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PROGRAMAÇÃO CIRCUITO MIS DE CINEMA MARÇO / 2013
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
Sessão Festival MFL (MOSTRA DO FILME LIVRE) Mostra Integrada de
distribuição livre de filmes por cineclubes.
Realização: Cineclube Catavento
Curadoria: Cineclube Catavento
Quinta-feira, 07 de março - 19h30
Filme: TOXIC AMAZON
Direção: Felipe Milanez
Sinopse: No dia 24 de maio de 2011, mesmo dia em que deputados
federais aprovaram em Brasília o Código Florestal – lei que coloca em
risco as florestas e legaliza desmates – o casal de ambientalistas
José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foi executado perto do
assentamento em que viviam no estado do Pará. Um mês depois a VICE foi
para Marabá, cidade natal de Zé Cláudio, onde acompanhou a
investigação do caso, seguiu os agentes do Ibama numa operação
cinematográfica em que madeireiras ilegais foram fechadas, visitou um
acampamento do MST, conheceu escravos foragidos e comprovou a
violência que permeia a cidade que os locais chamam de Marabala. 2011
CICLO: “DIA DA MULHER”
Curadoria: UBM – União Brasileira das Mulheres
Sexta-feira , 08 de março – 19h
MULHERES E O MUNDO DO TRABALHO
Direção de Marcia Shoo
Documentário produzido pelo Instituto de Políticas Alternativas para o
Conesul. Muitos acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres
foi superada no Brasil, mas Censo de 2007 constatou que a mulher
trabalha mais do que o dobro da jornada do homem, exercendo funções
remuneradas sem deixar de cuidar da casa e da família. Brasil. 2008,
28 min
VIDA MARIA
Direção de Márcio Ramos
“Vida Maria” é um curta-metragem de animação que venceu inúmeros
festivais nacionais e internacionais no ano de seu lançamento. O curta
denuncia a ausência de escolarização e as condições precárias de vida
de várias gerações de mulheres do sertão cearense. A animação
acompanha a rotina da personagem “Maria José”, uma menina que se
diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a
abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos. “Vida
Maria” transborda os limites do sertão, aproximando-se também das
mulheres pobres urbanas, que da mesma forma que vivem a mercê do
marido, cuidando da casa e dos filhos. Brasil. 2006, 09 min
ACORDA, RAIMUNDO...ACORDA!
Direção de Alfredo Alves
E se as mulheres saíssem para o trabalho enquanto os homens cuidassem
dos afazeres domésticos? Essa é a história de Marta(Eliane Giardini) e
Raimundo (Paulo Betti), uma família operária, seus conflitos
familiares e o machismo, vividos num mundo onde tudo acontece ao
contrário.
Brasil. 1990, 16 min
CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
Curadoria: Ricardo Pereira
Sexta-feira, 08 de Março – 19h
A FONTE DAS MULHERES
Direção de Radu Mihaileanu
Centrada na guerra dos sexos, esta comédia dramática é uma fábula moderna
de uma pequena vila onde mulheres ameaçam fazer greve de sexo se os homens
não buscarem água em um lugar longínquo. A rebelião é liderada pela jovem
liberal Leila (Leïla Bekhti). Bélgica/Itália/França, 2011. Colorido,
115min. Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2011.*
Sessão: Brasil nas Telas
Curadoria: Cineclube Catavento
Sábado, 09 de Março – 16h
PRAÇA SANS PEÑA
Direção: Vinícius Reis
Sinopse: Paulo, professor do ensino médio, e Teresa, gerente de uma
lanchonete, vivem em casamento sólido. Juntos com a filha Bel – uma
adolescente de 15 anos – eles formam uma típica familia de classe
média brasileira. Ambos cultivam o sonho da casa própria, mas o
orçamento apertado apenas paga as contas. Quando Paulo aceita uma
proposta para escrever um livro sobre a Tijuca, bairro carioca em que
residem, eles começam a vislumbrar dias mais prósperos. Nos meses que
se seguem, porém, o que era para ser um alento acaba transformando-se
em uma crise familiar que coloca em risco um relacionamento de 20
anos.
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
Curta MIS
Sábado, 09 de Março – 19h30min
Banda dos homens de cor
Produção: Arnold Fruneaux, Bruno Barbato, Raoni Zambi, Ubiratan Maia
Roteiro: Arnold Fruneaux, Bruno Barbato
Orientação: Luis Roberto Saviani Rey
Edição Final: Artur del Ducca, Bruno Schubert
Sinopse: A cidade de Campinas, considerada a capital econômica do Estado de São
Paulo, no período cafeeiro, entre os anos de 1890 e 1930, vivenciou um
verdadeiro apartheid, em que negros escravos ou libertos eram
discriminados e colocados à parte da sociedade, não podendo nem mesmo
exercer seus dotes culturais em corporações formadas por brancos. Este
projeto busca resgatar a história da Corporação Musical Campineira dos
Homens de Cor, fundada em Campinas no ano de 1933, e, portanto, ainda
dentro de um ciclo discriminatório, por meio de um videodocumentário.
A banda foi fundada em razão da impossibilidade de incorporação de
negros à tradicional Banda
Ítalo-Brasileira –atual Carlos Gomes. O objetivo era criar uma opção
de ensino musical e lazer para os negros da cidade. A despeito de
todos os obstáculos levantados, no âmbito racial, cultural e mesmo
plano econômico, a Corporação dos Homens de Cor subsistiu e sobrevive
hoje do seu ideal. 20min
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CINeClube DOC 360°
Segunda-feira, 11 de Março – 19h
O CALDEIRÃO DE SANTA CRUZ DO DESERTO
Direção de Rosemberg Cariry, que nasceu em Farias Brito no ano de 1956
e é considerado hoje em dia um dos maiores cineastas Cearenses tendo
realizado várias obras que buscam resgatar a história dos personagens
e movimentos sociais que marcaram a região. Este documentário lançado
em 1986 é um resgate da memória e da história da comunidade religiosa
que ficou historicamente conhecida como Caldeirão da Santa Cruz do
Deserto, um movimento messiânico liderado pelo beato José Lourenço
nascido em Pilões de Dentro no ano de 1872, tendo falecido em Exu aos
12 de fevereiro de 1946. Este movimento foi organizado em moldes
socialistas primitivos no qual tudo o que era produzido pelos
trabalhadores era repartido de forma igualitária entre todos que
chegavam na comunidade. O grande progresso do Caldeirão provocou pavor
entre os políticos que temiam um novo levante como ocorrera em
Canudos, no interior da Bahia, liderado por Antônio Conselheiro. A
comunidade foi destruída pela polícia cearense e por bombardeio de
aviões, deixando mais de mil camponeses mortos. Através de depoimentos
e símbolos da cultura popular, o filme faz uma reflexão sobre o poder,
a liberdade e a luta pela terra. O diretor Rosemberg Cariry assina o
roteiro juntamente com Firmino Holanda. O documentário é realizado com
diversas entrevistas e fotografias de moradores do caldeirão, além de
representações poéticas e líricas que traduzem o que foi o movimento,
um dos mais significativos da história do Cariri. Brasil, 1986, 78 min
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
CICLO: ” O BRASIL DE GLAUBER”
Curadoria: Laerte Ziggiatti
Terça-feira, 12 de Março – 19h
BARRAVENTO
Direção de Glauber Rocha. Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos
antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos
místicos ligados ao candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo
morador, que foi para Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao
retornar ele sente atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo
em que não consegue esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho),
que, por sua vez, gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um
despacho contra Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a
própria aldeia, que passa a ser impedida de pescar. É o 1º
longa-metragem dirigido por Glauber Rocha. Brasil, 1962, 80 min.
CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
Curadoria: Ricardo Pereira
Sexta-feira, 15 de Março – 19h
SENHOR LAZHAR
Direção de Philippe Falardeau
Bachir Lazhar (Mohamed Fellag), imigrante argelino, é contratado para
substituir um professor do ensino fundamental, que morreu tragicamente.
Enquanto a classe passa por um processo de superação da perda, ninguém
desconfia o drama pelo qual passa o novo professor, que corre o risco de
ser deportado a qualquer momento. Canadá, 2011. Colorido, 94 min. Indicado
ao Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro. Inédito nos cinemas brasileiros.
”MOSTRA: AMÉRICA LATINA E SOCIEDADE
A Argentina de Pablo Trapero
Curadoria: CINECLUBE INVERT
Sábado, 16 de Março – 16h
MUNDO GRUA
Direção de Pablo Trapero. Rulo tem 50 anos e é ex-baixista de uma
famosa banda de rock dos anos 70. Ele vai trabalhar na grua de um
prédio em construção, mas antes terá de passar por uma série de
testes. Com uma vida complicada, Rulo ainda tem a mãe para cuidar e o
filho de 19 anos, que quer seguir seus passos e formar um grupo de
rock. Assim, ele acaba saindo de Buenos Aires, para trabalhar em outra
construção. Depois de um longo período de adaptação, as obras são
interrompidas e Rulo volta para casa. Mais uma vez ele terá de começar
do zero. Argentina, 1998, 90min. Produção premiada no Festival de
Veneza 1999, pelo júri da FIPRESCI, como Melhor Primeiro Filme.
Sábado, 16 de Março – 19h30min
ABUTRES (Carancho)
Direção de Pablo Trapero. Sosa (Ricardo Darín) é um "urubu", um
advogado especializado em acidentes rodoviários. Todos os dias ele vai
aos locais de acidente, aos setores de emergência dos hospitais e às
delegacias procurando clientes. Seu trabalho é lidar com as
testemunhas, policiais, juízes e companhias de seguro. Mas o que seus
clientes não sabem é que a agência para a qual trabalha está envolvida
em esquemas de corrupção e desvio de dinheiro. Quando se apaixona pela
jovem paramédica Luján (Martina Gusman), Sosa decide se aposentar do
trabalho sujo e viver ao lado dela. Mas seu passado não o deixará tão
facilmente. Argentina, 2010, 107 min
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CINeClube DOC 360°
Segunda-feira, 18 de Março – 19h
FOR FAKE (Verdades e Mentiras )
Direção de Orson Welles. Um provocativo Orson Welles se dirige à
quarta parede e desafia sua plateia a acreditar que, nos próximos
sessenta minutos, o que irá se desenrolar na tela é pura verdade,
“baseado em fatos sólidos”. Como um súdito, seu espectador tenderia a
se deixar levar, não fosse pelo breve prólogo capitaneado pelo próprio
Welles: ele, como personagem, escancara o faz-de-conta que sustentava,
revelando a equipe de filmagem e se transforma em diretor, conduzindo
um fio narrativo de reflexão a respeito de Arte, o conceito de verdade
e autoria. Numa linguagem singular, derivada da aproximação simbiótica
entre documentário e ficção, expositiva do modus operandi do Cinema,
orquestra-se uma moviola frenética, que rege o ritmo do filme através
da montagem entre planos de estética documental e de imagens
arquitetadas com ousadia por Welles.
No centro, analisa-se Elmyr de Hory, que ganha a vida assinando
quadros como se fossem de pintores consagrados. Hory é talentoso por
ser um bom pintor ou por ser um bom falsário? O que faz seu trabalho
ser menos valioso que sua matriz, se aquele é justamente a cópia
desta? Numa visão macro, a discussão gira em torno da Arte, e recai
plenamente naquela operada por Welles: a fato sólido a qual se referiu
no início da fita diz respeito à cerne de todo o filme – de todo filme
- que é da Arte como simulacro do real, sem, no entanto, ter
compromisso com a verdade.
Somente Welles, cuja popularidade nasceu de uma transmissão
radiofônica de simulação de invasão de alienígenas à Terra, poderia
tão bem conduzir este debate instigante. Imperdível, e sua importância
vai além de ser o último filme dirigido por Orson Welles.
Alemanha/França/Irã, 1973. 90 min.
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
CICLO: ” O BRASIL DE GLAUBER”
Curadoria: Laerte Ziggiatti
Terça-feira, 19 de Março – 19h
DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
Direção de Glauber Rocha. Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que
se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton
Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por
jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães).
O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que
promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo
místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata
o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um
matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários
da região, extermina os seguidores do beato. Mais uma vez nosso casal
está sozinho nas veredas do sertão e dessa vez acaba encontrando o
bando de Corisco (Othon Bastos), cangaceiro remanescente do grupo de
Lampião. Corisco batiza Manuel de Satanás e este agora tem novamente
um sentido em sua vida, dessa vez completamente imerso no mundo do
cangaço nordestino. Depois de muita matança no nordeste, Antônio das
Mortes resolve acabar de vez com os cangaceiros. Considerado um marco
do cinema novo. Brasil, 1963, 125 min. Grande Prêmio Latino-Americano
(Festival Internacional de Mar del Plata, Argentina, 1966).
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
Sessão Festival MFL (MOSTRA DO FILME LIVRE) Mostra Integrada de
distribuição livre de filmes por cineclubes.
Realização local: Cineclube Catavento
Curadoria: Cineclube Catavento
Quinta-feira, 21 de Março - 19h30
Filme: ESSE AMOR QUE NOS CONSOME
Direção: Allan Ribeiro
Gatto e Barbot são
companheiros de vida há mais de 40 anos e acabam de se instalar em um
casarão abandonado no Centro do Rio de Janeiro. Ali, eles passam a
viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta do dia a dia se
mistura à criação artística e à crença em seus orixás. Através da
dança eles se espalham pela cidade, marcando seus territórios. 2012,
80 min
CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
Curadoria: Ricardo Pereira
Sexta-feira, 22 de Março – 19h
TOMBOY
Direção de Céline Sciamma
Laure (Zoé Héran) é uma garota de dez anos, que vive com os pais e a irmã
caçula Jeanne (Malonn Lévana) em um novo bairro. Um dia, Laure, que tem
cabelos curtos e gosta de vestir roupas masculinas, resolve sair de casa
para conhecer a vizinhança e encontra Lisa (Jeanne Disson), que a confunde
com um menino. A partir de então, Laure assume uma nova identidade,
Mickaël, sem que seus pais saibam. França, 2011. Colorido, 82 min. Vencedor
do 19º Festival MixBrasil da diversidade sexual. *
CICLO: A COMUNA DE PARIS
Curadoria: LANTERNA
Sábado, 23 de Março – 16h
LA COMMUNE (Paris, 1871) - A COMUNA DE PARIS – Parte I – 2h45 min
Direção de Peter Watkins.
Sábado, 23 de Março – 19h30min
LA COMMUNE (Paris, 1871) - A COMUNA DE PARIS – Parte I I - 3h
Direção de Peter Watkins.
« LA COMMUNE (Paris, 1871) » Filme de Peter Watkins, 1999, 345 mins.
Peter Watkins, de origem britânica, foi diretor de vários
documentários produzidos por TV´s européias e de alguns filmes
comerciais (entre eles, Punishment Park, 1970). O conjunto da obra
desse “diretor maldito” (alguns de seus filmes foram censurados pelas
TV´s e boicotados por poderosas distribuidoras de cinema) se distingue
por uma contundente crítica à violência da guerra e ao papel dos meios
de comunicação, em particular da TV no capitalismo contemporâneo. A
este respeito, suas palavras são definitivas: "(...) (a TV) está nas
mãos de uma elite de poderosos, de magnatas, de executivos, de
diretores de programas e de produtores que dispõem de um poder
colossal e que impõem, por toda parte, a sua ideologia globalizante e
comercial, cruel e cínica, recusando obviamente a dividir este poder”.
Em La Commune, Watkins, de forma criativa e inteligente, coloca em
cena duas (imaginárias) emissoras de TV – a TV Versalhes (oficial) e a
TV Comunal (democrática e popular) – fazendo a cobertura e a
interpretação dos fatos ocorridos na COMUNA DE PARIS. Homens e
mulheres da classe trabalhadora, pequena e grande burguesia,
dirigentes comunardos, soldados da guarda nacional, militares leais ao
governo, religiosos, jornalistas, porta-vozes da burguesia etc.
manifestam abertamente suas conflitivas opiniões e expectativas
políticas e sociais. Difícil será encontrar na filmografia mundial um
documento mais instigante e elucidativo sobre a luta ideológica na
sociedade de classes. Embora irrestritamente simpático à experiência
da COMUNA, o filme é uma criteriosa e rigorosa reconstrução histórica
desse evento. La Commune revela o júbilo e as generosas expectativas
vividas pelas classes populares e trabalhadoras com a conquista do
poder político em Paris; contudo, de forma alguma apologético ou
simplificador, o filme mostra as dificuldades, os conflitos e os
dilemas que enfrentam homens e mulheres – ainda inexperientes
politicamente e acossados duramente pela reação conservadora e
repressão militar – quando buscaram construir um governo radicalmente
democrático e socialmente emancipador. Ao propor estas questões, o
filme inova ao levar seus atores - a grande maioria não tinha nenhuma
experiência cinematográfica anterior – a refletir sobre o papel que
representaram no filme bem como discutir, coletivamente, os problemas
sociais e políticos enfrentados por todos eles ao final do século XX.
Por meio de um intenso, dilacerante e inteligente debate comprovam-se
que os ideais e as bandeiras da COMUNA DE PARIS continuam vivos e
ainda tremulam na ordem capitalista contemporânea. (Por Caio N. de
Toledo (IFCH ). Inglaterra.1999, 345 min
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CINeClube DOC 360°
Segunda-feira, 25 de Março – 19h
MÚSICA PARA OS OLHOS
Direção de Lírio Ferreira, Hilton Lacerda.
Filmado com recursos digitais, o documentário conta, por meio de
imagens de arquivo e depoimentos, a vida do sambista Cartola, um dos
compositores mais admirados da música brasileira. A história do samba
a partir de um dos seus expoentes mais nobres. CARTOLA traça um painel
da formação cultural do Brasil, convidando a uma reflexão na
construção da memória deste país. Brasil. 2006, 88 min.
PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
CICLO: ” O BRASIL DE GLAUBER”
Curadoria: Laerte Ziggiatti
Terça-feira, 26 de Março – 19h
TERRA EM TRANSE
Direção de Glauber Rocha.
Num país fictício chamado Eldorado, o jornalista e poeta Paulo (Jardel
Filho) oscila entre diversas forças políticas em luta pelo poder.
Porfírio Diaz (Paulo Autran) é um líder de direita, político
paternalista da capital litorânea de Eldorado. Dom Felipe Vieira (José
Lewgoy) é um político populista e Julio Fuentes (Paulo Gracindo), o
dono de um império de comunicação. Em uma conversa com a militante
Sara (Glauce Rocha), Paulo conclui que o povo de Eldorado precisa de
um líder e que Vieira tem os pré-requisitos para a missão. Grande
clássico do Cinema Novo. Grande Prêmio Latino-Americano (Festival
Internacional de Mar del Plata, Argentina, 1966. Brasil. 1963, 125 min
CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
Curadoria: Ricardo Pereira
Quinta-feira, 28 de Março – 19h
OSLO, 31 DE AGOSTO
Direção de Joachim Trier
Anders tem 34 anos e está perto de completar um tratamento de reabilitação
para viciados em drogas. Autorizado a ir até Oslo para uma entrevista de
emprego, ele aproveita a oportunidade para perambular pela cidade e
reencontrar velhos amigos. Ao longo do dia, ele vai sendo assombrado por
velhos fantasmas e lembranças ruins das oportunidades que perdeu e das
pessoas que decepcionou, como seus pais e sua ex-namorada, que agora vive
em Nova York. A noite cai e Anders vai seguindo. Sua esperança é vislumbrar
algum futuro pela manhã. Adaptação livre do romance “Fogo Fátuo” de Pierre
Drieu La Rochelle que também inspirou o filme “Trinta Anos Esta Noite” de
Louis Malle. Noruega, 2011. Colorido, 96 min. Exibido na Mostra Um Certain
Regard do Festival de Cannes 2011.***
CICLO:”DIVERSIDADE CULTURAL,outras linguagens; outros olhares ”
Curadoria: Adriano de Jesus
MULHERES SEM HOMENS (Zanan Bedoone Mardan)
Sexta-feira, 29 de Março - 19h
Direção de Shirin Neshat.
O filme conta a história de quatro mulheres durante os dias do golpe
de Estado no Irã, em 1953, cujas vidas cruzam-se em meio ao caos
político e encontra abrigo no jardim de uma casa de campo. Desse
encontro surge uma história de conforto, companheirismo e amizade.
Baseado no romance da autora iraniana Shahrnush Parsipur, que retrata
o papel da mulher na sociedade iraniana em meio as complexidades
sócio-política e religiosa do país e explora o valor simbólico do
jardim na tradição islâmica. Irã. 2009, 95 min.
A FILHA NATURAL ("La Hija Natural")
Sábado, 30 de Março - 16h
Direção de Leticia Tonos
Após a morte de sua mãe em um trágico acidente, Maria, de dezoito
anos, que decide encontrar o pai que nunca conheceu. Ela o encontra em
pequeno e supersticioso povoado dominicano. O que está em uma cidade
vizinha e no meio das peculiaridades, pai e filha terão de enfrentar
os fantasmas do passado, descobrindo o amor. República
Dominicana/Porto Rico, 2011, 96 min
A FEITICEIRA DA GUERRA (Rebelle)
Sábado, 30 de Março – 19h30min
Direção de Kim Nguyen
A jovem Komona está grávida. Ela conta ao seu filho, ainda no ventre,
a sua história de vida. Depois de ter a sua vila queimada por rebeldes
e ser forçada a matar os seus pais, durante a guerra civil na
República do Congo. Ela é levada para a floresta para lutar como uma
criança-soldado, onde o seu brutal comandante não só a treina para o
uso de armas, mas também a força a ter relações com ele e acaba
engravidando-a. Procurando por abrigo no meio deste horror, ela se
apega a um garoto albino de quinze anos, que ela chama de Mágico.
Depois de passarem meses juntos, ele sonha em se casar com ela.
Todavia, Komona deve retornar à sua vila natal para enterrar os seus
pais. Apesar de tudo ela encontra o seu caminho e ainda tem muita
esperança no coração. Assim, Komona e Mágico apaixonam-se e fogem para
viverem o mesmo amor e ideal de resistência diante dessa trágica
guerra. Canadá/Vietña. 2012, 90 min
debates após exibição
LOCAL
Museu da Imagem e do Som – Campinas
Palácio dos Azulejos
Rua: Regente Feijó, 859
Programação sujeita a alterações
Entrada Franca (60 lugares)