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      01/04/2010 | Boi Falô 15ª Festa em Barão Geraldo

      Para manter viva a tradição e a lenda, a subprefeitura de Barão Geraldo e cerca de 200 voluntários da comunidade do distrito, realizam, nesta sexta-feira da Paixão, dia 2 abril, a 15ª edição da festa “Boi Falô”.

      O evento, que acontece mais uma vez na praça Manoel Siqueira, em frente à Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende, no Centro, terá início às 9h e segue até as 14h, com programação cheia de atrações regionais.

      Este ano cerca de 800 quilos de macarrão, 300 litros de molho de tomate e ainda 40 quilos de sardinha, serão utilizados no preparo da famosa macarronada, que é distribuída gratuitamente às 12h para a população.

      Além da organização voluntária, a festa conta também com o apoio de empresários de Barão Geraldo, que todos os anos colaboram com a doação de ingredientes e refrigerantes para as comemorações.


      Programação

       

      A população que for à 15ª festa “Boi Falô” poderá conferir uma série de atrações, que participarão voluntariamente do evento.

      No início da festa, as 9h40, será feito o Cortejo do Boi pelo grupo Caixeirosas, em seguida, às 10h40 a animação ficará por conta de Agnaldo Araújo e Banda. Às 11h40 será feita a benção do macarrão, como acontece em toda edição, e na sequência haverá a distribuição dos pratos.

      Enquanto a população saboreia a macarronada, as atrações musicais, Bombazeiro, Darcy e Ademir, Gandanheira, Violeiros Vila Holandia e Grupo Savuru, se apresentam até as 14h, quando será feito o encerramento da festa. A Mata de Santa Genebra também participa do evento com exposição sobre o local, informações e curiosidades.

      Organização
       
      Além da subprefeitura de Barão Geraldo e a comunidade do distrito, a festa tem apoio da EMDEC, SETEC e SAMU. O Departamento de Parques e Jardins auxiliou na manutenção da praça onde o evento acontece, para que pudesse ser montada a estrutura.


      Boi Falô

      A lenda do Boi Falô nasceu em 1888 na fazenda Santa Genebra, de propriedade do Barão Geraldo de Rezende. Um dos escravos que trabalhava nas plantações de cana de açúcar e café foi obrigado pelo capataz a ir ao pasto e atrelar um boi para arar a terra, em uma sexta-feira santa.

      Esse escravo, chamado Toninho, um rapaz franzino e muito obediente, foi então colocar a canga no animal, que estava deitado sob uma frondosa árvore. Por mais que o escravo insistisse, o boi não saia do lugar. Neste momento o animal olhou para o escravo, deu um mugido alto e disse: “hoje é dia santo, é dia do Senhor, não é dia de trabalho”. O escravo saiu correndo para sede da fazenda, gritando: o boi falô, o boi falô!

      Segundo a lenda, o capataz ainda teria tentado castigar Toninho pela insubordinação, mas ele correu para a Casa Grande a procura do Barão Rezende que, ao ouvir seu relato, teria lhe dado razão e ordenado que ninguém trabalhasse naquele dia.

      O escravo passou a trabalhar dentro da casa por muitos anos, até sua morte, e, em consideração aos seus bons serviços, acabou sendo enterrado junto ao túmulo do Barão, no cemitério da Saudade, em Campinas.

      A lenda faz parte do folclore do Distrito de Barão Geraldo. O túmulo do escravo Toninho é um dos mais visitados no dia de Finados, principalmente por aquelas pessoas que querem alcançar uma graça.

       



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