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Comgás lança programa de refrigeração a gás natural
Iniciativa propõe ações para redução de custos do sistema e, também, vantagens fiscais para a aquisição dos aparelhos a gás. O programa tem como objetivo aumentar dos atuais seis mil pontos instalados ao longo dos últimos sete anos para 12 mil nos próximos 10 meses.
A Comgás está lançando um programa para a instalação de condicionadores de ar movido a gás natural e substituição de aparelhos elétricos de refrigeração. A Companhia, que opera os gasodutos paulistas, pretende fazer a difusão do GHP (Gás Heat Pump), nomenclatura do sistema de resfriamento de ambientes que utiliza o gás em vez da energia elétrica, demonstrando ao mercado que o custo operacional do sistema é 30% mais econômico do que o do convencional.
Além disso, a Comgás está pleiteando junto ao Governo Estadual a criação de linhas de crédito para atrair novos consumidores. Também estão no plano estratégico da empresa parcerias com fabricantes dos equipamentos necessários para a implantação do sistema. A iniciativa foca, a princípio, os segmentos do comércio e da indústria, e, no futuro, o residencial. As ações serão realizadas na área de concessão da Comgás, que contempla a RMC - Região Metropolitana de Campinas.
O programa da Comgás para a difusão do GHP tem como objetivo aumentar dos atuais seis mil pontos instalados ao longo dos últimos sete anos para 12 mil nos próximos 10 meses. A intenção é fazer de 2014, o ano de consolidação do ar-condicionado movido a gás natural.
Para disseminar o assunto com os formadores de opinião, a Companhia estreitará o relacionamento com os Sindicatos (SECOVI, SINDUSCON e SINDRATAR SP, entre outros), além de analisar o impacto da alteração do ICMS – Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços no estado de São Paulo - o que implica no aumento da competitividade do ar condicionado (VRF) a gás.
Concomitante, a Comgás estrutura estudos sobre uma eventual redução do IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados - e respectivo repasse para o produto final, o que também eleva a competitividade do VRF. Segundo a Companhia, o investimento em uma central de ar-condicionado a gás custava, na década passada, o dobro da convencional. Com as novas soluções propostas, o custo do sistema ficará cerca 25% menor do que movido a eletricidade. Já o investimento em infraestrutura poder ser reduzido em até 70%.
Estudos
As ações definidas pela Companhia foram baseadas em estudos internos que revelaram mudanças no horário de pico (elevação do consumo de energia). A elevação das temperaturas e o aumento da renda criaram um novo horário de pico de consumo de energia elétrica, que agora está entre 14h e 15h. Assim, o ar-condicionado surge como o novo vilão do consumo de energia, desbancando o chuveiro elétrico.
Em franca expansão, o consumo de eletricidade por residências e estabelecimentos comerciais no Brasil tem criado problemas para as distribuidoras de energia nacionais. Impulsionada pelo aumento da renda da população, a compra de eletrodomésticos, notadamente aparelhos de ar-condicionado, fez o consumo residencial e comercial disparar no país, com alta de 31% em cinco anos.
Sobre climatização e GHP
O GHP (Gas Heat Pump) é indicado para empreendimentos de comércio e serviços, tornando-se uma alternativa interessante em locais com restrições de fornecimento de energia elétrica. Os equipamentos instalados são de grande confiabilidade e utilizam um motor de combustão interna a gás natural, que varia a sua velocidade conforme a carga térmica interna para atender às necessidades de refrigeração ou aquecimento do sistema, semelhante ao sistema Inverter dos condicionadores de ar elétricos.
A economia de energia e os benefícios ao meio ambiente são vantagens consideráveis do sistema GHP em relação ao sistema elétrico. A operação do GHP é silenciosa e com baixo nível de vibração. Outra vantagem é o controle individual, onde o usuário pode climatizar vários ambientes com diferentes temperaturas, resultando em maior conforto e facilidade na manutenção - uma vez que não é necessário parar o sistema todo.
Além disso, o GHP consome até 90% menos eletricidade que um equipamento equivalente elétrico e utiliza gás de refrigeração de baixo impacto ambiental: o tipo R410A. Através da redução no consumo de energia e racionalização no consumo de água, o GHP contribui para pontuação na certificação Leed Greenbuilding (a mais conceituada para edificações sustentáveis).