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Carla Zambelli se reúne com embaixador do Reino Unido e conversa sobre a COP-26
A deputada federal e presidente da Comissão do Meio Ambiente da Câmara dos Deputados (CMADS) Carla Zambelli reuniu-se, na última quarta-feira (28), com o Embaixador do Reino Unido, sr. Peter Wilson.
O objetivo do encontro foi tratar do Projeto 528/2021, que regula o Mercado Brasileiro de Emissões e que ela é relatora na CMADS; sobre a Conferência do Clima (COP-26), que será realizada em novembro em Glasgow (Escócia) e que contará com a presença da presidente Zambelli; e sobre as propostas discutidas e aprovadas neste ano na Comissão.
Mercado de Carbono
O vice-líder do Governo na Câmara, deputado Evair Vieira de Melo, protocolou requerimento de urgência para o PL 528/2021. Para ele, “a criação de um sistema robusto de registro e comércio potencializará o investimento em nossas florestas e promover o crescimento verde que é um dos pilares da política ambiental do governo Bolsonaro”.
Em audiência pública realizada em setembro na Comissão de Meio Ambiente, a deputada Carla Zambelli afirmou que a discussão precisa definir “como não gerar desigualdade social, sem prejudicar os Estados que mais geram carbono e levando quase toda a riqueza para o Sudeste. Nossa preocupação é que seja bom para todos, agradando ao mercado internacional, mas respeitando a nossa soberania”.
A parlamentar ressaltou que existe maturidade institucional no Brasil para discutir o assunto, uma vez que, desde 2020, o país “implementou um Programa de precificação de carbono que é referência no mundo, o Renovabio”.
Ao final do ano passado, o Brasil contava com cerca de 56% dos produtores de biocombustíveis já certificados, tendo gerado 18,5 milhões de Créditos de Descarbonização (CBIOs) depositados na B3 – ultrapassando a meta de aquisição pelas distribuidoras, de 14,9 milhões – e tendo aposentado 14,61 milhões desses créditos até 30 de dezembro, compensando efetivamente essas emissões. Com isso, ao preço médio de R$40, os CBIO movimentaram mais de R$ 650 milhões em 2020.
Zambelli lembrou o potencial sustentável brasileiro, que possui cerca de 85% de sua matriz de energia elétrica de origem limpa ou renovável, enquanto a média dos países da OCDE é de apenas 22%. “Isso se reflete em intensidade de emissões por produção industrial notavelmente menor do que a desses países e, portanto, condições excepcionalmente favoráveis para a precificação dessas emissões por mecanismos internacionais de mercado ou de tributação”, concluiu.
A COP-26
A 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU acontecerá de 31 de outubro a 12 de novembro na cidade de Glasgow, na Escócia. O encontro terá a participação de autoridades de todo o mundo para debater a questão climática no Acordo de Paris. Dentre um dos pontos a serem discutidos está o mercado de carbono.
Presidente da CMADS, Carla Zambelli ressalta que “a ideia é chegar na COP-26 (Conferência do Clima) já com o projeto aprovado”. Para ela, é importante “tirar a ideia da esquerda de criar o ‘Ibama do carbono’ e regulamentar para exportarmos carbono”. Ela evidenciou ainda que essa proposta tem movimentado “mais de 1 trilhão de reais na Europa”. “Queremos chegar lá com bastante altivez e levando o nome do sr. Presidente”, acrescentou.
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