NOTICIAS
Workshop terá informações, orientações e atividade física
Com o objetivo de estimular hábitos de vida saudável, com a prática de esportes, os cuidados com a saúde e com a alimentação, será realizado no dia 15, no Centro Infantil Boldrini, o I Workshop da Hemofilia, com uma série de atividades voltadas ao bem-estar do paciente hemofílico. O Boldrini, especializado no tratamento de doenças do sangue, atende atualmente cerca de 200 pacientes hemofílicos. O evento marca também o Dia Mundial da Hemofilia, comemorado no dia 17 de abril.
O workshop será em área próxima ao Centro de Reabilitação e contará com estandes, onde os participantes receberão orientações sobre o uso de fator na profilaxia primária, de alimentação saudável e orientações sobre atividades físicas. Coordenado pela equipe multiprofissional do hospital, o evento pretende reunir pacientes, pais e responsáveis, que terão oportunidade de assistir a filme sobre prevenção e cuidados orais.
Aliado a essa orientação, fisioterapeutas estarão estimulando a participação dos pacientes no circuito especial de atividades físicas, com programa voltado exclusivamente para o portador de hemofilia. Será possível praticar Pilates e trabalhar o condicionamento físico, entre outros.
Para Kátia Cappellaro, dentista e coordenadora da equipe multiprofissional do Boldrini, os resultados obtidos com o trabalho multiprofissional realizado com o paciente hemofílico só é possível quando o mesmo recebe a dose do fator para uso profilático. “A profilaxia primária faz com que o paciente tenha uma vida normal, por isso é importante dar destaque ao uso do fator e divulgar informações sobre a doença”, explica.
Hemofilia
A hemofilia atinge cerca de 15 mil pessoas no Brasil. O hemofílico possui menor quantidade ou ausência dos fatores de coagulação VIII ou IX e por isso existem duas formas de hemofilia: a do tipo A, mais comum, que ocorre devido à deficiência do fator VIII; e a hemofilia do tipo B, causada pela deficiência do fator IX.
A hemofilia afeta o sexo masculino, pois o gene que causa a doença é transmitido pelo cromossomo X. Nesse caso, a mulher portadora do gene da hemofilia tem 50% de chance de transmitir a doença para o filho do sexo masculino. Já a criança do sexo feminino, nascida de mãe portadora do gene da hemofilia não desenvolve a doença.
O diagnóstico da hemofilia deve ser feito através do exame da dosagem do nível dos fatores da coagulação. Um sangramento anormal, ou espontâneo, pode ser indicador da doença. Esse sangramento deve ser observado a partir das inevitáveis quedas e batidas que crianças de 1 a 3 anos sofrem, causando sangramentos na pele, nas nádegas, nos joelhos, nos lábios e na língua. Os sangramentos (hemorragia) podem envolver ainda músculos e articulações com inchaço doloroso e diminuição do movimento, geralmente da articulação do cotovelo, joelho ou tornozelo.
Boldrini
O Centro Infantil Boldrini, referência latino-americana, há 33 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes doenças do sangue (talassemia, hemofilia e doença falciforme). Atualmente, o Boldrini trata cerca de 7 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de países da América Latina, a maioria (80%) pelo SUS.
Serviço:
Evento - Dia Mundial da Hemofilia
Data: 15 de abril
Horário: a partir das 8 horas
Local: proximidades do Centro de Reabilitação / Centro Infantil Boldrini
Av. Dr. Gabriel Porto, 1.270 – Barão Geraldo – Campinas (SP)