• NOTICIAS

      08/06/2012 | Consumidor Paulista é exemplo de cidadania

      João Galassi

      Neste momento em que as discussões sobre o Meio Ambiente estão em alta em função da Rio+20, temos uma ação efetiva para comemorar. Acima de tudo, fazer uma reflexão sobre a importância da preservação ambiental e da busca por uma melhor qualidade de vida da população das cidades paulistas. Em apenas dois meses, depois que iniciamos uma forte campanha de mudanças de hábitos com a substituição das sacolas descartáveis pelas reutilizáveis, contribuímos para evitar uma grande agressão ao meio ambiente: deixamos de distribuir 4 mil toneladas de sacolas que, se amarradas umas às outras, dariam 9 voltas em torno do planeta. Podem acreditar! Este é o tamanho do impacto das sacolas descartáveis no meio ambiente.
      Foi importante dar este primeiro passo nesta campanha que segue as orientações do PPCS – Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis do Governo Federal, e do acordo assinado com o Governo do Estado São Paulo. Cidades como Jundiaí, Americana, Monte Mor, Marília e a capital mineira Belo Horizonte, que implantaram o programa há mais tempo já comemoram grandes resultados e são exemplos para o Brasil de como a população respondeu e aderiu aos novos hábitos de consumo não-poluidores.

      Felizmente, o Brasil vem discutindo cada vez mais o tema sustentabilidade. O setor de supermercados, que sempre esteve na vanguarda de ações de interesse dos consumidores, pela sua proximidade com a população, entendeu a urgência desse assunto e convocou seus pares para o debate há bastante tempo. A Apas assumiu o papel de fomentar essa discussão no setor e hoje empresas de todos os portes praticam ações de sustentabilidade e responsabilidade social, com significativos benefícios para a sociedade. Como ação institucional, a Apas alinhou-se às iniciativas promovidas pelo governo, tendo como objetivo prestar o melhor serviço aos consumidores sempre de forma sustentável.

      Entretanto, aqueles que se beneficiam do "status quo" do descarte pelo descarte polemizam o assunto, liderando movimentos contrários à iniciativa do PPCS e insistindo na proposta de práticas insustentáveis. Permanecer na mesmice ou se acomodar é o mesmo que ser negligente; é ser irresponsável com as futuras gerações.

      De nada adiantaria reincorporar os preços das sacolas descartáveis ao custo dos produtos e continuar a piorar a qualidade de vida de cidades, cada vez mais populosas. A população brasileira dobrou nos últimos 40 anos. Éramos 90 milhões em 1970 e, hoje, o IBGE aponta 190 milhões de brasileiros, dos quais 85% vivem em cidades, produzindo montanhas de lixo todos os dias. O descarte crescente de materiais é incompatível com a necessidade de preservar recursos e garantir qualidade de vida para as próximas gerações, em busca de uma sociedade sustentável.

      Não devemos retroceder. O segmento que não se alinhar à causa da sustentabilidade corre o risco de ser responsabilizado por apoiar projetos e ideais que prejudicam o meio ambiente.

      Estamos conscientes de que a metodologia atual de redução de sacolas descartáveis trouxe alguns desconfortos, principalmente no caso de compras emergenciais ou daqueles que simplesmente se esqueceram de trazer a sua sacola. Por esta razão, nos próximos dias, apresentaremos às autoridades (Governo do Estado, Prefeitura, Ministério Público, Procon) uma sugestão de aperfeiçoamento do programa no sentido de compatibilizá-lo ainda mais com o PPCS.

      Trata-se de uma questão de adaptação aos novos hábitos e comportamento. Minimizar os impactos ambientais é um caminho sem volta para nós brasileiros. Para finalizar, quero agradecer aos consumidores do estado de São Paulo que estão dando um grande exemplo de cidadania.

      João Galassi
       
      Presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas).



  • VIP IN TOUCH

  • CONTACT

  • LINKS

  • Revista Vip Virtual

  •