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      09/12/2019 | Dia do Fonoaudiólogo

      Fono... o quê??

      Se algum dia alguém já te recomendou uma avaliação ou uma consulta fonoaudiológica, você já deve ter se perguntado: "O que é isso?", "Para que serve?" e "Por que eu, meus filhos ou meus pais precisam de uma avaliação ou um acompanhamento fonoaudiológico?".

      Para quem não sabe, o fonoaudiólogo atua em diferentes áreas, sendo algumas de maior conhecimento como voz, fala, audição e linguagem, mas além dessas, nossa atuação tem sido fundamental em um local que algumas pessoas e inclusive profissionais da saúde desconhecem essa necessidade, o ambiente hospitalar.

      Esse ambiente é composto por pacientes mais dependentes e que podem apresentar problemas de saúde que favorecem as alterações de deglutição, conhecidas como disfagia. Dentre os problemas de saúde que podem favorecer a disfagia no ambiente hospitalar estão: doenças neurológicas -- como acidente vascular cerebral (AVC); demência; doença de Parkinson; cirurgias de grande porte, como cardíacas e gástricas; doenças pulmonares e cardíacas; câncer de cabeça e pescoço; intubação prolongada; uso de traqueostomia; delirium ou sonolência excessiva, entre outras disfunções.

      Nesse contexto, o paciente pode ter dificuldade para realizar uma tarefa básica de sobrevivência, que é a de se alimentar. Diante a essa dificuldade, surgem riscos que podem piorar ainda mais o seu estado geral, como desnutrição, desidratação e a pneumonia aspirativa (uma vez que mediante a dificuldade de alimentação, o alimento ao invés de ir para a via digestiva, pode ir para a região de vias aéreas e pulmão, evento conhecido por broncoaspiração).

      Mediante a estes riscos, é comum que médicos, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas que assistem estes pacientes não saibam o que fazer. Aparecem dúvidas como: "Qual dieta posso liberar para esse paciente?", "Ele consegue comer com segurança depois do AVC ou uma via alternativa de alimentação será necessária, pois ele pode estar broncoaspirando?", "Ele pode comer arroz, feijão e carne? Ou ele não consegue e seria mais seguro liberar uma dieta mais cremosa?"

      Nesse momento é que a atuação fonoaudiológica no ambiente hospitalar faz a diferença e vem para somar junto à assistência. Em conjunto com a equipe multiprofissional, definimos se é realmente seguro liberar uma dieta via oral para o paciente, qual a melhor dieta a ser liberada, se é possível liberar alimentos de sua preferência, se é necessário ou se é possível retirar a via alternativa de alimentação... E nos momentos que não for possível, trabalhamos no processo de reabilitação da deglutição, tentando não somente evitar a broncoaspiração, mas também garantir, na medida do possível, que esse paciente retome uma função tão primordial na vida de todo ser humano, que é se alimentar.

      Com este raciocínio, fica mais clara a necessidade do fonoaudiólogo no ambiente hospitalar. A atuação deste profissional tem crescido nos últimos anos e a equipe de fonoaudiologia do Hospital Vera Cruz é uma das precursoras nessa área de atuação em Campinas e região. Atualmente, no Vera Cruz, o fonoaudiólogo atua diariamente no hospital e participa das visitas multiprofissionais, garantindo maior assistência e cuidado junto ao paciente, assim como maior suporte para a equipe multiprofissional. Nós viemos para somar.


      Sobre a autora: Aline Gomes Lustosa Pinto - fonoaudiologia

      Especialização em motricidade orofacial com foco em oncologia pelo Ac. Camargo Câncer Center
      MBA em gestão em saúde pela Faculdade Getúlio Vargas
      Coordenadora do serviço de disfagia do Hospital Vera Cruz Campinas
      Fundadora da empresa Fonovitta
      Mestranda em gerontologia pela Unicamp



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