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A Comissão Processante (CP) da Câmara Municipal de Campinas concluiu o relatório final sobre o pedido de impeachment do prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT). O presidente da CP, Rafa Zimbaldi (PP), disse que até a notificação de Dr. Hélio, não será divulgado qualquer detalhe do conteúdo do material e se o relatório pede ou não a cassação do chefe do Executivo. O prazo final para conclusão do relatório era dia 28 de agosto. O prefeito deve receber a notificação nesta terça-feira (16). Depois disso, o documento será entrege ao presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), para a convocação de uma sessão extraordinária para a votação do relatório no plenário. Neste caso, é necessário o voto de 22 dos 33 vereadores para que o prefeito deixe o cargo
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O pedido de cassação foi protocolado pelo vereador Artur Orsi (PSDB) em maio, após denúncias do Ministério Público (MP) do envolvimento da primeira-dama Rosely Nassim Jorge Santos e de ex-secretários municipais em um suposto esquema de fraudes em contratos da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A). Alguns membros do alto escalão da prefeitura foram considerados foragidos da Justiça por terem prisões temporária e preventiva decretadas
Defesa
O advogado de Dr. Hélio, Alberto Rollo, entregou a defesa final do prefeito no dia 1º. Na data, Rollo disse que não considerava que a entrega do documento seja a defesa final e classifica o ato como razões ou alegações finais. "Nós viemos trazer as razões finais, que é uma espécie de resumo de tudo o que aconteceu no processo, desde a entrega da defesa prévia, a oitiva das testemunhas, outros documentos que foram juntados, até essa data", explica Rollo (no vídeo o advogado explica como foi redigida a defesa). Em depoimento no fim de junho na Câmara, Dr. Hélio negou ter conhecimento das irregularidades que, segundo investigações do Ministério Público, envolve integrantes do seu primeiro escalão.
Entenda os trabalhos da Comissão Processante
Há dois meses e meio, o Legislativo analisa o pedido de impeachment, protocolado pelo vereador Artur Orsi (PSDB), após denúncias do Ministério Público (MP) do envolvimento da primeira-dama Rosely Nassim Jorge Santos e de ex-secretários municipais em um suposto esquema de fraudes em contratos da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A). Alguns membros do alto escalão da prefeitura foram considerados foragidos da Justiça por terem prisões temporária e preventiva decretadas.
Nos primeiros 60 dias, os integrantes da CP ouviram o depoimento de dez pessoas, entre elas do prefeito e do ex-presidente da Sanasa, Luiz de Aquino, que delatou o esquema aos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado). Dr. Hélio e Aquino eram amigos de infância. Segundo o ex-presidente da Sanasa, a primeira-dama era a coordenadora do esquema de fraudes na empresa no período de 2005 a 2008.
O último depoimento, no dia 22 de julho, foi do deputado estadual e presidente do PT-SP, Edinho Silva, que foi marcado por bate-boca entre o advogado de defesa do prefeito, Alberto Rollo, e o vereador Artur Orsi, e por pouco esclarecimento.
Fonte: EPTV
