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IPS/APAS de julho aponta redução nos preços da carne e do feijão
Os preços das carnes, cereais e leite (semielaborados) apresentaram queda de 1,31% pelo segundo mês consecutivo, assim como o feijão, com redução no preço de 7,41%, após uma sequência de altas verificada de dezembro de 2011 a junho. Este é o resultado do levantamento mensal do Índice de Preços dos Supermercados (IPS/APAS), calculado pela APAS/FIPE em julho. A proporção do número de variações negativas de preços em julho foi de 42,47%, inferior à média, que é de 44,03%. Em junho de 2010, o percentual foi de 42% e em junho de 2011 foi de 37,5%.
A média final dos produtos estudados resultou em alta de 0,21% em julho, na comparação com o mês anterior. No acumulado do ano, foi registrada elevação de 2,51% nos preços até julho. Em 12 meses, a alta é de 6,33%. As categorias que mais impactaram nos preços nesse mês foram os produtos in natura, com aumento de 3,18%, e os produtos industrializados (0,36%).
Segundo o diretor do Departamento de Economia da APAS Martinho Paiva Moreira, a análise para o comportamento dos preços em julho leva em consideração aspectos pontuais e não persistentes destas elevações. “Este fato não deve ocorrer ao longo dos próximos meses. Assim, cumpre-se a expectativa de evolução mais favorável dos preços ao longo de 2012”, afirma.
Hortifruti – Os itens que apresentaram maior elevação foram o tomate (54,24%), a cenoura (27,82%) e o alface (8,17%). Os legumes tiveram alta de 26,70%; as verduras, 6,51% e as frutas 0,89%. O aumento nos preços foi causado pela redução da disponibilidade do produto, associada aos problemas climáticos que afetaram algumas culturais agrícolas.
Alimentos industrializados – A alta nos preços dos alimentos industrializados foi influenciada diretamente pelos preços de derivados de carne (0,34%), panificados (1,07%) e óleos (0,98%). Os itens com maior alta foram: linguiça (0,98%), pão francês (2,08%) e óleo de soja (1,25%).
Bebidas alcoólicas - Os preços das bebidas alcoólicas apresentaram queda de 0,06%, diante da queda no preço do vinho (0,87%). Já as bebidas não alcoólicas registram alta de 0,07%, diante da elevação, principalmente, de refrigerantes (0,49%).
Limpeza - Os preços dos produtos de limpeza apresentaram elevação de 0,49%, impactados pelo aumento no preço do sabão em pó (0,58%). Os artigos de higiene e beleza apontaram alta de 0,21%, impactados pela elevação do sabonete (0,73%) e creme dental (0,30%).
Nota Metodológica - O Índice de Preços dos Supermercados tem como objetivo acompanhar as variações relativas de preços praticados no setor supermercadista ao longo do tempo. O Índice de Preços dos Supermercados é composto por 225 itens pesquisados mensalmente em 5 categorias: i) Semielaborados (Carnes Bovinas, Carnes Suínas, Aves, Pescados, Leite, Cereais); ii) Industrializados (Derivados do Leite, Derivados da Carne, Panificados, Café, Achocolatado em Pó e Chás, Adoçantes, Doces, Biscoitos e Salgadinhos, Óleos, Massas, Farinha e Féculas, Condimentos e Sopa, Enlatados e Conservas, Alimentos prontos,); iii) Produto In Natura (Frutas, Legumes, Tubérculos, Ovos, Verduras); iv) Bebidas (Bebidas Alcoólicas, Bebidas Não Alcoólicas); v) Artigos de Limpeza; vi) Artigos de Higiene e Beleza. Assim, o IPS se apresenta como instrumento útil aos empresários do setor na tomada de decisões com relação a preços e custos dos mais diversos produtos. No que diz respeito à indústria, de maneira análoga, possibilita a tomada de decisão com relação a preços e custos dos produtos destinados aos supermercados. Ao mercado e aos consumidores é útil para a análise da variação de preços ao longo do tempo possibilitando o acompanhamento da evolução dos custos ao consumidor do setor supermercadista.
Sobre a APAS – A Associação Paulista de Supermercados representa o setor supermercadista no Estado de São Paulo e busca integrar toda a cadeia de abastecimento. A entidade conta com 1.200 associados, que somam 2.700 lojas.
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