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Instituto Campineiro dos cégos - 80 Anos
Aluno: Augusto Barretto
RA: B73FDB5
Curso: Fotografia - 1º semestre
UNIP - Universidade Paulista Campinas
Atividade Complementar : Publicação em veículo de comunicação eletrônica - site
Evento: 80 Anos de fundação do Instituto Campineiro dos Cégos Trabalhadores
Local: Av. Washington Luis, 570 - Vila Marieta
Data: 22/04/2013
Sobre o evento:
Sessão Solene em comemoração dos 80 Anos de fundação do Instituto Campineiro dos Cégos Trabalhadores que contou com a presença do Sr. Silvino de Godoy Neto, presidente do Jornal Correio Popular, a Acadêmica Regina Márcia Moura Tavares representando a Academia Campinense de Letras, representantes da Prefeitura Municipal de Campinas, convidados, alunos e usuários do instituto.
Na ocasião foi anunciado o lançamento do site da entidade " www.icct.org.br " e também a construção de uma academia com 4 mil m² com estacionamento, que será totalmente custeada pela academia e além de prover rendimentos para o instituto, seus usuáios poderão frequentar as atividades da academia. Como a data de fundação coincide com a data de descobrimento do Brasil, foi plantado uma árvore de "Pau Brasil" completando os marcos da festividade.
Sobre o Instituto
Em 22 de abril de 1933, foi fundada oficialmente a "Liga Campineira dos Cegos Trabalhadores". Movidos pelo ideal de tornarem-se úteis à sociedade e pela necessidade de ganharem condignamente a sua vida é que os cegos de Campinas, à imitação dos demais centros civilizados, resolveram agremiar-se em Sociedade que lhes dirigisse e protegesse o trabalho e só uma sociedade juridicamente constituída, resolveria a situação dos cegos.
A iniciativa coube a um pequeno grupo de pessoas formado inclusive por professores cegos:
Dante Egrégio
Mário Chaves
Geraldo dos Santos Hummel
Benedito dos Santos Vieira
Avelino de Campos
Domingos Zampini
Arthur Fonseca
Nicola Paceli
João Virgineli
Constâncio Gomes
Foi no dia 27 de maio de 1933, na antiga sede do jornal "Correio Popular”, que se realizou a primeira reunião da Liga, e tomou posse a diretoria aclamada, conforme ATA Nº 1, extraída ipsis literis:
Presidente: Dr. Romeu Tórtima
Secretário : Dr. Joaquim de Castro Tibiriçá
Tesoureiro: Dr. Adhemar Ribeiro.
A ideia ecoou na imprensa local. Do Sr. Prefeito Municipal, a Comissão Organizadora formada pelos cegos Sr. Geraldo dos Santos Hummel, Prof. Mário Chaves e Dante Egrégio, e ainda o Prof. Benedito dos Santos Vieira, obteve a promessa de arranjar um prédio para que fossem instalados o abrigo, oficinas e escola. O público aplaudiu a ideia, mandando incluir seus nomes no quadro social, que de início contou com a soma de 400 associados.
Para as despesas iniciais de instalação, a Comissão organizou um festival no salão nobre do Clube Semanal de Cultura Artística. Em agradecimento ao apoio dispensado foram concedidos os títulos de sócios honorários iniciadores do “Correio Popular” e “Diário do Povo”, de sócio patrono da causa dos Cegos ao Dr. Alberto Cerqueira Lima e de sócio benemérito ao Sr. Adhemar Ribeiro.
A sede própria foi viável graças ao legado da benemérita Dona Risoleta Ferreira Jorge, que faleceu em 1948, deixando para o instituto parte da chácara de sua propriedade, uma área de 19.700 m² de terreno, com objetivo específico para atividades ligadas aos deficientes visuais.
Consta também no livro, grandes campineiros beneméritos, tais como, o então presidente Silvino de Godoy, Marinho Ferreira Jorge, M. Ferreira Jorge S/A Comércio e Indústria, Rosa Neves Castro, Aristides Paula Eduardo, Chapéus Vicente Curi e outros.
Em 21/04/1954 foi inaugurada a nova sede, com total de 2028 m² de construção, com dependências para as oficinas, salas de aulas, salão nobre, departamento administrativo, biblioteca, cozinha, refeitório e dormitórios com capacidade para albergar 38 cegos.
Centenas de pessoas contribuíram, mas mérito especial teve o presidente do Instituto dessa época, o jornalista Sylvino de Godoy, que esteve na presidência por 16 anos.
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