• NOTICIAS

      02/07/2012 | Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas

      A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas (OSMC) participou, neste fim de semana, da apresentação da cantata internacional O Diário de Anne Frank, exibida pela primeira vez nas Américas no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo, com solistas de várias partes do mundo. Com regência do maestro brasileiro Martinho Lutero Galati, a cantata reuniu cerca de 180 pessoas no palco, entre 110 cantores do Coro Luther King, a Sinfônica de Campinas, as sopranos Olga Sober, da Bósnia e Patrízia Zanardi, da Itália; a violoncelista Yuriko Mikami, do Japão; e a atriz e bailarina Clarisse Abujamra, que apresentou uma coreografia de Décio Otero,do Ballett Stagium, com direção cênica de Naum Alves de Souza. Além de música e dramaturgia, a apresentação contou ainda com efeitos visuais produzidos pelo designer Kiko Farkas.

      “O convite para participação da OSMC partiu do próprio maestro Martinho Lutero, que já regeu a Sinfônia há 30 anos e ainda mantém um bom relacionamento com alguns músicos. É um reencontro dele com a orquestra para este projeto tão especial”, explica o maestro titular da Sinfônica, Victor Hugo Toro. “Trata-se da estreia no Brasil desta cantata, que está integrada à história cultural e política do País. A peça mostra um fato histórico que é sempre revisitado como parte da experiência humana. É muito interessante que a OSMC faça parte disso”, completa o maestro.

      A obra chegou ao Brasil a convite do Instituto Vladimir Herzog para celebrar os 75 anos de nascimento de Vlado. As comemorações incluem um seminário sobre direitos humanos, que acontece no Itaú Cultural; mostra de cinema Memória e Transformação, com exibições da Cinemateca Brasileira (até 8 de julho) e CineSesc (até 5 de julho); aulas de cinema com o diretor chileno Patricio Guzmán; e Exposição de Cartazes sobre a Anistia (até 8 de julho).

       

      Esta é a primeira vez no mundo que a obra, de autoria de Leopoldo Gamberini (1922 - Abril 2012) e de Otto Frank, pai de Anne, foi apresentada em sua versão integral, com orquestra sinfônica, coral com 110 cantores, bailarina, solistas e recursos audiovisuais. A obra retrata a história da menina que foi vitimada pelo holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. A peça regida pelo maestro Martinho Lutero Galati, que foi especialmente dirigido pelo próprio autor. 

       

      Das Minas para o mundo 

      Natural de Alpercatas (Minas Gerais), Galati ingressou na música ainda jovem. Aos 17 anos, após experiências em regência de concertos no Teatro Municipal de São Paulo e do Coro da Juventude Musical de São Paulo, fundou a Rede Cultural Luther King, onde dirigiu em torno de 2 mil concertos. Atualmente é professor do Instituto de Musicologia de Milão, na Itália, regente da Piccola Orchestra Sinfonica di Milano, além de trabalhar com teatro na Alemanha e Suíça. Ainda hoje é diretor da Rede Cultural Luther King. “Tive o imenso prazer de conhecer e aprender com o senhor Gamberini, que me apresentou toda a peça e seus detalhes para uma execução completa, adicionando expressões variadas à composição sinfônica, como dança, canto e recursos eletrônicos, que deixam o cenário de guerra ainda mais realista”, conta o maestro.

      “Estamos muito contentes em trazer esta grande obra ao Brasil, principalmente pela celebração dos 75 anos de nascimento de Vlado e também porque será executada integralmente pela primeira vez. A história de Anne Frank se tornou um verdadeiro símbolo de resistência à violência, que transcende ao período do nazismo e é mais uma face da história que queremos relembrar em defesa dos direitos humanos em todas as sociedades e em todos os tempos”, completa Ivo Herzog, filho do jornalista assassinado pela ditadura militar e diretor-executivo do Instituto Vladimir Herzog.



  • VIP IN TOUCH

  • CONTACT

  • LINKS

  • Revista Vip Virtual

  •