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      24/04/2013 | ABAL recital especial “Viva Verdi”

      Duo Abumrad-Reis homenageia Verdi no CCLA

      A ABAL Campinas apresenta, na próxima sexta-feira, dia 26/4, às 20 horas, no auditório do Centro de Ciências, Letras e Artes (CCLA – rua Bernardino de Campos, 989, Centro, tel. 3231-2567), em seu Encontros Musicais 1086, o recital especial “VIVA VERDI”, com o renomado baixo Eduardo Janho-Abumrad e o pianista João Moreira Reis, homenageando os 200 anos de Giuseppe Verdi e os 45 anos de carreira de Janho-Abumrad.  O nome escolhido “VIVA VERDI” se deve à frase usada pelos revoltosos italianos contra a dominação austríaca e a favor da unificação e liberação da Itália. Esse movimento se chamou "Risorgimento", do qual Verdi, juntamente com outros intelectuais, literatos e personalidades, era ardoroso defensor e lutava pela causa, dentro do argumento de suas óperas. “Viva Verdi” aparecia pichado nas paredes significando: Viva Vittorio Emanuele, Re D'Italia. O Programa alterna canções, árias e cavatinas, além duas peças originalmente escritas para teclado e de rara execução, abrangendo, assim, exemplos de grande parte da produção verdiana.

      O repertório de “VIVA VERDI” (bicentenário de nascimento, 1813-1901) reúne as seguintes peças do célebre compositor: Ad una stella, Nell’orror di note oscura, Perduta ho la pace, Valzer in fa maggiore (piano solo); Il Lacerato Spirito ( Simon Boccanegra), Vieni o Levita (Nabucco), Non t’accostare all’urna, In solitaria stanza e Brindisi, 2ª versione; Ave Maria; Confutatis Maledictis ( Messa Da Requiem), Romanza senza parole ( piano solo ), Un ignoto, tre lune or saranno ( I Masnadieri), Muore Elisa, lo stanco poeta...; Cupo è il sepolcro e mutolo (1ª audição brasileira); Infelice e tuo credevi... ( Ernani) e, como número final, O tu Palermo, terra adorata ( I vespri siciliani).

      O baixo Eduardo Janho-Abumrad é natural de São Paulo, tendo-se diplomado em canto sob a orientação de Tiana Amarante. Estudou, posteriormente, com Hermínia Russo. Na Itália, estudou com Romolo Gazzani e Rodolfo Celletti. Tem larga atuação como solista lírico do repertório vocal-sinfônico e camerístico. Venceu, em 1973, o Concurso de Canto Carlos Gomes, em Campinas, cantando, no mesmo ano, Raimondo na "Lucia de Lammermoor", de Donizetti, sob regência de Armando Belardi. Sua  estreia no Teatro Municipal de São Paulo aconteceu nas óperas verdianas “La Traviata” e “Macbeth”, seguindo-se a "Missa Diligite", de Camargo Guarnieri (regência do autor, em 1977). Sua primeira "Nona Sinfonia", de Beethoven, foi no Teatro Municipal de São Paulo sob a regência de Isaac Karabtchevsky, em 1978. Atuou no "Il Guarany" ( D. Antonio) e em "Lo Schiavo" ( conte Rodrigo), de Carlos Gomes, em ocasião de seu sesquicentenário, sendo regido, respectivamente, por Benito Juarez e David Machado.

      Estreou na Europa como Le Baille, no “Werther”, de Massenet, no TRM de Bruxelas, regido por Jean-Pierre Jaquillat, gravando, no mesmo ano, um recital de música de autores brasileiros para a RTE, em Madrid. Em várias cidades europeias cantou óperas de Verdi  (Aida, Nabucco, Il Corsaro e Rigoletto), e de  Puccini (La Bohème e Turandot) e obras sacras como "L'Enfance du Christ", de Berlioz, e "Requiem", de Mozart, nas RAIs de Milão e Turim, Petite Messe Solennelle, de Rossini em Asti ( Italia) e o "Oratório de Páscoa", de Bach, em San Marino, sob regência, dentre outros, de August Haltmayer, Michelangelo Veltri e Wladimir Delman, tendo, então, atuado sob a regia de Giuseppe di Stefano, entre outros. Sob a regência de Eleazar de Carvalho cantou, em São Paulo, a "Paixão Segundo São Mateus", de Bach. Estreou Ferrando, em "Il Trovatore", de Verdi, sob regência de Pino Onnis, Commendatore, além de atuar sob sua direção também em “Lucia di Lammermoor” e “La Bohéme”.  Foi o Commendatore, no "Don Giovanni", de Mozart, sob regência de Jamil Maluf, e Basílio, em "Il Barbiere di Siviglia", de Rossini, em 1999 sob a regência de Flávio Florence e "Requiem", de Verdi, em 2001, sob a regência de Tullio Colacioppo, no Teatro Municipal de São Paulo. Participou do Festival do Teatro da Paz 2003, em Belém, cantando Sarastro, na "Flauta Mágica", de Mozart, sob regência de Flávio Florence. Em 2004 viajou com o espetáculo "Ways of the voice", concebido para o SESC Vila Mariana, em São Paulo, levado nos festivais de música eletroacústica do Museu Reina Sofia, em Madrid e do Machine à l'Eau, em Mons, na Bélgica. Em 2005, destacam-se o Duca D’Arcos do “Salvator Rosa” de Carlos Gomes , regida por Fábio de Oliveira. 2006 é marcado pela criação do personagem Gonçalo na estreia mundial de “A Tempestade”, de Ronaldo Miranda, regido por Abel Rocha e o concerto  dedicado a Mozart ao lado de Edson Cordeiro, com Carlos Moreno regendo a OSUSP. Em 2007 cantou o Banquo, em “Macbeth”, regido por Achille Picchi e “Il Signor Bruschino” ( papel título) regida por Emiliano Patarra, ambas no Teatro São Pedro, em São Paulo. Em 2008 revive o Bonzo na “M. Butterfly” de Puccini na Sala São Paulo sob a batuta de Carlos Moreno e o Eremita, no “Franco Atirador”, de Weber, sob regência de João Mauricio Galindo. Encenou, desde então,  em nova produção  de “Il Barbiere di Siviglia”, além de “Rigoletto”, de Verdi, “Norma”, de Bellini, “Colombo”, de Gomes, “Carmen”, de Bizet.  Há 28 anos formou o Duo Abumrad/Reis com o pianista João Moreira Reis. Gravou Nourabad, nos "Pescadores de Pérolas", de Bizet, pelo selo Nuova Era, "Ways of the voice", de Leo Kupper, pelo selo Akron , "Remeiros de São Francisco", com obras de Ernst Widmer, pela Paulus, e os CDs “Dedicatórias”, com o pianista João Moreira Reis e repertório nacional e “Top 25 – Memória da Ópera Paulistana”, ao lado de 24 outros colegas, sob regência de Carlos Moreno, no qual interpreta a ária Di Sposo ... di Padre..., de “Salvator Rosa” .

       
      O duo Abumrad-Reis, integrado pelo baixo Eduardo Janho-Abumrad e o pianista João Moreira Reis, está em atividade desde 1985. Constam de suas apresentações obras dos períodos que vão do barroco ao romantismo, incluindo os nacionalistas espanhóis e brasileiros. Além das inúmeras performances nacionais e internacionais, em prestigiosas salas brasileiras e italianas, como a Sala Giuseppe Verdi (Milão), Auditório Rai (Turim), Palazzo Ottolenghi (Asti), Masp, Sala Jardel Filho CCSP, Teatro Municipal (São Paulo), etc., os musicistas ministram cursos de aperfeiçoamento técnico e de interpretação lírica e de câmera, como ocorreu nos Cursos de Canto do Festival de Inverno de Campos do Jordão, do Spazio d’Arte, em Sorocaba e os de Sabará/UniBH, Minas Gerais, além de Master classes em vários estados brasileiros. O duo tem orientação, ainda, do reconhecido pianista Ricardo Ballestero.

       

      Entrada franca.





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