COBERTURAS
Cidade: Campinas / SP
Cobertura por: Augusto Barretto
Coletiva para apresentação de pesquisa do Gênese (Grupo de Estudos e Negócios dos Setores Empresariais), com informações sobre os principais desafios que os empreendedores da região enfrentam ao iniciar um novo negócio e o que esperam dos próximos prefeitos para diminuir os problemas.
Desafios do empreendedor – Estudo Gênese
Resumo
O Gênese realizou uma pesquisa com os empreendedores da região metropolitana de Campinas abordando três assuntos chaves: o que esperam do próximo prefeito, desafios na abertura de empresa e como estes veem as entidades de classe. Por meio destes três temas foi possível entender um pouco mais sobre o perfil dos empresários da região e sobre como estes iniciaram seus negócios. Também foi importante para conhecer o grau de interesse que eles possuem nas entidades de classe e o quão satisfeitos estão com os serviços prestados por elas.
Para coletar as informações o grupo construiu um formulário com nove questões sobre os temas listados anteriormente. São elas:
1) Qual segmento pertence o seu negócio?
2) A quanto tempo exerce a atividade empresarial?
3) Qual foi impacto da burocracia no momento em que abriu seu negócio?
4) Qual a fonte de capital para o início do negócio?
5) Você procurou alguma entidade empresarial para apoio ou orientação?
6) Por que participa de entidades empresariais ou associações de classe?
7) Como empresário o que você mais espera dos próximos prefeitos?
Perfil dos respondentes (perguntas 1 e 2)
O tipo dos negócios dos respondentes. A maioria das classificações
empresariais coloca o setor de Tecnologia da Informação e da Comunicação (TIC) como serviços, porém, como Campinas trata-se de um polo de TIC a equipe optou por destacá-lo das empresas de serviços.
Indústria 8,1%
Comércio 5,4%
Serviços 43,2%
Serviços TIC 43,2%
A pesquisa foi respondida por empresários de diferentes tempos de atividades, desde aqueles que abriram a empresa a menos de um ano até os que estão há mais de dez anos no mercado. O percentual dos respondentes, segundo o tempo transcorrido desde a fundação da empresa.
Menos que 1 ano 5,4%
1 a 3 anos 27,0%
3 a 5 anos 16,2%
5 a 10 anos 21,6%
Mais que 10 anos 29,7%
Desafios para o início do negócio
Nível de burocracia (pergunta 3)
Para entender quais os desafios que o empreendedor enfrentou ao iniciar seu negócio, o Gênese perguntou qual a dificuldade, em termos de burocracia e quais as fontes de capital a que este empresário recorreu. Com estas questões foi possível também, verificar se houve alguma mudança significativa, sob a ótica do empreendedor, no peso da burocracia na hora de abrir uma empresa, comparando a nota atribuída pelos empresários há mais tempo com a atribuída a empresários há menos tempo.
A nota atribuída pelos empresários para o peso da burocracia na hora de se abrir uma empresa.
Impacto (1 menor, 5 maior)
1 8,0%
2 18,0%
3 30,0%
4 22,0%
5 22,0%
É possível verificar que a burocracia para abrir uma empresa, ainda é algo que incomoda os empreendedores. Menos de 20% dos empresários classificou o impacto causado pela burocracia como baixo, sendo que a maioria o classificou como médio.
Para avaliar se houve melhora nos últimos dez anos, cruzaram-se as notas dadas pelos empresários para a burocracia com o tempo de fundação de suas empresas. O objetivo do cruzamento foi verificar se os empresários mais recentes dariam notas melhores do que os
empresários mais antigos, porém, não foi este o resultado obtido. Identificamos que, apesar das mudanças realizadas pelo poder público nos últimos dez anos, nada mudou na percepção do empresariado.
Fontes de financiamento (pergunta 4)
Outro assunto em pauta atualmente é a questão da fonte de financiamento. Quais são as fontes do financiamento que o empresário acessa para iniciar seus negócios? Por meio da pesquisa foi possível verificar que a fonte mais acessada ainda é o próprio “bolso”. É de suas economias que sai o capital inicial para começar o negócio. O resultado da pesquisa de fontes de financiamento pode ser observado:
Recursos próprios 80,0%
Familiares e Amigos 10,0%
Não utilizei recursos 2,0%
Programas governamentais 2,0%
Próprios, familiares e amigos 2,0%
Próprios e financiamento bancário 2,0%
Próprios e programas governamentais 2,0%
Como mencionado anteriormente, a utilização dos recursos próprios correspondeu a quase 80% das fontes citadas pelos empresários, seguida pelos familiares e amigos com menos de 10%. Todas as outras fontes somadas, não alcançaram 10%, sendo, portanto,
desprezíveis. Apesar de toda divulgação na mídia as fontes de fomento governamental e de investidores anjos ainda são, praticamente, inexistentes.
Perguntados se já procuraram alguma entidade de classe, 67,6% dos pesquisadosresponderam que não. Este número mostra o quanto as entidades de classeprecisam atender às expectativas do seu público.
A pesquisa buscou levantar também quais os motivos que levaram os empresários a procurar as entidades.
Entre os principais motivos, três se destacam: relacionamento, fonte de informações e geração de negócios. Para aumentar o nível de satisfação do empresariado, as entidades deveriam implantar ações de melhorias, com o objetivo de incrementar esses indicadores relacionados, trazendo mais informações e gerando mais negócios para o associado.
O que os empresários esperam do próximo prefeito (perg. 7)
A última parte da pesquisa foi dedicada a entender o que os empresários esperam do próximo prefeito. Nesta pergunta, foram solicitadas 2 respostas para cada pesquisado.
Ao analisar é possível verificar que o maior anseio dos empresários é a existência de uma equipe de governo com maior qualificação técnica, pois é ela a chave para projetos de simplificação tributária, para dar agilidade nos processos administrativos,
melhorar a transparência administrativa e garantir maior segurança jurídica.
Os empresários enxergam uma equipe qualificada como o primeiro passo para uma mudança que resulte em melhorias.