto 3M de Inovação Social.
A secretária municipal de Educação de Bom Princípio Cláudia Raquel Müller München aderiu ao projeto do Grupo Primavera porque afirma que o teatro continua causando encantamento e, por isso, concretizando de maneira única o aprendizado, seja de ordem informativa ou cultural, mesmo com o advento da tecnologia. “Como primeiro passo para esse tipo de trabalho, o educador deve ter bem definido em sua concepção quais os princípios fundamentais que regem a prática teatral. O que é uma peça de teatro; como é a linguagem desse tipo de texto; qual a função do teatro na escola; que elementos compõem esse tipo de técnica; enfim, como avaliar esse tipo de prática. Por isso, aderimos ao projeto Teatro de Fantoches, propondo um estudo do teatro, utilizando os fantoches, pois sabemos que é uma importante ferramenta de ensino e de estímulo ao aprendizado”, observa.
Já o Instituto 3M de Inovação Social patrocina esse projeto há quatro anos porque essa proposta vai ao encontro do objetivo da instituição, que é o de incentivar práticas de cidadania ligadas à Educação.
Início do Teatro de Fantoches
O projeto “Teatro de Fantoches: oficina, workshop e apresentações” idealizado pelo Grupo Primavera foi implantado pela primeira vez em 2006, em 75 escolas municipais e estaduais de Campinas, além de bibliotecas da cidade que foram palco das histórias dos fantoches. Por meio do teatro com os bonecos, é possível desenvolver nas crianças criatividade, desenvoltura, facilidade de comunicação e gosto pela leitura e arte e, ao mesmo tempo, proporciona mecanismos diferentes para o aprendizado delas.
Todos os fantoches são feitos na oficina de criação da ONG. Entre os personagens estão árvore, cachorro, coelho, sapo, borboleta, peixe e sol, que permitem aos professores abordarem temas como meio ambiente, educação para o trânsito, inclusão social e saúde bucal.
Grupo Primavera
Fundado em 1981, o Grupo Primavera cresce a cada ano e atingiu a marca de quase 9 mil meninas e jovens atendidas nos mais de 30 anos de transformação social no Jardim São Marcos, bairro da periferia de Campinas (SP) reconhecido pela violência.
Hoje, a ONG atende a aproximadamente 500 crianças e jovens, que têm suas vidas transformadas por meio de programas e projetos inovadores de educação e convívio social, cultura, bem-estar e profissionalismo. Em sua sede, desenvolve programas de educação complementar para meninas e adolescentes de 6 a 18 anos de idade, com o objetivo de minimizar os riscos sociais aos quais estão expostas, promovendo uma formação baseada em valores como disciplina e empreendedorismo, capacitando-as para que se sejam agentes de mudança no meio em que vivem – seja incentivando-as a prosseguir nos estudos ou garantindo a inserção profissional delas no mercado de trabalho.
Além das meninas primavera, o GP também atende jovens meninos por meio de seus programas de educação complementar, caso do Pacto, programa especial da ONG que prepara jovens para os exames de admissão em colégios técnicos de Campinas e região.
