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José Carlos Pacheco Coimbra (Policamp/FAJ), Saulo Duarte Jr (IBEF Campinas) e Jean Paraskevopoulos Neto (KPMG)
III Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa mostra crescimento das empresas da região.
Índices revelam que segmento de Serviços, com 60%, cresceu em geração bruta de caixa, o dobro do segundo colocado, Varejo, com 30%
A KPMG no Brasil, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), capítulo Campinas, e a Policamp/FAJ apresentam o III Anuário de Transparência Contábil e Governança Corporativa – edição 2011/2012, publicação que traça um perfil das empresas da região Administrativa de Campinas, que compreende 90 municípios.
As demonstrações financeiras pesquisadas foram publicadas por 100 classificadas nas categorias: Sociedades de Grande Porte (SGP); e Empresas de Pequeno e Médio Portes (PMEs). O questionário contempla 17 questões: duas relacionadas à Governança Corporativa; 14, à Contabilidade; e uma, à Sustentabilidade.
Foram compilados, ainda, dados financeiros referentes ao índice de liquidez geral, dependência de capital de terceiros, EBTDA, margem EBTDA, Comprometimento EBTDA, Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) e Retorno sobre o ativo (ROA), inclusive com a apresentação de informações por áreas de segmento das indústrias.
Para Saulo Duarte Jr, presidente do IBEF Campinas, “Este estudo reforça o papel de destaque das empresas da Região Administrativa de Campinas no cenário globalizado. Evidencia ainda que dois anos após a crise econômica internacional, as empresas estão em recuperação”, pontua.
NOVIDADE – “A principal novidade da III edição do Anuário é a segmentação das empresas pesquisadas por ramo de atuação, o que permite visualizar indicadores como concentração dos tipos de negócios na região, tipo de profissionais mais requisitados e geração de riqueza”, explica Jean Paraskevopoulos Neto, sócio da KPMG no Brasil. “As empresas pesquisadas são do Varejo (37%) Energias e Recursos Naturais (20%), Serviços (13%), Construção (8%), Automotivo (7%), Farmacêutico e Químico (6%), Comunicação e Mídia (5%) e Bens Industriais (4%)”, destaca o sócio da KPMG no Brasil.
O setor que apresentou os melhores índices de liquidez foi o de Bens Industriais, com acréscimo de 13% na faixa acima de 3 (nível máximo de liquidez conforme o indicador elaborado pela pesquisa). Também com melhora no índice, estão Comunicação e Mídia – que não registrou empresas com liquidez abaixo do nível 1, e o farmacêutico, com migração de 33% da categoria entre 1 e 1,9 para 2,0 e 2,9.
O setor de Serviços contemplou crescimento de 60% na geração bruta de caixa, o dobro do segundo colocado, o Varejo. Enquanto Energia e Recursos Naturais apresentou o pior desempenho, com 11% menos que em 2010. Em geral, houve um crescimento de 13% entre 2011 e 2012 do EBTDA do conjunto das empresas pesquisadas, substancialmente nas empresas de grande porte. Os setores com melhor desempenho foram os de Serviços e Varejo; e, com pior, Bens Industriais e Energia e Recursos Naturais.
O Anuário evidenciou também que o resultado líquido das empresas pesquisadas apresentou redução de 14% no período, atingindo cerca de R$ 21 bilhões em 2011. Já o patrimônio aumentou em 5%: de R$ 143 bilhões em 2010 a R$ 151 bilhões em 2011. Os ativos das pesquisadas crescerem 7% entre 2010 (R$ 333 bilhões) e 2011 (R$ 357 bilhões). As receitas acumuladas também apresentaram crescimento em 2011, ultrapassando R$ 294 bilhões, contra R$ 265 bilhões relativos a 2010.
Os projetos sócioambientais apoiados/mantidos pelas empresas ficaram concentrados em iniciativas de preservação do meio ambiente, cultura e esporte. Em 2011, 10% dos gastos com projetos sócioambientais ficaram na faixa de até R$ 150 mil; 2%, na faixa de R$ 151 até 500 mil; e 7%, acima de R$ 500 mil.
O ano de 2011 foi de grandes desafios para as entidades no Brasil, com a consolidação da adoção das normas IFRS/CPC. Neste cenário, o Anuário traz de maneira muito prática uma correlação das novas normas contábeis emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis com as Normas Internacionais, e normas correlatas emitidas por outros órgãos reguladores, além de um resumo das principais mudanças contábeis das normas internacionais, que em breve serão adotadas localmente.
PESQUISA - A pesquisa com as empresas foi realizada por estudantes da Policamp/FAJ. “Este trabalho foi muito importante na formação dos alunos, que aplicaram na prática o que já sabem na teoria”, destacou José Carlos Pacheco Coimbra, diretor da Policamp/FAJ. Duarte Jr. disse que a parceria entre o instituto, a empresa e a faculdade “é uma forma interessante de levar o estudante para o meio empresarial. O ambiente de negócios para quem ainda é estudante é sempre muito salutar”, ponderou.
Aos estudantes participantes do projeto, o IBEF Campinas oferece a isenção da mensalidade na filiação à entidade, pelo prazo de um ano, e o convite para participarem no recém-formado IBEF Jovem, que terá seu evento inicial sobre Carreiras, em 22 de agosto.
CURRICULOS
Saulo Duarte Jr – É formado em Administração de Empresas pela PUCC – Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Empresário do ramo de implementos rodoviários e contêineres sendo sócio-gerente da Embark Indústria e Comércio de Implementos Rodoviários Ltda., empresa fundada em outubro/1997. Já foi presidente da ADAF. No IBEF já ocupou a presidência Nacional, do Conselho Consultivo e é atualmente, presidente do IBEF Campinas. Foi vice-chairman do IAFEI – International Association of Financial Executives Institutes, do CRAMI Campinas. Atualmente é presidente do IBEF Campinas e do Conselho Deliberativo da Sociedade Hípica de Campinas.
Jean Paraskevopoulos Neto – É sócio de auditoria da linha de negócios industriais, com amplas experiência no setor automotivo, tecnologia e serviços. Desde 2004 integra a equipe de Revisão Interna de Qualidade, participando como revisor em diversos países da América Latina. Formado pelo Programa de Desenvolvimento de Sócios KPMG, customizado em parceria com a Fundação Dom Cabral, destaque em 2011 no ranking de educação executiva do jornal Financial Times como a 5ª melhor escola de negócios do Mundo.
José Carlos Pacheco Coimbra - Possui graduação em Administração de Empresas pela Escola Superior de Administração e Negócios (1983) e mestrado em Educação - Metodologia do Ensino Superior pela Universidade São Francisco (1998). Atualmente é diretor da Faculdade Politécnica de Campinas, Avaliador do Basis - Banco de Avaliadores do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, atuando como Avaliador Institucional e de Cursos, na área de Administração; Membro do Conselho Deliberativo da ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, desde setembro de 2009 e Membro da Diretoria da ANGRAD - Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração.