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Sedentarismo pode provocar graves doenças vasculares
Veja cinco dicas selecionadas pela professora da Cia Athletica para se exercitar em casa neste período do de isolamento
O isolamento social tem feito com que as pessoas passem muito tempo dentro de casa sem praticar quase nenhuma atividade física. Isso tem elevado o grau de sedentarismo, aumento dos riscos à saúde, especialmente as diretamente ligadas às doenças vasculares em todas as idades.
Profissionais das áreas médicas e de saúde alertam para os riscos e lembram que durante o período de isolamento social é importante manter uma rotina saudável.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBAVC), a falta de consumo de fibras e o excesso de carboidrato, gordura e sódio na alimentação, associados ao sedentarismo, são as maiores causas de doenças vasculares na juventude. A trombose venosa profunda (TVP) e a doença aterosclerótica são as mais incidentes porque estão ligadas à qualidade de vida do indivíduo.
Cerca de 1% da população, de até 50 anos de idade, sofre de trombose arterial, cuja maior causa é a aterosclerose. Apesar do número não parecer tão alarmante, a cada 100 mil pessoas mil são acometidas pela doença. Já no caso de TVP, há uma incidência de 60 casos a cada 100 mil habitantes. As maiores causas da doença são gravidez, obesidade e uso de anticoncepcionais, além de tratamentos de reposição hormonal.
ATIVIDADE FÍSICA
Para reduzir os impactos do sedentarismo e das consequentes doenças, Cristiane Peixoto, profissional de Educação Física a rede Companhia Athletica, indica algumas atividades para serem praticadas em casa nestes dias.
1 – Procure orientação
O ideal é que as pessoas que já praticavam atividades físicas mantenham contato com seus professores. Felizmente a prática conta, hoje, com ajuda da tecnologia, que facilita a comunicação.
Quem não tem a orientação de um profissional deve ser criterioso na busca por opções que mais se aproximem das práticas com as quais está familiarizado, e ter a consciência de que agora não é o momento de se aventurar em novas modalidades.
2 – Prepare um espaço adequado
O ambiente precisa ser estudado para garantir a eficiência dos movimentos e a segurança para não causar lesões. Tapetes, móveis baixos, objetos no chão podem aumentar o risco de queda. “O ideal é que o espaço seja amplo, para evitar acidentes. Se não for possível, é preciso adaptar os exercícios para um espaço menor. O importante é se movimentar”, explica a educadora física.
3 – Não exagere na intensidade
No momento atual, grande parte das pessoas pode dedicar mais tempo à rotina de exercícios, mas não precisa exagerar. “Atividades de intensidade baixa já são o suficiente para fortalecer o sistema imunológico. O importante é que sejam consistentes e realizadas com frequência”.
O treino pode ser simples, sempre respeitando os limites do corpo e o espaço dedicado a essas atividades. “É importante, primeiramente, começar com um aquecimento articular adequado, mobilizando ombros, quadril e coluna. Seguir com exercícios básicos de fortalecimento muscular. Movimentos rítmicos ou pequenos deslocamentos do corpo estimulam o sistema cardiorrespiratório. Por fim, encerrar com alongamento e relaxamento”, orienta.
Para manter a saúde cerebral, é importante acrescentar treinamento cognitivo à rotina com atividades que envolvam raciocínio, memória e noção espacial.
4 – Prepare-se como se fosse sair de casa
O maior desafio é lidar com as adaptações e driblar a falta de motivação que a ausência do local e da rotina de atividades pode proporcionar. Uma das ferramentas para ressignificar a rotina de exercícios é se arrumar da mesma forma, como se fosse sair de casa.
Alimente-se bem, coloque uma roupa apropriada para exercícios (nada de pijamas!), encha uma garrafinha d’água, separe a toalhinha e vá para a sua academia particular.
5 - Suporte emocional também é importante
O tempo prolongado de solidão, afastamento das atividades habituais, preocupação com amigos e familiares podem contribuir para o aumento do desânimo e sintomas depressivos, reduzindo a probabilidade desse idoso se manter ativo e produtivo.