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CIESP-CAMPINAS PESQUISA AJUSTE FISCAL
Os efeitos do Ajuste Fiscal na indústria regional foi um dos temas da Pesquisa Sondagem Industrial de Março, apresentada nesta quarta (29 de abril) pelo Ciesp-Campinas e Facamp. Para 62,5% dos empresários e executivos entrevistados, haverá piora nas condições de investimentos, sendo que 25% não soube informar o que pode ocorrer. Para apenas 8,3%, as condições de investimentos devem melhorar e 4,2% desse total, se declarou indiferente. A redução do mercado consumidor, para 50% dos representantes da indústria regional, é o principal impacto de curto prazo do Ajuste Fiscal. Na segunda posição, com 29,2% das respostas, como principal impacto, figura o aumento de impostos, seguindo-se a restrição de financiamento junto aos bancos com 12,5% e finalmente, 8,3% dos entrevistados não esperam mudanças relevantes.
O diretor do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho, diante do saldo positivo de 650 contratações registradas pela indústria regional em março e do acumulado positivo nos três primeiros meses de 2015 - 3,2 mil contratações, afirmou que ainda é cedo para se falar sobre uma tendência para o resto do ano. “Estamos vivendo um momento de estabilidade no emprego da indústria regional, mas as informações que dispomos, mostram que vivemos um período de sazonalidade, que pode se alterar nos próximos meses, uma vez que os números de empregos no Estado e no País são fortemente negativos”, explicou. O economista da Facamp, José Augusto Ruas, na sua análise da Sondagem Industrial, também ponderou que serão necessários mais dois ou três meses para uma avaliação mais consistente dos indicadores da indústria.
O diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, comentou que embora a balança comercial da indústria regional continue negativa em março de 2015 - as exportações foram de US$ 270 milhões e as importações alcançaram US$ 850 milhões, a corrente comercial (somatório das exportações e importações) tem se mantido constante. Em março de 2014 essa corrente foi de US$ 1,14 bilhão e em março deste ano foi de US$ 1,13 bilhão.
Nunes e Riso afirmaram que o câmbio atual deve favorecer a atratividade do Brasil para os investidores internacionais, o que se deve verificar nos próximos meses. “Temos recebido consultas de investidores estrangeiros sobre a possibilidade de negócios com empresas locais”, declarou o diretor do Ciesp-Campinas.