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      07/03/2013 | O empoderamento das mulheres

      O empoderamento das mulheres segundo protocolo da ONU é tema de debate na Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), em comemoração ao Dia Internacional da Mulher


      A participação da mulher no mercado de trabalho vem crescendo continuamente. Essa tendência do universo corporativo mereceu a atenção da ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres) e do Pacto Global das Nações Unidas que, lançaram, em 2010, os "Princípios de Empoderamento das Mulheres”, tema do Encontro de Mulheres Empreendedoras, a ser realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (ACIC), no dia 08 de março, Dia Internacional da Mulher, das 8h30, às 12h, no Sete Voltas SPA Resort, em Itatiba.

      O documento, composto por sete princípios, é uma inovadora ferramenta cujo objetivo é ampliar e valorizar a liderança feminina no mercado de trabalho. A iniciativa foi referendada, ainda em 2010, por presidentes e diretores executivos, que expressaram o compromisso com a promoção da igualdade entre homens e mulheres, a ser adotado em escala global.

      O tema será abordado por Michael Haradom e Eliana Francisco, respectivamente diretor-presidente e gerente de Responsabilidade Social Empresarial da Fersol Indústria e Comércio, e proposto para debate entre o grupo convidado, formado por executivas e empresárias de Campinas.

      A Fersol é uma indústria de defensivos agrícolas paulista que tem como foco de suas ações a inclusão de setores historicamente excluídos da sociedade, sendo o primeiro e principal objetivo promover a equidade de gênero em suas relações de trabalho. Para isto, a empresa criou estratégias que possibilitam efetivamente o acesso das mulheres e dos homens aos seus recursos produtivos, a começar pela transformação de sua linha de produção, no ano 2000. Na visão do presidente da empresa, o empoderamento feminino é conquistado com a cooperação efetiva de todos os setores da sociedade, a fim de emancipar e transformar a realidade de forma a que o discurso não seja meramente retórico.

      Entre as ações adotadas pela Fersol estão a prioridade na contratação de mulheres, afro-brasileiros, pessoas maiores de 45 anos, pessoas com necessidades especiais, homoafetivos, detentos em semiliberdade e minorias (foi criada uma política de quotas que garante 30% das vagas para funcionários homens – brancos de 20 a 40 anos mulheres, afro-brasileiros), remuneração equitativa para funções e competências iguais, bem como capacitações e promoções; realização de atividades educativas de conscientização focadas na formação política e de liderança social; licença-maternidade de 7 meses e licença paternidade de 4 meses; auxílio creche de 1 salário mínimo para crianças até os 6 anos; promoção de atividades abertas à comunidade, que abordam temas como Combate à Violência contra a Mulher, Desenvolvimento da Sexualidade e Auto-Estima, Direitos Reprodutivos, Planejamento Familiar, Maternidade, Vínculo, Parto Normal e Aleitamento, entre outros; apoio às candidaturas femininas nas campanhas eleitorais, entre outras.

      Assim, a empresa chegou a atingir em 2004 a marca de 64% da sua força de trabalho composta por mulheres, percentual que hoje representa 55%.

      De acordo com a presidente da ACIC, Adriana Flosi, o objetivo do evento é encorajar a ativa participação feminina na sociedade e difundir os sete princípios da ONU, mostrando serem conceitos viáveis e compensatórios. “É necessário intensificar o diálogo com as partes interessadas da comunidade, autoridades e setor empresarial, tendo por base os resultados já evidenciados no ambiente corporativo nacional e internacional, que demonstram que igualdade significa bons negócios e distinguem direitos de benefícios”, afirma.

      No Brasil, as mulheres já ocupam mais de 48% dos cargos de supervisão, 64% das vagas de coordenação e 24% dos postos de presidentes e CEOs, segundo um estudo realizado pela Catho Online, site de classificados de currículos e empregos.

      Em Campinas, segundo levantamento realizado pelo economista da ACIC, Laerte Martins, há 10 anos a renda da mão de obra feminina nos cargos de chefia e liderança era 35% menor que a masculina e, atualmente, esse número está em 20%, sendo que nas funções executivas essa redução praticamente não existe mais.

      Hoje, 56,5% do total de vagas geradas na cidade são ocupadas pelas mulheres e 43,5% pelos homens. Já na Região Metropolitana de Campinas (RMC), 52,8% dos postos pertencem às mulheres e 47,2% aos homens.

      De acordo com o economista, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, apontam que a participação feminina no mercado de trabalho tem sido evolutiva. Nos últimos 10 anos, a participação da mulher no mercado de trabalho formal no país representava 34%, enquanto o do homem era de 66%. Atualmente as mulheres representam 47,3% e os homens 52,7%. O levantamento indica que as mulheres ocupam postos nos quatro maiores segmentos antes liderados pelos homens: Comércio, Serviços, Indústria e Construção Civil.

      Princípios de empoderamento das mulheres

      1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
      2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não discriminação.
      3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
      4. Promover a educação, a capacitação e o desenvolvimento profissional das mulheres.
      5. Apoiar o empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimento e marketing.
      6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
      7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.



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