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Câmara se prepara para sessão de julgamento de Demétrio
Câmara Municipal de Campinas abriga nesta terça-feira (20/12) uma das mais importantes reuniões de sua história. Os 33 vereadores iniciam a partir das 9 horas a sessão de julgamento do pedido de impeachment do prefeito Demétrio Vilagra.
A sessão será aberta pelo presidente da Casa, Pedro Serafim Junior e pode se prolongar por vários dias. A reunião será aberta com a leitura do processo de cerca de 1.400 páginas, a ser feita pelo 1º secretário da Mesa Diretora, vereador Prof. Alberto (DEM).
Ao final da leitura – numa segunda fase da reunião - cada vereador poderá usar a palavra por período de até 15 minutos. Na terceira etapa, serão reservadas duas horas para a defesa do prefeito. Só depois disso, será iniciado o processo de votação. O voto será nominal, aberto e deverá ser proferido pelo vereador da tribuna.
Para abrigar a sessão, a Câmara teve de montar uma esquema especial de segurança. Serão deslocados grupos de Guardas Municipais para patrulhamento interno e externo e auxílio de policiais militares. A entrada no Plenário será controlada. A partir das 8h30, haverá a distribuição de 150 senhas – mesmo número da votação do impeachment de Hélio de Oliveira Santos, em agosto. Será proibida a entrada de pessoas portando faixas, cartazes, apitos e qualquer material contundente.
Também não será permitida a entrada de pessoas com alimentos, copos ou garrafas de água ou outro tipo de bebida. As bolsas serão submetidas a revistas e haverá detector de metais nas entradas.
Como haverá número limitado de vagas no plenário, a presidência da Câmara decidiu instalar um telão na entrada principal, na avenida Roberto Mange. Ali, será instalado um painel de alta definição, que vai permitir às pessoas enxergarem mesmo durante o dia. A avenida será fechada parcialmente ao trânsito.
A sessão será transmitida na íntegra pela TV Câmara, Canal 4 da Net, e o sinal será disponibilizado para as emissoras comerciais. O mesmo sinal será aberto para as emissoras de rádio e para os sites e portais de internet.
A CP - A CP investigou a responsabilidade de Demétrio em um suposto esquema de corrupção implantado na Sanasa, denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE). O pedido de instalação da Comissão foi feita pelo vereador Valdir Terrazan (PSDB). Os integrantes da comissão avaliaram se o prefeito teve algum tipo de participação no esquema denunciado ou se deixou de combater as irregularidades nas vezes em que assumiu o cargo e concluíram pela procedência da denúncia.
A acusação de Terrazan apontou três denúncias contra Demétrio – fraudes em contratos da Sanasa e outra duas na Ceasa: irregularidades em licitações para fornecimento de merenda escolar e nepotismo. No entanto, uma ordem judicial autorizou que a investigação fosse restrita apenas à Sanasa.
Na segunda quinzena de maio deste ano, numa operação desencadeado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram expedidos 20 mandados e prisão, entre eles, contra o então vice-prefeito Demétrio Vilagra e dois secretários municipais, Carlos Henrique Pinto (Segurança Pública) e Francisco de Lagos (Comunicações), além de diretores e ex-diretores da Sanasa.
Formada pelos vereadores Rafa Zimbaldi (PP), Zé do Gelo (PV) e Sebá Torres (PV), a CP foi aprovada na Câmara no dia 24 de agosto. Acabou suspensa pela Justiça no dia seguinte, mas foi restabelecida no dia 17 de outubro.
Texto: Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal de Campinas