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Dom Brejas Brew Pub
Quarentena muda hábito de consumo dos consumidores de bebidas
Vendas em pet e growler por aplicativos e delivery disparam 250%
Com bares e restaurante fechados e os encontros presenciais adiadas por cauda da pandemia da Covid-19, o mercado de bebidas vem se adaptando aos novos tempos. Em Campinas o cenário não está sendo diferente no setor de bebidas, que tem observado uma mudança no hábito dos consumidores.
Desde o inicio da Quarentena, na segunda quinzena de março, o consumo de bebidas como cervejas e chopp em pet retornável e growler, disparou com o confinamento das pessoas, com pedidos através de aplicativos e delivery. A mudança não está sendo sentida apenas por distribuidores. Fornecedores de embalagem também registraram grande aumento nos pedidos e enfrentam dificuldades para atender a alta da demanda.
Com o atendimento presencial suspenso desde a segunda quinzena de março, o Dom Brejas Brew Pub direcionou suas vendas para o aplicativo, com o qual já trabalhava antes da pandemia, e instituiu o sistema de retirada rápida em sua loja. “Ficamos fechados uma semana. Neste período nossos clientes começaram a pedir bebida para tomar em casa”, conta Dino Ramos, dono do Dom Brejas.
Até o inicio de março, antes do fechamento da casa, o Dom Brejas vendia 300 embalagens de pets de um litro por semana. “Hoje vendemos mais de mil unidades por semana neste tipo de embalagem”, conta.
Ramos diz que este volume poderia ser ainda maior, não fosse a limitação de embalagens. “Nossos fornecedores não estão dando conta do aumento da demanda de pedidos”, afirma o empresário.
No caso de growler, mais restrito a um público que sempre preferiu levar a bebida para tomar em casa, o aumento também está sendo significativo: em torno de 40%, o que representa 1.000 litros de chopp por semana. “Observamos que muitos clientes que tinham o seu growler parado estão voltando para abastecê-lo toda semana e levando a bebida para tomar em casa”.
DESCONTOS
Além da mudança de hábito imposta pelo coronavírus, outro fator que tem ajudado a atrair clientes é a redução de preço. “Estamos trabalhando com um desconto de 30% no litro”, explica Ramos. “Para que isso pudesse acontecer, fizemos uma negociação com nosso fornecedor, a Burgman Cervejaria, que nos deu um abatimento de 20% e nós demos mais 10% por conta própria”.
Ele explica que reduzir os preços é uma exigência do mercado na crise. “Todos - do fornecedor de matéria prima da cerveja, fabricante e a ponta final, os bares e restaurante – estão cientes da importância e da necessidade de girar o mercado e cada um está cedendo um pouco em seus custos”, explica Ramos.
“Não estamos tendo o mesmo faturamento de antes. Mas conseguimos suprir uma parte dos custos fixos e operacionais, pagando fornecedores e salários, mantendo o emprego de nossos funcionários para sairmos todos dessa crise”, completa Ramos.