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A recém-eleita Miss Campinas, Stephanie Garotti, vai levar a sua cachorra Belinha para a abertura da Campanha de Vacinação Antirrábica na cidade que acontece no Centro de Saúde Santa Bárbara, neste sábado, 26 de maio, às 9h. Estarão também presentes o secretário de Saúde, Fernando Brandão, e a médica veterinária da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Andréa Von Zuben.
Nos dias 26 e 27 de maio a campanha será nas regiões Norte, Noroeste e Sudoeste da cidade. Nos dias 2 e 3 de junho nas regiões Leste e Sul. A expectativa é vacinar 109 mil animais nos dois finais de semana em 260 postos fixos e volantes.
Para alcançar este objetivo, a Secretaria Municipal de Saúde vai mobilizar mais de 2.400 servidores. Alguns postos vão abrir apenas em meio período, ou de manhã ou à tarde. Para a zona rural, serão disponibilizadas equipes volantes. Os endereços dos locais de vacinação podem também ser obtidos pelos telefones 156 ou no Centro de Controle de Zoonoses (3245-1219 / 3245-2268).
Os vacinadores são servidores da Prefeitura, já cadastrados para esta função e capacitados - eles têm pré-exposição vacinal, carteira de identificação e registro junto às Vigilância em Saúde (Visa) dos Distritos de Saúde.
Brandão destaca que a vacina é segura e que o empenho de toda a população é fundamental para o controle a raiva em animais domésticos. "Faz muitos anos que conseguimos eliminar a raiva em animais domésticos e em humanos na cidade. Mas para esse trabalho continuar sendo bem feito é importante o comparecimento de toda a população", disse o secretário.
Segundo o médico veterinário Ricardo Conde Alves Rodrigues, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria de Saúde, o vírus rábico ainda circula em Campinas no chamado "ciclo aéreo". “Neste ano já ocorreram seis casos de morcegos positivos, todos não hematófagos. Desde 1999 não temos registros de raiva em animais domésticos, e, desde 1981, em humanos”, informa.
Orientações
A manutenção da circulação viral no chamado "ciclo aéreo" (raiva nos morcegos), segundo Rodrigues, mantém o risco da reintrodução da doença em cães e gatos, o que, consequentemente, aumenta o risco de casos em humanos. Por isso, é fundamental manter altas coberturas vacinais nas populações canina e felina.
O veterinário orienta que o proprietário conduza o animal ao posto de vacinação de maneira adequada, com coleira e guia. Animais das raças rottweiler, mastim napolitano e pit bull e raças assemelhadas devem ser levados para vacinação com focinheira, enforcador e guia curta, preferencialmente, por um adulto.
Todos os cães e gatos com idade igual ou superior a três meses devem ser vacinados durante a campanha, mesmo as fêmeas gestantes ou em fase de amamentação e os animais idosos. “Todos devem receber a dose nesta oportunidade, mesmo os animais imunizados em clínicas particulares ou que tenham participado de várias campanhas anteriores. A vacina é gratuita e obrigatória. É importante levar a caderneta de vacinas do animal”, diz Rodrigues.
A vacina é segura e não há contraindicações. Como nos anos anteriores, para garantir imunização adequada não serão fornecidas doses para os munícipes levarem para casa para posterior aplicação. Também não será realizada vacinação nos domicílios.
Segundo a Vigilância em Saúde de Campinas, a vacinação de cães e gatos é a atividade que mais contribui para que a raiva seja controlada nestas espécies e, com ela, promove-se, indiretamente, a proteção da população humana. Por isso, a Vigilância em Saúde reforça que, além das ações de prevenção e controle desencadeadas pela Secretaria de Saúde, cada cidadão deve fazer sua parte e levar seus animais todos os anos para tomar a dose nas campanhas de vacinação.
O que é a raiva
A raiva é uma doença que acomete mamíferos e que pode ser transmitida aos homens, sendo, portanto, uma zoonose. É causada por um vírus e é mortal, tanto para os homens quanto para os animais. No Brasil, a raiva humana ainda faz vítimas. Mesmo no Estado de São Paulo existem regiões com epizootia (epidemia entre animais), devendo haver, principalmente por parte dos municípios, um desempenho adequado nas atividades de controle da raiva animal.
Modos de transmissão
A transmissão ocorre quando o vírus da raiva existente na saliva do animal infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo necessariamente agressão.
No Brasil, o principal animal que transmite a raiva ao homem é o cão. O morcego hematófago é um importante transmissor da raiva, pois pode infectar bovinos, equinos e morcegos de outras espécies. Todos estes animais podem transmitir a raiva para o homem.