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ACP NO DIA MUNDIAL DE CONSCIENTIZAÇÃO DO PARKINSON REFORÇA PRECAUÇÕES DE SAÚDE
A Associação Campinas Parkinson (ACP) no Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson (dia 11 de abril), reforça a necessidade de precauções com a saúde e isolamento social dos portadores da doença, em razão da pandemia do Coronavírus. A médica neurologista, Laura Moriyama, especialista em distúrbios dos movimentos, afirmou que pelas características da doença de Parkinson, que algumas vezes pode afetar a capacidade pulmonar desse paciente, pode levá-lo a quadros respiratórios mais graves. Para a médica, em relação ao Covid-19, os portadores de Parkinson devem reforçar todas as medidas de isolamento social e de cuidados com a higiene.
O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson – 11 de abril, marca a data de nascimento de James Parkinson, médico inglês, que em 1817 publicou pela primeira vez um estudo sobre a doença, que assim seria denominada em sua homenagem.
Passados 203 anos, a discriminação ainda é o principal problema, na avaliação do presidente da Associação Campinas Parkinson (ACP), Omar Abel Rodrigues, ele mesmo portador da doença há 20 anos. “O maior desafio da Associação é descobrir os portadores de Parkinson. Somente no município de Campinas a estimativa é de mil portadores da doença. Pelas características do Parkinson, que em geral provoca tremores nas pessoas, elas têm vergonha, se sentem discriminadas e se escondem dentro de casa. Nosso trabalho está voltado para a inclusão social dessas pessoas”, explica o presidente da ACP.
Em torno de 0,1% da população mundial tem essa doença, conforme a OMS – Organização Mundial da Saúde e a sua presença nas faixas mais jovens de idade tem aumentado nos últimos anos. No Brasil, a estimativa do Ministério da Saúde é de 200 mil portadores de Parkinson. No Estado de São Paulo – com 45 milhões de habitantes – segundo dados de 2017, estima-se que 45 mil pessoas têm Parkinson.
Perfil – A Associação Campinas Parkinson foi fundada em 15 de setembro de 2007 e é uma entidade sem fins lucrativos e declarada de utilidade pública municipal. Sua missão é ajudar e compreender a enfermidade, o tratamento e os recursos existentes para a melhoria da qualidade de vida da pessoa com Parkinson e de seus familiares. Seu objetivo é acolher, apoiar, informar por meio de eventos, palestras, festas, passeios e orientações dos direitos do portador da doença.
Sintomas – Os principais sintomas da doença de Parkinson são tremor de repouso, rigidez muscular, lentidão dos movimentos e alteração no equilíbrio. Como a doença é progressiva e degenerativa, o paciente deve procurar suporte médico para realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Por isso, o Dia Mundial da Doença de Parkinson é uma data propícia para a conscientização da sociedade.
A doença costuma aparecer depois dos 60 anos, mas 10% dos pacientes têm menos de 50 anos e 5% têm menos de 40. Ela ocorre pela perda de neurônios do Sistema Nervoso Central (SNC), em uma região conhecida como substância negra. Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas clínicos, principalmente motores, característicos da doença de Parkinson.
A dopamina produzida pelos neurônios pertence a uma classe de substância denominada neurotransmissores, cuja função básica é levar adiante a informação recebida na forma de sinais elétricos, de um neurônio para outro formando sinapses. A dopamina atua especificamente em centros cerebrais ligados às sensações de prazer e dor, tendo papel comprovado nos mecanismos que geram dependência e vícios e também no controle motor. Nos casos de Parkinson, o movimento se mostra claramente afetado devido à falta da dopamina. A causa da doença é ainda desconhecida. Sabe-se que fatores genéticos, ambientais e envelhecimento podem ser alguns de seus causadores.
Associação Campinas Parkinson: Site www.campinasparkinson.org.br e e-mail acpcampinas@yahoo.com.br
Foto : Roncon & Graça Comunicações