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      11/03/2013 | Sarau Literário no CCLA

      CENTRO DE CIÊNCIAS, LETRAS E ARTES

      DÉCIMO SARAU LITERÁRIO E MUSICAL

      Dia 13 de março de 2013, às 20,00 horas


      Abertura da Exposição:

      PALAVRAS À SOLTA
      (livros e periódicos publicados em folhas soltas)

      Livros e periódicos literários ou de arte seguem uma norma, em geral, são encadernados ou grampeados, suas páginas são numeradas, enfim há todo um formato a  ser obedecido.
      Quando se encaderna uma publicação o editor quer dar um sentido à obra. O índice, numeração de páginas e sumário traduzem sua lógica. Grande parte das publicações seguem esse conceito. Mas existem algumas que  são publicadas em folhas soltas, como um Porta-Folhas.
      É este o interesse desta exposição, reunir livros e revistas que fugiram do convencional e foram publicados em forma de folhas soltas. Quando se publica um texto ou uma imagem desta forma  provoca-se um outro olhar,  quer queira quer não.
      As páginas poderão ser lidas fora da ordem em que foram enfeixadas originalmente, portanto quem elaborou o discurso pode levar ou não este fato em consideração. Estas folhas soltas podem ser também numeradas, mas em geral não o são. Se as páginas forem misturadas fora da sequência elas também poderão fazer sentido.
      Como são enfeixadas as páginas, como são guardadas estas folhas soltas? Em geral são envelopadas, colocadas dentro de caixas ou então em pastas. Estas pastas, caixas ou sacos funcionam também como capa da publicação. Existem soluções surpreendentes, que iremos investigar. Não é uma exposição que esgote o assunto, pelo contrário, é um evento que procurará trazê-lo à tona, em busca de ideias e conceitos sobre este tão curioso meio de  se publicar um discurso lítero-plástico.
      Como exemplo destacamos o álbum  Oswald psicografado por Pignatari (1981), que enfeixa numa pasta 17 pranchas onde o poeta Décio Pignatari escreve e desenha poemas em homenagem a Oswald de Andrade. Estas pranchas equivalem a páginas, não numeradas, e podem ser lidas em qualquer ordem que se estabeleça. Trata-se de um número especial da revista Códigos, mais exatamente o número 6. Nele Décio mostra seu talento literário e de artista gráfico, com interessantes caligrafias.
      Outros exemplos são publicações feitas em forma de postais, outras em que um folder/capa enfeixa folhas soltas dentro de si. Existiu uma revista de poesia em Minas chamada Poesia Livre, em que as folhas soltas são tiras,  ensacadas num relés saquinho de papel de pão.Já publicou-se inclusive histórias em quadrinhos levando-se em consideração que a leitura das páginas ficará à mercê da vontade do leitor. Há também catálogos de exposições usando este formato.
      Esta exposição pretende reunir algumas destas publicações e jogar luz sobre um assunto pouco estudado, até mesmo nos grandes centros culturais. Quem tiver algum interesse em discutir o tema que apareça, suas idéias e conceitos serão muito bem recebidos. Afinal há pouca discussão sobre um tema tão rico.

      João Antônio Buhrer de Almeida (Curador) – março / 2013




      Seção de Literatura:

      “Algumas luzes sobre a obra de Hilda Hilst e seu processo criativo”

       Apresentação e leitura de poemas e textos por Ana Lúcia  Vasconcelos.

      Breve síntese da trajetória literária da escritora Hilda Hilst, autora de 40 obras, entre poesia, ficção e peças teatrais, escritas em linguagem inovadora, comparável aos textos de James Joyce (fluxo de consciência) e Guimarães Rosa, que inovaram a linguagem literária do século vinte. A apresentação dará ênfase tanto à temática da escritora quanto ao seu processo criativo, ilustrado com a leitura de poemas e de trechos de sua prosa.
      Fruto da pesquisa da obra da obra da escritora e da própria convivência que a apresentadora manteve com ela e outros amigos da “Casa do Sol”, a exposição dará ênfase não só a reformulação da linguagem empreendida por Hilda como ainda à reformulação do comportamento a que ela visava, rumo a um auto conhecimento, a uma verdadeira revolução interior.

      Ana Lúcia Vasconcelos, natural de Campinas e licenciada em Ciências Políticas e Sociais pela PUC-Campinas (1966), atuou nas áreas de jornalismo e de teatro. Na primeira atividade, trabalhou em dezenas de revistas e jornais de São Paulo e Campinas, bem como na televisão (TV Cultura, Rede Globo). No teatro, foi responsável pelo papel título da peça “Electra”, de Sófocles, com a direção de Tereza Aguiar, o que lhe valeu o prêmio Revelação de Atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte de 1968. Atuou ainda em “Cemitério de Automóveis” (Arrabal), “Antigona” (Sófocles) e outras peças.
      É ainda autora de uma peça voltada para o público infantil e responsável por traduções e adaptações de textos teatrais. Colabora atualmente para vários portais da Internet (Agulha, Germina Literatura, Cronópios e Musa Rara).


      Seção Musical

      Canto lírico:

      Joaquim Chiavegato (barítono):

      “Non ti scordar di me” (Domenico Furnò e Ernesto De Curtis)
      “Il pescatore canta” (Francesco Paolo Tosti)
      “Canção do poeta do século XVIII” (Heitor Villa-Lobos)
      “Acalanto da Rosa” (Cláudio Santoro)

      Rodolpho Caniato (baixo):

      “In diesen heil’gen Hallen”, da ópera “A Flauta Mágica” (Wolfgang Amadeus Mozart)
      “Chanson de l’Adieu” (Francesco Paolo Tosti)]
      “Love’s old sweet song” (J. L. Molloy)
      “Lua branca”, da opereta “Forrobodó” (Francisca “Chiquinha” Gonzaga)


      Centro de Ciências, Letras e Artes

      Rua Bernardino de Campos, 989

      Fone 3231-2567



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