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      29/03/2013 | Quatrilho sonoro

      Quatrilho sonoro

      Orquestra da Unicamp interpreta Santoro, Piazzolla, Guastavino e Brahms no Teatro Castro Mendes, na próxima 4ª

      Público terá oportunidade de apreciar caldeirão sonoro dos mais inventivos; regência de Henrique Villas Boas; solos do clarinetista Diogo Maia

      Falar de música e política, no Brasil, é destacar toda uma geração da MPB que se dedicou a escrever canções de protesto contra a ditadura militar. Na música erudita, o país também tem seu representante: Claudio Santoro (1919-1989) - compositor que foi, ao mesmo tempo, grande artista e um grande comunista, deixando que a política influenciasse suas decisões estéticas.

      O público terá oportunidade de ouvir o mestre Santoro no próximo concerto da Orquestra Sinfônica da Unicamp, que terá regência de Henrique Villas Boas e solos do clarinetista Diogo Maia. Apresentação marcada no Teatro Castro Mendes, em Campinas, na próxima quarta-feira (3), às 20h.

      O programa contempla, ainda, os argentinos Astor Piazzolla (1921-1992) e Carlos Guastavino (1912-2000), também conceituados representantes do movimentos nacionalista. E para deixar o Teatro Castro Mendes com a intrigante sensação de que se é possível gostar de música clássica, a Sinfonia nº 1, de Johannes Brahms (1833-1897).

       

      Caldeirão sonoro


      Santoro e Piazzolla vieram de caminhos distintos, mas acabaram incentivados em suas missões artísticas pela mesma professora, Nadia Boulanger. Ponteio para Cordas, uma obra simples e graciosa, foi escrita em 1953 após a volta de Santoro de Paris e sua incursão no movimento nacionalista.

      Contemplación y Danza, de Piazzolla, é uma partitura que segue um molde sonoro modernista, porém já traz toques pessoais da linguagem do autor, que viria se manifestar plenamente em seu Novo Tango.

      Guastavino foi o mais prolífico dos três: escreveu inúmeras obras baseadas em ritmos típicos argentinos, como é o caso de Tonada y Cueca. A peça foi escrita originalmente para clarinete e piano e será apresentada aqui em uma versão para clarinete e orquestra.

      A Sinfonia nº1, de Johannes Brahms, é uma obra vanguardista, que demorou pelo menos 20 anos para ser concluída. Foi chamada de “décima sinfonia de Beethoven”, por ser um significante elo entre a estética romântica e os novos desenvolvimentos musicais que trilharam o caminho até as sinfonias de Gustav Mahler.

       

      Maestro Villas Boas

      Henrique Villas Boas é maestro, arranjador, cantor, compositor e pianista. Como maestro foi regente assistente da Orquestra de Câmara da USP (OCAM), tendo trabalhado diretamente com grandes nomes da música erudita e popular, como Gil Jardim, Lutero Rodrigues, Leo Brouwer, contrabaixista Catalin Rotaru, violinista Evgenia Maria Popova, quarteto de violões Quaternaglia, Quarteto da Cidade de São Paulo, entre outros. Foi o primeiro regente assistente da OCAM agraciado com o "Prêmio Santander Jovens Talentos", na categoria Revelação. Dirigiu a Orquestra Sinfônica Jovem de Atibaia, realizando duas importantes temporadas de concerto que contaram com a presença do violonista Yamandu Costa e do maestro Roberto Ondei.

               Em 2012, foi contemplado no Projeto Performance da Orquestra Sinfônica da Unicamp realizando um concerto dedicado à música brasileira, que contou com a presença do clarinetista Diogo Maia (Sujeito a Guincho, Seis com Casca) executando o Concertino para Clarineta, de Francisco Mignone em revisão inédita. Dos festivais que atuou como estudante de regência obteve destaque frente às orquestras Petrobrás Sinfônica, Orquestra Sinfônica do Recife e Orquestra de Barra Mansa, sob a orientação do maestro Isaac Karabtchevsky. Como parte de sua atuação como maestro, Henrique Villas Boas desenvolve trabalhos de edição crítica de obras de diversos compositores, destacando-se Los negros brujos se divierten, de Leo Brouwer, Abertura Concertante, de Camargo Guarnieri e Concertino para Clarineta, de Francisco Mignone.

       

      Solo de clarineta

      Diogo Maia é músico multiinstrumentista, arranjador e compositor brasiliense. Bacharelou-se em clarinete na ECA-USP, sob a orientação de Luis Afonso Montanha. Atualmente cursa mestrado em criação musical na ECA e integra o Grupo de Performance Avançada da USP, o quinteto de clarinetes Sujeito a Guincho, e o grupo instrumental Seis com Casca.

      Desde 2011 é claronista solista da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal de São Paulo e atua como convidado em diversos grupos, como OSESP, Orquestra Jazz Sinfônica, Camerata Aberta e Percorso Ensemble.

      Na música popular, participa de shows e gravações, ao lado de Hermeto Pascoal, Leila Pinheiro, Mônica Salmaso, Cristina Buarque. Trabalha com teatro, escrevendo e produzindo trilhas; e, com o clarinetista Daniel Oliveira, forma o duo Clownrinetas, em que desenvolve uma pesquisa de clown e música.

      Já se apresentou em diversos palcos nacionais e internacionais, dentre os quais no Conservatório Tchaikovsky em Moscou; no Centro de Cultura Brasil-Alemanha em Munique; e em duas oportunidades como solista, no Theatro Municipal de São Paulo e auditório do MASP.

      Diogo tem mais de 20 CDs gravados. Venceu o Concurso Jovens Interpretes da Música Brasileira, do Centro Cultural São Paulo; ganhou o 1° Prêmio Estímulo OCAM e foi, por dois anos consecutivos, vencedor do Projeto Nascente da USP.

       

       

      Serviço

      Orquestra Sinfônica da Unicamp

      Regência: Henrique Villas Boas

      Solista: Diogo Maia

      Quando: 3 de abril (terça-feira)

      Horário: 20h

      Local: Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos, s/n. Vila Industrial. Campinas. SP)

      Informações: (19) 3272-9359.

      Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
      Ingressos à venda na bilheteria do teatro.

      Funcionamento da bilheteria: terça a domingo, das 16h às 21h.

       

      Repertório

      - Cláudio Santoro (1919-1989)    

      Ponteio, para orquestra de cordas

       

      - Astor Piazzolla (1921-1992) 

      Contemplacion y Danza, op. 15,

      2 peças para clarineta e orquestra de cordas

      Lento, tranquilo

      Presto

       

      - Carlos Guastavino (1912-2000)     

      Tonada y Cueca, para clarineta e orquestra de câmara (orquestração de Diogo Maia; colaboração, Henrique Villas Boas)

       

      - Johannes Brahms (1833-1897)  

      Sinfonia n°1

      Un poco sostenuto. Allegro

      Andante sostenuto

      Un poco allegretto e grazioso

      Adagio. Piú andante. Allegro non troppo, ma con brio


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