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Musical “Gonzagão - A Lenda” traz a história do Rei do Baião para o Teatro Iguatemi Campinas
Espetáculo premiado terá apresentações em dois fins de semana: de 5 a 7 e de 12 a 14 de abril
Vencedor do Prêmio Shell de Melhor Música e de Melhor Produção no Prêmio APTR, o espetáculo “Gonzagão – A Lenda”, de João Falcão, faz uma temporada de dois fins de semana no Teatro Iguatemi Campinas, a partir de 5 de abril. A programação cultural do teatro tem patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro.
Oito atores e uma atriz se revezam no palco em uma viagem musical pela trajetória do Rei do Baião. Como em qualquer história de homem que vira mito, a vida de Luiz Gonzaga tem passagens em que as versões de seus biógrafos não convergem, em que realidade e fantasia se confundem, e o autor e diretor João Falcão se sentiu livre para tratar mais do mito do que do homem.
“É a história de Luiz Gonzaga, mas não é Wikipédia”, diz Falcão, que evitou qualquer didatismo na construção do texto, embora tenha lido vários livros sobre um dos artistas mais importantes da música brasileira, morto em 2 de agosto de 1989, cujo centenário de nascimento foi comemorado em dezembro de 2012.
A opção por uma abordagem teatral, não enciclopédica, fica explícita logo no início da peça, quando uma trupe se apresenta para contar a “lenda do Rei Luiz”. Os atores desta trupe anunciam que encenarão uma história iniciada “no sertão do Araripe lá pelos idos do século XX”.
As referências são maciçamente nordestinas, sobretudo pernambucanas. Luiz Gonzaga nasceu no município de Exu, de onde saiu aos 17 anos para ganhar o mundo. João Falcão também é de Pernambuco, da cidade de São Lourenço da Mata. “A festa mais importante da minha casa era a de São João, e São João era Luiz Gonzaga. Ele era patrimônio do povo, mais do que qualquer outro artista. Poucas músicas que estou usando no espetáculo descobri agora. A maioria eu sabia de cor, já sabia tocar”, conta ele, que também é compositor.
Na história do rei do baião, João Falcão se permitiu rebatizar duas mulheres importantes da vida do músico, Nazarena (o primeiro grande amor) e Odaléa (a mãe de Gonzaguinha) como Rosinha e Morena, respectivamente, nomes que aparecem em músicas do compositor. E ainda se permitiu criar um encontro que nunca aconteceu: Luiz Gonzaga e Lampião, dois mitos nordestinos. Também há espaço para se falar da originalidade de Gonzaga, um artista que, a partir dos ensinamentos de seu pai, Januário, criou em sua sanfona um gênero, o baião, e o transformou em sucesso e patrimônio nacionais.
Dentre as mais de 50 canções que estão no espetáculo há sucessos como “Cintura fina”, “O xote das meninas”, “Qui nem jiló”, “Baião”, “Pau-de-arara” e sua mais célebre criação, “Asa branca”. De acordo com a linha não dogmática de todo o espetáculo, o premiado diretor musical Alexandre Elias não ficou preso à estrutura básica do forró, que é sanfona-triângulo-zabumba. No conjunto de quatro instrumentistas que atua no palco, há, além do sanfoneiro (Rafael Meninão) e do percussionista (Rick De La Torre), um violoncelista (Daniel Silva) e um rabequeiro e violeiro (Beto Lemos)
“É o que estamos chamando de baião tarja preta, porque é meio rock em um ou outro momento”, diz Elias, um dos responsáveis por sucessos como “Tim Maia – Vale tudo, o musical”.
Curiosamente, Marcelo Mimoso, que narra boa parte da história de Gonzaga no palco e canta a maioria das músicas, nunca tinha assistido a uma peça antes. Filho de sanfoneiro, Marcelo é taxista e também cantor de forró. Foi descoberto pelo diretor João Falcão numa noite em que se apresentava em um bar da Lapa.
Ficha técnica
Texto e direção: João Falcão
Elenco:
Apresentando – Marcelo Mimoso
Atriz Convidada – Laila Garin
e Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fabio Enriquez, Paulo de Melo, Renato Luciano e Ricca Barros
Músicos:
Beto Lemos – Viola e Rabeca
Daniel Silva – Cello
Rick De La Torre – Percussão
Rafael Meninão – Acordeon
Direção musical: Alexandre Elias
Direção de movimento: Duda Maia
Direção de produção e Idealização: Andréa Alves
Cenografia e Adereços: Sergio Marimba
Figurinos: Kika Lopes
Iluminação: Renato Machado
Preparação vocal: Carol Futuro
Assistente de Direção: João Vancine
Assistente de Direção musical: Carol Futuro
Coordenação de Produção: Janaína Santos
Produção Executiva: Valesca Sandes
Produção e Realização: Sarau Agência de Cultura Brasileira
Produção local: BR Produtora
Serviço:
Teatro Iguatemi Campinas
Endereço: Av. Iguatemi, 777, Vila Brandina, Campinas, SP – 3º piso
Datas: 5, 6 e 7, 12, 13 e 14 de abril
Horários: sexta e sábado, às 21h; domingo, às 20h
Valor dos ingressos: R$ 70,00 e R$ 35,00 (meia entrada)
Venda de ingressos: pelo Ingresso.com (www.ingresso.com.br) ou na bilheteria do teatro de terça-feira a sábado, das 12h às 22h, e domingos das 12h às 20h
Informações e programação: www.teatroiguatemicampinas.com.br
Telefone: (19) 3294-3166
Duração: 80 minutos
Classificação: 12 anos
Confira a próxima atração do Teatro Iguatemi Campinas:
“A Garota do Adeus”
Quando: dias 19, 20, 21, 26, 27 e 28 de abril
Sinopse: Considerado um clássico da comédia romântica nos cinemas, Goodbye Girl, “A Garota do Adeus”, de 1977, também ganhou os palcos da Broadway no formato de musical e agora recebe versão homônima no teatro brasileiro. Sucesso no Rio de Janeiro, a montagem inédita não musicada vem pela primeira vez a Campinas. A direção é de Elias Andreato e adaptação de Edson Fieschi, que também sobe ao palco ao lado de grandes nomes, como Maria Clara Gueiros, Clara Garcia, Sergio Maciel e Luisa Gonsalez. O texto trata com humor a complexidade das relações humanas. Por meio do envolvimento entre um homem e uma mulher, cujas personalidades são totalmente distintas, a peça explora com delicadeza os desencontros sentimentais e apresenta situações cômicas entre os relacionamentos.
Sobre o Teatro Iguatemi Campinas
Localizado no terceiro piso do shopping, o Teatro Iguatemi Campinas consumiu mais de R$ 13 milhões em investimentos, é um dos mais modernos do país e tem capacidade para 515 lugares. Com 2.410m² de área total, é compatível com as principais casas de espetáculos brasileiras e ainda conta com uma operação de alimentação para servir os espectadores. A programação cultural do teatro tem patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro.
Sobre o Oi Futuro
O Oi Futuro é o instituto de responsabilidade social da Oi, que emprega novas tecnologias de comunicação e informação no desenvolvimento de projetos de educação, cultura, esporte, meio ambiente e desenvolvimento social. Desde 2001, suas ações visam democratizar o acesso ao conhecimento e reduzir distâncias geográficas e sociais, com especial atenção à população jovem. Na educação, os programas NAVE e Oi Kabum! usam as tecnologias da informação e da comunicação, capacitando jovens para profissões na área digital, fornecendo conteúdo pedagógico para a formação de educadores da rede pública, e fomentando o desenvolvimento de modelos inovadores. Já na área cultural, o Oi Futuro mantém dois espaços culturais no Rio de Janeiro (RJ) e um em Belo Horizonte (MG), com programação nacional e internacional de qualidade reconhecida e apreços acessíveis, além do Museu das Telecomunicações nas duas cidades. O esporte é apoiado através de projetos aprovados pelas Leis de Incentivo ao Esporte, tendo sido a Oi a primeira companhia de telecomunicações a apostar nos projetos socioeducativos inseridos na Lei Federal. O programa Oi Novos Brasis completa seu escopo de atuação, reafirmando o compromisso do Instituto no campo da sustentabilidade, com o apoio e o desenvolvimento de parcerias com organizações sem fins lucrativos para a viabilização de ideias inovadoras que utilizem a tecnologia da informação e comunicação para acelerar o desenvolvimento humano.