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Redução no consumo desacelera vendas de maio/2013 em Campinas e Região
Os dados do SCPC de maio de 2013 indicam, mais uma vez, que as vendas do varejo no comércio varejista de Campinas e região ficaram 2,89% menores que as de maio de 2012, apesar de apresentarem um crescimento de 3,90% em relação a abril p. passado.
De acordo com o economista da ACIC - Associação Comercial e Industrial de Campinas, essa desaceleração nas vendas confirma que o consumo está em retração, frente ao crescimento da inflação e dos preços das mercadorias que comprometem o poder de compra dos consumidores. Essa redução do mês de maio, frente ao mesmo período do ano anterior, só foi observada há 12 anos, em maio de 2001.
Maio, que tem o Dia das Mães como o grande incentivador do consumo, é o segundo melhor mês de vendas, perdendo apenas para dezembro, devido ao Natal.
As vendas do Dia das Mães deste ano, que foi de 6,0% acima do registrado em, 2012, é que motivou o crescimento de 3,90% sobre as vendas de abril p. passado.
As vendas a prazo continuam crescendo 1,58%, enquanto que as vendas à vista estão menores em 2,16%, na comparação com o ano anterior.
No acumulado do ano o volume de vendas está praticamente estabilizado.
Na RMC, os dados apresentam praticamente os mesmos números do SCPC de Campinas, com as vendas no varejo 2,68% menores em relação a maio de 2012, e no acumulado do ano, também ficaram estabilizados.
A inadimplência, quando avaliada em números de carnês em atraso, cresceu 24,29% menos que os 35,74% no quadrimestre janeiro a abril, com 71.367 carnês não pagos em 2013, contra os 57.421 carnês não pagos em 2012.
Indexando esses números em relação a compras a prazo, a taxa de inadimplência é de 7,87%, ou seja, para cada 100 compras a prazo 7,87 estão deixando de serem pagas, taxa levemente igual ao período anterior. Essa relação, na RMC, foi de 7,83%, um pouco abaixo dos 7,87% de Campinas.
Em valores monetários – o total dos carnês não pagos em Campinas – representam cerca de R$ 60,7 milhões e, na RMC, representam R$ 142,7 milhões que deixaram de circular no comércio varejista.
Juros no mercado de Campinas e região - maio 2013
De acordo com Laerte Martins, economista da ACIC – Associação Comercial e Industrial de Campinas, os juros voltaram a apresentar uma pequena elevação em relação a abril de 2013, mas assegurando ainda, uma queda em relação ao período de 12 meses de maio de 2012.
O Banco Central, no entanto, elevou a Selic, mais uma vez, para 8,00% ao ano, mostrando assim, a sua preocupação no combate à inflação de maneira mais contundente, alterando em 0,50 p. percentuais (29/05/2013) a taxa básica, que já tinha sido alterado em 0,25 p. percentuais em 17/04/2013. Isto demonstra que, enquanto a inflação não indicar tendência firme de redução, a taxa básica de juros deve sofrer novas elevações durante o ano.
Dia dos Namorados
O dia 12 de junho de 2013, Dia dos Namorados, que este ano cairá numa quarta-feira, deve movimentar nesses primeiros 12 dias do mês, no comércio varejista da região, cerca de R$ 340 milhões, 5,9% acima dos R$ 321 milhões de 2012. Em Campinas, essa movimentação deverá ser de R$ 180,0 milhões, o que representa também 5,9% acima dos R$ 170 milhões de 2012. Essa expansão deve ser um pouco abaixo dos 6,0% de 2012 sobre 2011. A data é a quarta melhor no ranking comercial, ficando atrás do Natal, Dia das Mães e da Páscoa.
Segundo pesquisa realizada pelo economista da ACIC - Associação Comercial e Industrial de Campinas, Laerte Martins, o valor do ticket médio não deve ultrapassar os R$ 102,00, o que representará uma expansão média de 7,0%.
O valor médio do presente deve aumentar ao nível do IGPM, sendo que, as aquisições devem priorizar os seguintes setores: eletroeletrônicos, seguidos de perfumes e joias, produtos de higiene e beleza e, finalmente, as floriculturas, que sempre emocionam as namoradas.
Tanto o nível de inflação, bem como dos preços, devem reduzir um pouco a procura pelos bens de maiores valores agregados. Os juros, que também sofreram um aumento nas taxas e o efeito da desvalorização do Real, devem influenciar nas compras a prazo, o que vai impactar em menor demanda a crédito.
A contratação de mão-de-obra temporária deve ser menor que em 2012, quando foram registradas 808 contratações em Campinas e 1.970 na RMC, prevendo contratar, este ano, 840 em Campinas e 2.060 na RMC, o que representa um crescimento em torno de 4,5%.