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Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel RMC)
Abrasel RMC avalia como positivo o avanço da região para a Fase Verde no Plano São Paulo
Ampliação no horário de atendimento e na capacidade de público impacta no bolso dos funcionários e pode retomar a geração de empregos
O avanço da região de Campinas para a Fase Verde do Plano São Paulo, a partir deste sábado, é visto como positivo pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel RMC). Medidas como ampliação do horário de funcionamento e aumento da capacidade de atendimento presencial devem aumentar as vendas, aumentando a renda de cerca de 15 mil funcionários dos estabelecimentos, com as gorjetas, além de abrir a possibilidade de recontratações de trabalhadores demitidos durante a crise.
Com a reclassificação da região, os bares e restaurantes poderão abrir por 12 horas por dia, das 6h às 22h para recebimento de cliente e 23h para fechamento das casas. Até esta sexta-feira (9) estava limitado a 8h horas; a capacidade de público na casa passa dos atuais 40% para 60% - seguindo as recomendações de espaçamento -; e reabertura dos espaços para as crianças.
Para Matheus Mason, presidente da Abrasel RMC, as novas regras devem ajudar no processo de recuperação do setor, que hoje trabalha com 50% a 60% de seu faturamento, comparado à pré-pandemia. “Maior tempo de abertura também ajuda, em tese, a espaçar o público ao longo do dia, evitando aglomerações”.
Em relação à ampliação da capacidade, o presidente da Abrasel RMC ainda tem algumas ressalvas quanto à sua eficácia para todo o setor. Inicialmente, a medida beneficiar os estabelecimentos maiores, com mais espaço. “A maioria dos bares e restaurantes são pequenos estabelecimentos, que já operam com certa dificuldade para atender os espaçamentos e não devem ser beneficiada. Neste caso, o ideal seria a permissão por parte da Prefeitura para uso das calçadas, como já ocorre em várias capitais brasileiras”, explica.
Para Mason, a expectativa do setor é de que ocorra um aumento nas vendas, com retomada de recontratações. “Durante a crise, o setor na região fechou cerca de 15 mil vagas com fechamento de bares e restaurantes e redução dos quadros. Há um mês, já sentimos uma retomada de contratações junto aos nossos associados, com pedidos de indicações de várias posições, o que deverá aumentar com o aumento do horário de atendimento”.
Apesar do avanço, Mason pede prudência para os proprietários de bares e restaurantes, evitando aglomerações, evitando atendimento fora das regras permitidas. “Temos de manter a prudência para evitarmos retrocesso”.
Donos de bares e restaurantes comemoram
Para Dino Ramos, sócio do Dom Brejas Brew Pub, as novas medidas são bem vindas. “Hoje, com 40% estamos trabalhando com apenas uma equipe, mas a partir de amanhã, com 60% de atendimento e aumento de horário, teremos que voltar com um segundo turno, através de empregos temporários”, adianta. “Inicialmente, estamos prevendo pelo menos quatro para sentir o movimento”.
Fernanda Barreira, Gerente de Marketing do Restaurante Vila Paraíso,acredita que a ampliação no horário de atendimento e de público são benéficas, especialmente no período do dia nos finais de semana. “Hoje estamos tendo fila de espera por conta da limitação de pessoas e até perdendo vendas. Com o aumento da capacidade, isso deve melhorar”, afirma. Já a noite, ela não acredita em avanços maiores.
Ela também comemora a reabertura de espaços para eventos, que estava fechado desde o inicio da pandemia. “Temos vários contratos fechados e isso deverá trazer um impacto bastante positivo”, acredita.
Por conta das medidas, Fernanda já trabalha com a possibilidade de contratação de novos funcionários fixo e ampliação de pessoas que prestam serviços nos finais de semana.
Sérgio de Simone, proprietário do Rancho Colonial Grill, prefere manter a cautela e esperar os próximos meses para saber como vai ser a reação do consumidor. “Estamos com uma equipe limitada e ainda não devemos fazer contratações ou chamar pessoas de volta. Vamos esperar um pouco para nos organizar com a reclassificação”, disse. “Mas, a princípio, as medidas devem ser positivas.”