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Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel RMC)
Em Reunião com o Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Abrasel RMC apresenta novos dados sobre reabertura de bares e restaurantes
Entidade apresenta estudo e números sobre a importância de abertura no período noturno e também aos finais de semana
Em audiência nesta quinta-feira (16) no Palácio do Governo com o Secretário de Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, Marco Vinholi, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel RMC) entregou documento com pedido de revisão de critérios para a reabertura dos bares e restaurantes. Embasado em números, o material contém informações importantes, como a importância da retomada em horários diferenciados, dados sobre queda de faturamento com abertura apenas no almoço e dias de semana e impactos da pandemia no setor.
Em reunião realizada pelo presidente da Abrasel RMC e Matheus Mason e o Dr. Gustavo Maggioni, jurídico da entidade, foi apresentado o documento demonstrando que a reabertura de Bares e Restaurantes da forma proposta pelo Plano São Paulo, com limite de horário até as 17hs irá colapsar o setor, colocar milhões de trabalhadores na rua e acabar com o sonho de centenas de milhares de micro e pequenos empreendedores.
Segundo Mason, o Plano São Paulo, apresenta restrições conceitualmente incorretas para setor de bares e restaurantes, desalinhadas da realidade econômica dos negócios, desconsiderando completamente a prática e segurança sanitária que rege o setor e, que em última instância, irá decretar a falência de milhares de pequenos e médios negócios, colocar na rua centenas de milhares de trabalhadores. E, por mais contraditório que possa parecer, estas regras estão incentivando aglomerações, promovendo a disseminação do Corona vírus e piorando a crise sanitária do estado e do país.
Além de pedir aceleração na reabertura, a Abrasel RMC mostrou às autoridades a importância de reabertura dos bares e restaurantes com horário maior ao estipulado pelo Plano São Paulo, de quatro horas. Em pesquisa realizada pela Toledo Consultoria, com 3.496 estabelecimentos, constatou-se que o consumo no período noturno representa 51% das vendas nos dias da semana e nos finais de semana este valor representa 50% do consumo.No Interior do estado, onde as cidades são menos adensadas, o perfil de consumo se intensifica nos períodos vespertinos, noturnos e aos finais de semana.
Em pesquisa realizada em julho de 2020 pela Abrasel na Região Metropolitana de Campinas, constatou-se que 54% da receita dos estabelecimentos vem do período noturno e aproximadamente 50% se concentra nos dois dias do final de semana.
“Quando sobrepomos as questões mercadológicas de perfil de consumo com as restrições de capacidade de ocupação, distanciamento entre mesas e cadeira, somadas a restrição de horário de consumo in loco até as 17 horas, a possibilidade de vendas dos estabelecimentos é reduzida para apenas 27% de sua capacidade instalada”, diz o documento. “Estes números e dados mostram as razões de empresários do setor estarem receosos em voltar com suas atividades, escolhendo encerrar seus negócios ao invés de abrirem e se afundarem em maiores dívidas”, completa o presidente da Abrasel RMC.
Esta é a segunda audiência da Abrasel RMC junto ao secretário estadual. Na primeira, em junho, a entidade mostrou a importância de ajuste no Plano São Paulo, com a reabertura em áreas arejadas ao invés de áreas livres, sugestão acatada pelo governo e implementada na Capital. “Se esta mudança não fosse feita, menos de 10% dos estabelecimentos de São Paulo teriam reaberto seus negócios”, justifica o presidente da Abrasel RMC.
Mason lembra que caso não ocorra a reabertura gradual do setor na região metropolitana de Campinas nos próximos dias, ocorrerão novas demissões e encerramentos de bares e restaurantes, aumentando o desemprego que já aflige centenas de famílias em nossa região.
O presidente da Abrasel RMC saiu satisfeito da reunião, uma vez que o Secretário se mostrou bastante receptivo ao receber o documento e encaminhá-lo na mesma hora para a análise do Comitê São Paulo e o Governador João Dória.