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      06/03/2013 | MIS Programação de MARÇO 2013

      PROGRAMAÇÃO CIRCUITO MIS DE CINEMA MARÇO / 2013


      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
      Sessão Festival MFL (MOSTRA DO FILME LIVRE) Mostra Integrada de
      distribuição livre de filmes por cineclubes.

      Realização:  Cineclube Catavento
      Curadoria: Cineclube Catavento
      Quinta-feira, 07 de março - 19h30
      Filme: TOXIC AMAZON
      Direção: Felipe Milanez
      Sinopse: No dia 24 de maio de 2011, mesmo dia em que deputados
      federais aprovaram em Brasília o Código Florestal – lei que coloca em
      risco as florestas e legaliza desmates – o casal de ambientalistas
      José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo foi executado perto do
      assentamento em que viviam no estado do Pará. Um mês depois a VICE foi
      para Marabá, cidade natal de Zé Cláudio, onde acompanhou a
      investigação do caso, seguiu os agentes do Ibama numa operação
      cinematográfica em que madeireiras ilegais foram fechadas, visitou um
      acampamento do MST, conheceu escravos foragidos e comprovou a
      violência que permeia a cidade que os locais chamam de Marabala. 2011

      CICLO: “DIA DA MULHER”
      Curadoria: UBM – União Brasileira das Mulheres
      Sexta-feira , 08 de março – 19h
      MULHERES E O MUNDO DO TRABALHO
      Direção de Marcia Shoo
      Documentário produzido pelo Instituto de Políticas Alternativas para o
      Conesul. Muitos acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres
      foi superada no Brasil, mas Censo de 2007 constatou que a mulher
      trabalha mais do que o dobro da jornada do homem, exercendo funções
      remuneradas sem deixar de cuidar da casa e da família. Brasil. 2008,
      28 min
      VIDA MARIA
      Direção de Márcio Ramos
      “Vida Maria” é um curta-metragem de animação que venceu inúmeros
      festivais nacionais e internacionais no ano de seu lançamento. O curta
      denuncia a ausência de escolarização e as condições precárias de vida
      de várias gerações de mulheres do sertão cearense. A animação
      acompanha a rotina da personagem “Maria José”, uma menina que se
      diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é obrigada pela mãe a
      abandonar os estudos e começar a cuidar dos afazeres domésticos. “Vida
      Maria” transborda os limites do sertão, aproximando-se também das
      mulheres pobres urbanas, que da mesma forma que vivem a mercê do
      marido, cuidando da casa e dos filhos. Brasil. 2006, 09 min
      ACORDA, RAIMUNDO...ACORDA!
      Direção de Alfredo Alves
      E se as mulheres saíssem para o trabalho enquanto os homens cuidassem
      dos afazeres domésticos? Essa é a história de Marta(Eliane Giardini) e
      Raimundo (Paulo Betti), uma família operária, seus conflitos
      familiares e o machismo, vividos num mundo onde tudo acontece ao
      contrário.
      Brasil. 1990, 16 min



      CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
      Curadoria: Ricardo Pereira

      Sexta-feira, 08 de Março – 19h
      A FONTE DAS MULHERES
      Direção de Radu Mihaileanu
      Centrada na guerra dos sexos, esta comédia dramática é uma fábula moderna
      de uma pequena vila onde mulheres ameaçam fazer greve de sexo se os homens
      não buscarem água em um lugar longínquo. A rebelião é liderada pela jovem
      liberal Leila (Leïla Bekhti). Bélgica/Itália/França, 2011. Colorido,
      115min. Indicado à Palma de Ouro no Festival de Cannes 2011.*



      Sessão: Brasil nas Telas
      Curadoria: Cineclube Catavento

      Sábado, 09 de Março – 16h
      PRAÇA SANS PEÑA
      Direção: Vinícius Reis
      Sinopse: Paulo, professor do ensino médio, e Teresa, gerente de uma
      lanchonete, vivem em casamento sólido. Juntos com a filha Bel – uma
      adolescente de 15 anos – eles formam uma típica familia de classe
      média brasileira. Ambos cultivam o sonho da casa própria, mas o
      orçamento apertado apenas paga as contas. Quando Paulo aceita uma
      proposta para escrever um livro sobre a Tijuca, bairro carioca em que
      residem, eles começam a vislumbrar dias mais prósperos. Nos meses que
      se seguem, porém, o que era para ser um alento acaba transformando-se
      em uma crise familiar que coloca em risco um relacionamento de 20
      anos.



      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
      Curta MIS
      Sábado, 09 de Março – 19h30min
      Banda dos homens de cor
      Produção: Arnold Fruneaux, Bruno Barbato, Raoni Zambi, Ubiratan Maia
      Roteiro: Arnold Fruneaux, Bruno Barbato
      Orientação: Luis Roberto Saviani Rey
      Edição Final: Artur del Ducca, Bruno Schubert
      Sinopse: A cidade de Campinas, considerada a capital econômica do Estado de São
      Paulo, no período cafeeiro, entre os anos de 1890 e 1930, vivenciou um
      verdadeiro apartheid, em que negros escravos ou libertos eram
      discriminados e colocados à parte da sociedade, não podendo nem mesmo
      exercer seus dotes culturais em corporações formadas por brancos. Este
      projeto busca resgatar a história da Corporação Musical Campineira dos
      Homens de Cor, fundada em Campinas no ano de 1933, e, portanto, ainda
      dentro de um ciclo discriminatório, por meio de um videodocumentário.
      A banda foi fundada em razão da impossibilidade de incorporação de
      negros à tradicional Banda
      Ítalo-Brasileira –atual Carlos Gomes. O objetivo era criar uma opção
      de ensino musical e lazer para os negros da cidade. A despeito de
      todos os obstáculos levantados, no âmbito racial, cultural e mesmo
      plano econômico, a Corporação dos Homens de Cor subsistiu e sobrevive
      hoje do seu ideal. 20min




      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CINeClube DOC 360°
      Segunda-feira, 11 de Março – 19h
      O CALDEIRÃO DE SANTA CRUZ DO DESERTO
      Direção de Rosemberg Cariry, que nasceu em Farias Brito no ano de 1956
      e é considerado hoje em dia um dos maiores cineastas Cearenses tendo
      realizado várias obras que buscam resgatar a história dos personagens
      e movimentos sociais que marcaram a região. Este documentário lançado
      em 1986 é um resgate da memória e da história da comunidade religiosa
      que ficou historicamente conhecida como Caldeirão da Santa Cruz do
      Deserto, um movimento messiânico liderado pelo beato José Lourenço
      nascido em Pilões de Dentro no ano de 1872, tendo falecido em Exu aos
      12 de fevereiro de 1946. Este movimento foi organizado em moldes
      socialistas primitivos no qual tudo o que era produzido pelos
      trabalhadores era repartido de forma igualitária entre todos que
      chegavam na comunidade. O grande progresso do Caldeirão provocou pavor
      entre os políticos que temiam um novo levante como ocorrera em
      Canudos, no interior da Bahia, liderado por Antônio Conselheiro. A
      comunidade foi destruída pela polícia cearense e por bombardeio de
      aviões, deixando mais de mil camponeses mortos. Através de depoimentos
      e símbolos da cultura popular, o filme faz uma reflexão sobre o poder,
      a liberdade e a luta pela terra. O diretor Rosemberg Cariry assina o
      roteiro juntamente com Firmino Holanda. O documentário é realizado com
      diversas entrevistas e fotografias de moradores do caldeirão, além de
      representações poéticas e líricas que traduzem o que foi o movimento,
      um dos mais significativos da história do Cariri. Brasil, 1986, 78 min



      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
      CICLO: ” O BRASIL DE GLAUBER”
      Curadoria: Laerte Ziggiatti

      Terça-feira, 12 de Março – 19h
      BARRAVENTO
      Direção de Glauber Rocha. Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos
      antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos
      místicos ligados ao candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo
      morador, que foi para Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao
      retornar ele sente atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo
      em que não consegue esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho),
      que, por sua vez, gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um
      despacho contra Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a
      própria aldeia, que passa a ser impedida de pescar. É o 1º
      longa-metragem dirigido por Glauber Rocha. Brasil, 1962, 80 min.



      CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
      Curadoria: Ricardo Pereira
      Sexta-feira, 15 de Março – 19h
      SENHOR LAZHAR
      Direção de Philippe Falardeau
      Bachir Lazhar (Mohamed Fellag), imigrante argelino, é contratado para
      substituir um professor do ensino fundamental, que morreu tragicamente.
      Enquanto a classe passa por um processo de superação da perda, ninguém
      desconfia o drama pelo qual passa o novo professor, que corre o risco de
      ser deportado a qualquer momento. Canadá, 2011. Colorido, 94 min. Indicado
      ao Oscar 2012 de Melhor Filme Estrangeiro. Inédito nos cinemas brasileiros.




      ”MOSTRA: AMÉRICA LATINA E SOCIEDADE
      A Argentina de Pablo Trapero
      Curadoria: CINECLUBE INVERT


      Sábado, 16 de Março – 16h
      MUNDO GRUA
      Direção de Pablo Trapero. Rulo tem 50 anos e é ex-baixista de uma
      famosa banda de rock dos anos 70. Ele vai trabalhar na grua de um
      prédio em construção, mas antes terá de passar por uma série de
      testes. Com uma vida complicada, Rulo ainda tem a mãe para cuidar e o
      filho de 19 anos, que quer seguir seus passos e formar um grupo de
      rock. Assim, ele acaba saindo de Buenos Aires, para trabalhar em outra
      construção. Depois de um longo período de adaptação, as obras são
      interrompidas e Rulo volta para casa. Mais uma vez ele terá de começar
      do zero. Argentina, 1998, 90min. Produção premiada no Festival de
      Veneza 1999, pelo júri da FIPRESCI, como Melhor Primeiro Filme.



      Sábado, 16 de Março – 19h30min
      ABUTRES (Carancho)
      Direção de Pablo Trapero. Sosa (Ricardo Darín) é um "urubu", um
      advogado especializado em acidentes rodoviários. Todos os dias ele vai
      aos locais de acidente, aos setores de emergência dos hospitais e às
      delegacias procurando clientes. Seu trabalho é lidar com as
      testemunhas, policiais, juízes e companhias de seguro. Mas o que seus
      clientes não sabem é que a agência para a qual trabalha está envolvida
      em esquemas de corrupção e desvio de dinheiro. Quando se apaixona pela
      jovem paramédica Luján (Martina Gusman), Sosa decide se aposentar do
      trabalho sujo e viver ao lado dela. Mas seu passado não o deixará tão
      facilmente. Argentina, 2010, 107 min



      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CINeClube DOC 360°
      Segunda-feira, 18 de Março – 19h

      FOR FAKE (Verdades e Mentiras )
      Direção de Orson Welles. Um provocativo Orson Welles se dirige à
      quarta parede e desafia sua plateia a acreditar que, nos próximos
      sessenta minutos, o que irá se desenrolar na tela é pura verdade,
      “baseado em fatos sólidos”. Como um súdito, seu espectador tenderia a
      se deixar levar, não fosse pelo breve prólogo capitaneado pelo próprio
      Welles: ele, como personagem, escancara o faz-de-conta que sustentava,
      revelando a equipe de filmagem e se transforma em diretor, conduzindo
      um fio narrativo de reflexão a respeito de Arte, o conceito de verdade
      e autoria. Numa linguagem singular, derivada da aproximação simbiótica
      entre documentário e ficção, expositiva do modus operandi do Cinema,
      orquestra-se uma moviola frenética, que rege o ritmo do filme através
      da montagem entre planos de estética documental e de imagens
      arquitetadas com ousadia por Welles.
      No centro, analisa-se Elmyr de Hory, que ganha a vida assinando
      quadros como se fossem de pintores consagrados. Hory é talentoso por
      ser um bom pintor ou por ser um bom falsário? O que faz seu trabalho
      ser menos valioso que sua matriz, se aquele é justamente a cópia
      desta? Numa visão macro, a discussão gira em torno da Arte, e recai
      plenamente naquela operada por Welles: a fato sólido a qual se referiu
      no início da fita diz respeito à cerne de todo o filme – de todo filme
      - que é da Arte como simulacro do real, sem, no entanto, ter
      compromisso com a verdade.
      Somente Welles, cuja popularidade nasceu de uma transmissão
      radiofônica de simulação de invasão de alienígenas à Terra, poderia
      tão bem conduzir este debate instigante. Imperdível, e sua importância
      vai além de ser o último filme dirigido por Orson Welles.
      Alemanha/França/Irã, 1973. 90 min.



      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
      CICLO: ” O BRASIL DE GLAUBER”
      Curadoria: Laerte Ziggiatti

      Terça-feira, 19 de Março – 19h
      DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL
      Direção de Glauber Rocha. Manuel (Geraldo Del Rey) é um vaqueiro que
      se revolta contra a exploração imposta pelo coronel Moraes (Mílton
      Roda) e acaba matando-o numa briga. Ele passa a ser perseguido por
      jagunços, o que faz com que fuja com sua esposa Rosa (Yoná Magalhães).
      O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião (Lídio Silva), que
      promete o fim do sofrimento através do retorno a um catolicismo
      místico e ritual. Porém ao presenciar a morte de uma criança Rosa mata
      o beato. Simultaneamente Antônio das Mortes (Maurício do Valle), um
      matador de aluguel a serviço da Igreja Católica e dos latifundiários
      da região, extermina os seguidores do beato. Mais uma vez nosso casal
      está sozinho nas veredas do sertão e dessa vez acaba encontrando o
      bando de Corisco (Othon Bastos), cangaceiro remanescente do grupo de
      Lampião. Corisco batiza Manuel de Satanás e este agora tem novamente
      um sentido em sua vida, dessa vez completamente imerso no mundo do
      cangaço nordestino. Depois de muita matança no nordeste, Antônio das
      Mortes resolve acabar de vez com os cangaceiros. Considerado um marco
      do cinema novo. Brasil, 1963, 125 min. Grande Prêmio Latino-Americano
      (Festival Internacional de Mar del Plata, Argentina, 1966).



      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
      Sessão Festival MFL (MOSTRA DO FILME LIVRE) Mostra Integrada de
      distribuição livre de filmes por cineclubes.

      Realização local: Cineclube Catavento
      Curadoria: Cineclube Catavento

      Quinta-feira, 21 de Março - 19h30
      Filme: ESSE AMOR QUE NOS CONSOME
      Direção: Allan Ribeiro
      Gatto e Barbot são
      companheiros de vida há mais de 40 anos e acabam de se instalar em um
      casarão abandonado no Centro do Rio de Janeiro. Ali, eles passam a
      viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta do dia a dia se
      mistura à criação artística e à crença em seus orixás. Através da
      dança eles se espalham pela cidade, marcando seus territórios. 2012,
      80 min



      CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
      Curadoria: Ricardo Pereira
      Sexta-feira, 22 de Março – 19h
      TOMBOY
      Direção de Céline Sciamma
      Laure (Zoé Héran) é uma garota de dez anos, que vive com os pais e a irmã
      caçula Jeanne (Malonn Lévana) em um novo bairro. Um dia, Laure, que tem
      cabelos curtos e gosta de vestir roupas masculinas, resolve sair de casa
      para conhecer a vizinhança e encontra Lisa (Jeanne Disson), que a confunde
      com um menino. A partir de então, Laure assume uma nova identidade,
      Mickaël, sem que seus pais saibam. França, 2011. Colorido, 82 min. Vencedor
      do 19º Festival MixBrasil da diversidade sexual. *



      CICLO: A COMUNA DE PARIS
      Curadoria: LANTERNA
      Sábado, 23 de Março – 16h
      LA COMMUNE (Paris, 1871) - A COMUNA DE PARIS – Parte I – 2h45 min
      Direção de Peter Watkins.
      Sábado, 23 de Março – 19h30min
      LA COMMUNE (Paris, 1871) - A COMUNA DE PARIS – Parte I I - 3h
      Direção de Peter Watkins.
      « LA COMMUNE (Paris, 1871) » Filme de Peter Watkins, 1999, 345 mins.
      Peter Watkins, de origem britânica, foi diretor de vários
      documentários produzidos por TV´s européias e de alguns filmes
      comerciais (entre eles, Punishment Park, 1970). O conjunto da obra
      desse “diretor maldito” (alguns de seus filmes foram censurados pelas
      TV´s e boicotados por poderosas distribuidoras de cinema) se distingue
      por uma contundente crítica à violência da guerra e ao papel dos meios
      de comunicação, em particular da TV no capitalismo contemporâneo. A
      este respeito, suas palavras são definitivas: "(...) (a TV) está nas
      mãos de uma elite de poderosos, de magnatas, de executivos, de
      diretores de programas e de produtores que dispõem de um poder
      colossal e que impõem, por toda parte, a sua ideologia globalizante e
      comercial, cruel e cínica, recusando obviamente a dividir este poder”.
      Em La Commune, Watkins, de forma criativa e inteligente, coloca em
      cena duas (imaginárias) emissoras de TV – a TV Versalhes (oficial) e a
      TV Comunal (democrática e popular) – fazendo a cobertura e a
      interpretação dos fatos ocorridos na COMUNA DE PARIS. Homens e
      mulheres da classe trabalhadora, pequena e grande burguesia,
      dirigentes comunardos, soldados da guarda nacional, militares leais ao
      governo, religiosos, jornalistas, porta-vozes da burguesia etc.
      manifestam abertamente suas conflitivas opiniões e expectativas
      políticas e sociais. Difícil será encontrar na filmografia mundial um
      documento mais instigante e elucidativo sobre a luta ideológica na
      sociedade de classes. Embora irrestritamente simpático à experiência
      da COMUNA, o filme é uma criteriosa e rigorosa reconstrução histórica
      desse evento. La Commune revela o júbilo e as generosas expectativas
      vividas pelas classes populares e trabalhadoras com a conquista do
      poder político em Paris; contudo, de forma alguma apologético ou
      simplificador, o filme mostra as dificuldades, os conflitos e os
      dilemas que enfrentam homens e mulheres – ainda inexperientes
      politicamente e acossados duramente pela reação conservadora e
      repressão militar – quando buscaram construir um governo radicalmente
      democrático e socialmente emancipador. Ao propor estas questões, o
      filme inova ao levar seus atores - a grande maioria não tinha nenhuma
      experiência cinematográfica anterior – a refletir sobre o papel que
      representaram no filme bem como discutir, coletivamente, os problemas
      sociais e políticos enfrentados por todos eles ao final do século XX.
      Por meio de um intenso, dilacerante e inteligente debate comprovam-se
      que os ideais e as bandeiras da COMUNA DE PARIS continuam vivos e
      ainda tremulam na ordem capitalista contemporânea. (Por Caio N. de
      Toledo (IFCH ). Inglaterra.1999, 345 min

       


      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL CINeClube DOC 360°
      Segunda-feira, 25 de Março – 19h

      MÚSICA PARA OS OLHOS
      Direção de Lírio Ferreira, Hilton Lacerda.
      Filmado com recursos digitais, o documentário conta, por meio de
      imagens de arquivo e depoimentos, a vida do sambista Cartola, um dos
      compositores mais admirados da música brasileira. A história do samba
      a partir de um dos seus expoentes mais nobres. CARTOLA traça um painel
      da formação cultural do Brasil, convidando a uma reflexão na
      construção da memória deste país. Brasil. 2006, 88 min.
      PROGRAMAÇÃO ESPECIAL
      CICLO: ” O BRASIL DE GLAUBER”
      Curadoria: Laerte Ziggiatti



      Terça-feira, 26 de Março – 19h
      TERRA EM TRANSE
      Direção de Glauber Rocha.
      Num país fictício chamado Eldorado, o jornalista e poeta Paulo (Jardel
      Filho) oscila entre diversas forças políticas em luta pelo poder.
      Porfírio Diaz (Paulo Autran) é um líder de direita, político
      paternalista da capital litorânea de Eldorado. Dom Felipe Vieira (José
      Lewgoy) é um político populista e Julio Fuentes (Paulo Gracindo), o
      dono de um império de comunicação. Em uma conversa com a militante
      Sara (Glauce Rocha), Paulo conclui que o povo de Eldorado precisa de
      um líder e que Vieira tem os pré-requisitos para a missão. Grande
      clássico do Cinema Novo. Grande Prêmio Latino-Americano (Festival
      Internacional de Mar del Plata, Argentina, 1966. Brasil. 1963, 125 min



      CICLO:” O CINEMA DO NOSSO TEMPO”
      Curadoria: Ricardo Pereira
      Quinta-feira, 28 de Março – 19h
      OSLO, 31 DE AGOSTO
      Direção de Joachim Trier
      Anders tem 34 anos e está perto de completar um tratamento de reabilitação
      para viciados em drogas. Autorizado a ir até Oslo para uma entrevista de
      emprego, ele aproveita a oportunidade para perambular pela cidade e
      reencontrar velhos amigos. Ao longo do dia, ele vai sendo assombrado por
      velhos fantasmas e lembranças ruins das oportunidades que perdeu e das
      pessoas que decepcionou, como seus pais e sua ex-namorada, que agora vive
      em Nova York. A noite cai e Anders vai seguindo. Sua esperança é vislumbrar
      algum futuro pela manhã. Adaptação livre do romance “Fogo Fátuo” de Pierre
      Drieu La Rochelle que também inspirou o filme “Trinta Anos Esta Noite” de
      Louis Malle. Noruega, 2011. Colorido, 96 min. Exibido na Mostra Um Certain
      Regard do Festival de Cannes 2011.***



      CICLO:”DIVERSIDADE CULTURAL,outras linguagens; outros olhares ”
      Curadoria: Adriano de Jesus
      MULHERES SEM HOMENS (Zanan Bedoone Mardan)
      Sexta-feira, 29 de Março - 19h
      Direção de Shirin Neshat.
      O filme conta a história de quatro mulheres durante os dias do golpe
      de Estado no Irã, em 1953, cujas vidas cruzam-se em meio ao caos
      político e encontra abrigo no jardim de uma casa de campo. Desse
      encontro surge uma história de conforto, companheirismo e amizade.
      Baseado no romance da autora iraniana Shahrnush Parsipur, que retrata
      o papel da mulher na sociedade iraniana em meio as complexidades
      sócio-política e religiosa do país e explora o valor simbólico do
      jardim na tradição islâmica. Irã. 2009, 95 min.

       

      A FILHA NATURAL ("La Hija Natural")
      Sábado, 30 de Março - 16h
      Direção de Leticia Tonos
      Após a morte de sua mãe em um trágico acidente, Maria, de dezoito
      anos, que decide encontrar o pai que nunca conheceu. Ela o encontra em
      pequeno e supersticioso povoado dominicano. O que está em uma cidade
      vizinha e no meio das peculiaridades, pai e filha terão de enfrentar
      os fantasmas do passado, descobrindo o amor. República
      Dominicana/Porto Rico, 2011, 96 min

       

      A FEITICEIRA DA GUERRA (Rebelle)
      Sábado, 30 de Março – 19h30min
      Direção de Kim Nguyen
      A jovem Komona está grávida. Ela conta ao seu filho, ainda no ventre,
      a sua história de vida. Depois de ter a sua vila queimada por rebeldes
      e ser forçada a matar os seus pais, durante a guerra civil na
      República do Congo. Ela é levada para a floresta para lutar como uma
      criança-soldado, onde o seu brutal comandante não só a treina para o
      uso de armas, mas também a força a ter relações com ele e acaba
      engravidando-a. Procurando por abrigo no meio deste horror, ela se
      apega a um garoto albino de quinze anos, que ela chama de Mágico.
      Depois de passarem meses juntos, ele sonha em se casar com ela.
      Todavia, Komona deve retornar à sua vila natal para enterrar os seus
      pais. Apesar de tudo ela encontra o seu caminho e ainda tem muita
      esperança no coração. Assim, Komona e Mágico apaixonam-se e fogem para
      viverem o mesmo amor e ideal de resistência diante dessa trágica
      guerra. Canadá/Vietña. 2012, 90 min



      debates após exibição


      LOCAL
      Museu da Imagem e do Som – Campinas
      Palácio dos Azulejos
      Rua: Regente Feijó, 859
      Programação sujeita a alterações
      Entrada Franca (60 lugares)



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