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HISTÓRIA DO INSTITUTO CAMPINEIRO DOS CEGOS TRABALHADORES
80 ANOS TRABALHANDO PARA DIMINUIR DIFERENÇAS 1933/2013
FUNDAÇÃO
Em 22 de abril de 1933, foi fundada oficialmente a “Liga Campineira dos Cegos Trabalhadores”. Movidos pelo ideal de tornarem-se úteis à sociedade e pela necessidade de ganharem condignamente a sua vida é que os cegos de Campinas, à imitação dos demais centros civilizados, resolveram agremiar-se em Sociedade que lhes dirigisse e protegesse o trabalho e só uma sociedade juridicamente constituída, resolveria a situação dos cegos.
A iniciativa coube a um pequeno grupo de pessoas formado inclusive por professores cegos:
Dante Egrégio
Mário Chaves
Geraldo dos Santos Hummel
Benedito dos Santos Vieira
Avelino de Campos
Domingos Zampini
Arthur Fonseca
Nicola Paceli
João Virgineli
Constâncio Gomes
Foi no dia 27 de maio de 1933, na antiga sede do jornal “ Correio Popular”, que se realizou a primeira reunião da Liga, e tomou posse a diretoria aclamada, conforme ATA Nº 1, extraída ipsis literis:
Presidente: Dr. Romeu Tórtima
Secretário : Dr. Joaquim de Castro Tibiriçá
Tesoureiro: Dr. Adhemar Ribeiro.
A ideia ecoou na imprensa local. Do Sr. Prefeito Municipal, a Comissão Organizadora formada pelos cegos Sr. Geraldo dos Santos Hummel, Prof. Mário Chaves e Dante Egrégio, e ainda o Prof. Benedito dos Santos Vieira, obteve a promessa de arranjar um prédio para que fossem instalados o abrigo, oficinas e escola. O público aplaudiu a ideia, mandando incluir seus nomes no quadro social, que de início contou com a soma de 400 associados.
Para as despesas iniciais de instalação, a Comissão organizou um festival no salão nobre do Clube Semanal de Cultura Artística. Em agradecimento ao apoio dispensado foram concedidos os títulos de sócios honorários iniciadores do “Correio Popular” e “Diário do Povo”, de sócio patrono da causa dos Cegos ao Dr. Alberto Cerqueira Lima e de sócio benemérito ao Sr. Adhemar Ribeiro.
SEDE E PRIMEIRAS ATIVIDADES
A Prefeitura Municipal cedeu um imóvel para a sociedade instalar-se, na Rua Regente Feijáo, nº 95.
O nome Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores foi adotado em 14 de julho de 1934, com a sigla ICCT.
As primeiras atividades da instituição foram o ensino de Braille, solfejo e piano e produção de escovas, vassouras e espanadores. Os cegos podiam morar no Instituto.
Em 1937, a sede mudou para a Rua Cônigo Cipião, 78. Alguns anos depois foi comprada a primeira sede própria, na Rua Ferreira Penteado 1212, onde permaneceu até a mudança definitiva para a atual sede, na Av. Washington Luis, 570, Vila Marieta, local onde foi construído prédio para as finalidades necessárias ao instituto.
SEDE EM IMÓVEL PRÓPRIO - ATUAL ENDEREÇO
A sede própria foi viável graças ao legado da benemérita Dona Risoleta Ferreira Jorge, que faleceu em 1948, deixando para o instituto parte da chácara de sua propriedade, uma área de 19.700 m² de terreno, com objetivo específico para atividades ligadas aos deficientes visuais. A obra da construção teve início em 1951, com recursos arrecadados e guardados por 10 anos.
Do Livro de Ouro Para Construção de Sua Nova Sede, datado de 16 de março de 1951, que está no arquivo da instituição, consta a seguinte frase:
“ O sonho de hoje será- e Deus o permitirá - a realidade magnífica de amanhã.
Deus guarde os que veem as maravilhas deste mundo e ajudam os seus semelhantes que vivem na eterna e sofredora noite dos tempos.”
Consta também no livro, grandes campineiros beneméritos, tais como, o então presidente Silvino de Godoy, Marinho Ferreira Jorge, M. Ferreira Jorge S/A Comércio e Indústria, Rosa Neves Castro, Aristides Paula Eduardo, Chapéus Vicente Curi e outros.
Em 21/04/1954 foi inaugurada a nova sede, com total de 2028 m² de construção, com dependências para as oficinas, salas de aulas, salão nobre, departamento administrativo, biblioteca, cozinha, refeitório e dormitórios com capacidade para albergar 38 cegos.
Centenas de pessoas contribuíram, mas mérito especial teve o presidente do Instituto dessa época, o jornalista Sylvino de Godoy, que esteve na presidência por 16 anos.
Nessa altura, o Instituto tornou-se um modelo para todo o Brasil e até para outros países, tendo vindo da Argentina solicitações para envio de cópia de seus estatutos.
FONTES DE RECURSOS
As fontes de recursos sempre foram os sócios-contribuintes, a fabricação de vassouras e artigos similares, doações de pessoas físicas e jurídicas, promoções, jantares, quermesses, chás beneficentes, almoços mensais e festas, com eventos que se tornaram tradicionais e atualmente são realizadas a Festa Julina e a Festa da Pizza.
Recebe subvenções oficiais, pois o ICCT é reconhecido de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal. É filiado à FEAC - Federação das Entidades Assistenciais de Campinas, de quem recebe: assistência técnica, ajuda financeira e prestação de serviços. Firmou Contrato de Doação e Parceria com a Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência.
O ICCT tem registro no Conselho Municipal de Assistência Social sob o nº 67E –Programa de Atenção à Pessoa com Deficiência, e no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – Secretaria Nacional de Assistencial Social - Detentora de Certificação de Entidade Beneficente de Assistência.Portaria nº 1.212, de 21 de novembro de 2012.
NOVAS FORMAS DE AÇÃO
As formas de ação do ICCT foram se transformando e evoluindo, sempre destacando-se a contribuição dos voluntários, nas atividades pedagógicas e administrativas e na busca de recursos financeiros. Nos anos de 2005 e 2006, reformulou os Estatutos face às novas leis nacionais do chamado terceiro setor e do Estatuto do Idoso, razão da desativação do albergue de assistidos. Assim sendo, passou a concentrar os recursos disponíveis na prestação de serviços de habilitação e reabilitação profissional; o público alvo foi ampliado para incluir adolescentes a partir de 15 anos de idade.
Atualmente, o ICCT atende cerca de 75 usuários, devidamente cadastrados.
OBJETIVOS E PROJETOS DESENVOLVIDOS
1 – HABILITAÇÃO E OU REABILITAÇÃO
Terapia Ocupacional, Orientação e Mobilidade, Pedagogia no Sistema Braille, Psicologia, Assistência Social, Educação Física, Acompanhamento à Saúde, Apoio Familiar.
Objetivo de promover a habilitação através de ações da equipe multidisciplinar, sob a ótica da intersetoarililidade, incluindo programas individualizados de atendimento às pessoas com cegueira e com baixa visão e oferecer espaço de escuta, acolhimento, orientação, referenciamento e contra referenciamento às pessoas com deficiência e seus familiares e desenvolver atividades que favoreçam os vínculos familiares e comunitários;
2 – ATIVIDADES
Objetivo de proporcionar o desenvolvimento de habilidades para o trabalho dando condições de experiência na execução de atividades manuais, no desempenho e produtividade visando auxiliar o usuário a compreender suas capacidades e limitações na execução de uma atividade; realizar atividades que estimula a (re) colocação e seguimento profissional, por meio de orientação na decisão profissional, treinamento nas habilidades para a procura de trabalho, parcerias com empresas; realizar a inclusão das pessoas com deficiência visual e suas famílias em programas, projetos, serviços e benefícios da rede socioassistencial e das demais políticas sociais; realizar a inclusão e acompanhamento de pessoas com deficiência visual na rede de ensino formal e escolar técnicas; proceder a inclusão e acompanhamento dos beneficiários do BPC e do grupo familiar.
A fim de ampliar a inclusão dos usuários nos seguimentos profissionais, o ICCT dá atendimento em Informática, Massagem, Teatro, Instrumentos Musicais e Artesanato.
DOAÇÕES
As doações podem ser feitas através de depósitos nos seguintes Bancos credenciados:
BANCO BRADESCO S/A AGÊNCIA 2118 - C/C 23910-0
BANCO ITAÚ - AGÊNCIA 0940 - C/C 57441-1
BANCO DO BRASIL S/A – AGÊNCIA 0052-3 – C/C 3241-7
INSTITUTO CAMPINEIRO DOS CEGOS TRABALHADORES
CNPJ 46.050.217/0001-07
Cobrador Credenciado para Cobranças em Residências:
Telefone: 3231-1041 32361-0979 3231-2136
icct_rosana@hotmail.com
PRÊMIO E RECONHECIMENTO
Em 15/11/2008, através do PROJETO CIDADÃO, o ICCT recebeu MENÇÃO HONROSA em promoção conjunta entre a CPFL e Rede Anhanguera de Comunicação ( RAC). O projeto cidadão tem a finalidade de dar reconhecimento e divulgação às entidades que empreendem a ação social.
Ao longo de oitenta anos, a entidade foi presidida por beneméritos campineiros, que estão registrados no salão nobre da instituição, com suas fotos em reconhecimento ao grande trabalho desenvolvido, estando atualmente sob o comando da instituição seu 15º presidente, Dr. Vicente de Paulo Montero.
Dia 22/04/2013, o ICCT completará 80 anos de fundação com a seguinte programação:
• 21/04/2013 – Missa em Ação de Graças na Igreja Santo Antonio de Pádua, às 10:00 horas;
• 22/ 04/2013 – Sessão Solene às 9: 30 horas, na sede do Instituto, sito Av. Washington Luiz, 570, Vila Marieta;
• 27/04/2013 – Sarau Literário, às 15:00 horas, com participação de poetas de várias associações culturais de Campinas e usuários, na sede do ICCT.Comemoração especial.