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      08/05/2012 | ACIC - Indicadores e avaliações

      Reunião da ACIC com a imprensa nesta manhã presidida por Adriana Flosi, e o superintendente da Acic, Luiz Eduardo Drouet na qual o economista da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), Laerte Martins apresentou avaliações realizadas no mes de abril.

      Vendas de abril/2012 apresentam baixo crescimento em Campinas e RMC
       
      Campinas
      Com base nos números do SCPC de abril de 2012, as consultas indicam uma baixa expansão no volume de vendas em Campinas de 1,74% em relação a março p. passado, e de 8,50% em relação a abril de 2011.

      O motivo para essa desaceleração em relação a março de 2012 foi a aceleração da inadimplência, que reduziu o poder de compra (caixa) dos consumidores. Apesar dessa redução, as vendas em relação ao ano passado evoluíram positivamente, isso por força das vendas da Páscoa, que cresceram em 6,26% sobre as vendas do ano passado.

      Os destaques desse mês foram o IMC (Indicador de Movimento de Comércio) que acompanha as vendas a prazo, que evoluíram em 16,09% frente às de abril de 2011.  No entanto, o ICH (Indicador de Consultas de Cheques), que acompanha as vendas à vista, teve uma queda de (-0,28%) neste mês (abril/2012) frente abril de 2011.  No acumulado do ano, o IMC subiu 11,39% e o ICH reduziu em (-0,73%).  Esses indicadores são baseados em dados da Boa Vista Serviços, que administra o SCPC. O faturamento estimado para Campinas foi de R$ 733,0 milhões contra R$ 675,3 milhões de abril de 2011, uma expansão de 8,54%.  O quadrimestre (janeiro / abril) fecha com uma expansão real de 2,11%, descontada a inflação do período.  A inadimplência medida em carnês atrasados no quadrimestre cresceu 37,54%, com 38.989 carnês em atraso de 2012, contra 28.347 de 2011.  O nível de inadimplência de 2012 está em 5,68%, ou seja, para cada 100 carnês a prazo temos 5,68 carnês não pagos.  O total de carnês não pagos representa, atualmente, cerca de R$ 48,7 milhões.

      RMC
      Na RMC as vendas também se expandiram em 1,69% em relação a março de 2012 e cresceram em 8,50% em avaliação com abril de 2011.  O consumidor da região também está com o nível de inadimplência alto, o que forçou ele a comprar relativamente menos em abril.

      Os destaques deste mês também foram o IMC que avalia as compras a prazo que evoluíram em 11,39% frente a abril de 2011.  Por outro lado, o ICH que avalia as compras à vista teve uma evolução de 1,96% neste abril, frente ao mesmo período de 2011.  Esses indicadores são baseados em dados da Boa Vista Serviços, que administra o SCPC.
      O faturamento estimado para a RMC foi de R$ 1.748,6 bi contra R$ 1.599,5 bi de abril de 2011, uma expansão nominal de 9,32%.  O quadrimestre fecha, portanto, com uma expansão real de 4,02%, descontada a inflação do período.

      A inadimplência medida em carnês em atrasos, no quadrimestre, cresceu 40,64%, com 97.472 carnês em atraso em 2012, contra os 69.308 de 2011.  O nível de inadimplência atual da RMC está em 5,87%, ou seja, para cada 100 carnês a prazo temos 5,87 não pagos, representando, atualmente, o montante de R$ 121,8 milhões.

      Devolução de cheques sem fundos na RMC registrou queda no 1º trimestre de 2012

      Os dados do Banco Central (Bacen) mostram que no 1º trimestre de 2012, a queda na devolução de cheques por falta de fundos foi de (-2,95%), ou seja, foram devolvidos nesse período de 2012, 102.100 cheques sem fundos, contra 105.200 no trimestre de 2011.  O índice foi de 1,84 em 2012, contra os 1,68 de 2011, indicando, no entanto, que em relação ao volume de cheques compensados, a devolução está maior que o ano passado.

      Esse índice é praticamente igual ao nível nacional, que ficou em 2,05 em 2012, contra os 1,94 de 2011, com uma evolução de 0,11 contra os 0,16 da RMC.
      Em março de 2012 a queda na devolução ficou em (-10,95%), bem acima da trimestral na RMC, o que indica que a tendência na devolução é de ir diminuindo, durante o ano, o que deve melhorar o nível da inadimplência futura no segmento.

      Dia das Mães deve alavancar o comércio em 9%

      O segundo domingo de maio tornou-se, tradicionalmente, o dia daquela que é a mais reverenciada das mulheres, “as mães”. Do ponto de vista econômico a data é considerada a segunda maior do comércio varejista, perdendo apenas para o Natal, que representa o maior volume de vendas do ano, com uma participação de mais de 20% de todo o período.

      No ano passado o Dia das Mães, movimentou cerca de R$ 331,0 milhões em Campinas, e R$ 490,0 milhões na RMC, valores esses, movimentados nas compras de presentes e lembranças, sendo que, para este ano, a perspectiva dos comerciantes é de que esses valores cresçam 9%, com um faturamento de R$ 361,0 milhões em Campinas, e R$ 535,0 milhões na RMC.

      Em termos percentuais essa taxa de 9,0% é menor que a taxa do ano passado, que ficou em 9,5%, mais por força da desaceleração da economia, a partir do 2º semestre de 2011, com o impacto do aumento da inflação, juros e a valorização do Real, na taxa de câmbio, mas com incentivo na concessão de empréstimos.
      A expectativa deste ano para o Dia das Mães, apesar de uma taxa menor que o ano passado, é da aquisição de presentes de maior valor agregado, principalmente, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, seguido do vestuário e calçados, floricultura, perfumes e produtos cosméticos e de higiene.

      Os consumidores de Campinas e região devem gastar mais este ano, projetando um aumento no valor médio do presente, que no ano passado, foi de R$ 175,00, para R$ 200,00 este ano, representando uma elevação de quase 15,0%.

      Estimativa do Índice de Desemprego na RMC

      O IBGE estimou a taxa de desemprego (desocupação) para março de 2012 nas seis principais Regiões Metropolitanas do País, que ficou em 6,2%, sendo a média das taxas de: Recife, 6,2%; Salvador 8,1%; Belo Horizonte, 5,1%; Rio de Janeiro, 5,9%; São Paulo, 6,5% e Porto Alegre, 5,2%.

      Em relação a fevereiro de 2012, a taxa média de desemprego subiu 0,50 p. percentuais em março de 2012, mantendo essa tendência em todas as seis Regiões Metropolitanas.  Ficou abaixo em (0,30) p. percentuais em relação a março de 2011.

      Na RMC, a taxa de março de 2012 ficou em 4,1%, abaixo dos 4,41% de fevereiro de 2012, e pouco acima dos 4,07% de março de 2011, mantendo ainda, uma certa estabilidade em termos dos 4,0 / 4,5%, desde 2011.

      Em Campinas, a taxa ficou em 3,15% em março, pouco abaixo dos 3,31% de fevereiro de 2012, bem como dos 3,77% de março de 2011, tendo em vista que os números do CAGED de março de 2012 apresentam Campinas com 1.163 postos de trabalho gerados.

      Juros em queda com redução da Selic e da inflação
       
      As taxas de juros no mercado financeiro de Campinas e região, com a Selic de abril em 9,00%, provocaram uma queda geral de (-6,85%) nos juros frente a março de 2012 e de (-13,16%) diante abril de 2011.

      O Spread nas operações com pessoas jurídicas caiu para 30,29% em abril de 2012, contra os 33,93% de abril de 2011, uma queda de 10,73% nos Spreads respectivos.  Nas operações de pessoas físicas a redução foi bem menor, (-1,19%) no Spread, por força, principalmente, da inadimplência, que eleva muito o risco nas taxas de Crédito Pessoal.

      O fato importante na queda dos juros é a implicação nas rentabilidades dos investimentos, que vão receber novas regras de aplicações, principalmente a Caderneta de Poupança.

       



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