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      26/05/2014 | Comgás em pizzarias

      Comgás firma parcerias para incentivar o uso do gás natural em pizzarias

      A maior concessionária de gás natural do País fechou parceria com fabricantes para estimular a conversão de fornos à lenha das pizzarias paulistas para gás natural canalizado. Em Campinas, o Grupo Giovannetti, uma das mais tradicionais pizzarias da cidade, já usa o forno a gás natural e atesta a sua eficiência.

      Para acabar com os transtornos provocados pela queima da lenha em fornos e os inconvenientes de seu estoque, a Comgás investirá, este ano, R$ 1 milhão para a conversão dos fornos a lenha pelo gás natural. Na primeira fase do projeto, o objetivo da companhia é converter 115 pizzarias do estado de São Paulo.

      Além de não alterar o sabor das massas, a companhia destaca que o uso do gás natural reduz a emissão de poluentes e evita o armazenamento da lenha, que exige muito espaço e é chamariz de animais indesejados. A parceria com fabricantes de fornos já foi firmada e as conversões começam a acontecer na capital e em diversas cidades do interior.

      As três unidades do Grupo Giovannetti, uma das mais tradicionais choperias e pizzarias de Campinas, já utilizam o gás natural canalizado nos fornos de pizza mesmo antes do início dessa campanha. O gerente do Grupo, Wagner Bordin, atesta a sua eficiência. “Em poucos minutos o forno está aquecido e na temperatura ideal para o início da produção, sem fumaça ou a necessidade de estocagem de lenha. Como as pizzas são protagonistas do nosso cardápio, ao lado dos salgados e sanduíches, precisamos dessa agilidade”, diz.

      Por dia, saem dos fornos das unidades Cambuí e Shopping Parque D. Pedro cerca de 100 pizzas. Na unidade Rosário são aproximadamente 60, também por dia. No serviço de delivery do Giovannetti as pizzas representam 60% dos pedidos.

      Wagner Bordin explicar ser apenas um mito o conceito de que a pizza assada em forno a lenha é mais saborosa. “O sabor das nossas pizzas está mais relacionado à qualidade dos produtos utilizados e à habilidade dos pizzaiolos do que a qualquer outro fator”, garante.

      Em Campinas a campanha da Comgás tem tudo para ser bem sucedida. Na cidade existem 507 estabelecimentos cadastrados na Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) como pizzarias. Esse número, no entanto, deve ser bem maior, considerando, ainda segundo a Acic, que muitos estabelecimentos não registrados como pizzarias, também produzem pizzas em escala comercial, como as padarias, por exemplo.

      Consumo de pizza

      A pizza é um dos alimentos mais consumidos no Brasil – e o forno é fundamental para o sucesso do negócio. São Paulo é a segunda cidade que mais consome pizzas no mundo: são 720 unidades por minuto ou mais de um milhão de pizzas por dia. Foram esses números, tão expressivos, que despertou o interesse da Comgás por esse mercado.

      Atualmente, mais de 95% das pizzarias localizadas em São Paulo utilizam fornos à lenha. Não há como precisar quanto elas gastam com a compra da madeira, pois o preço varia de acordo com a qualidade, tipo e origem.  No entanto, sabe-se que a lenha de melhor qualidade, ensacada e com umidade controlada, custa três vezes mais do que a lenha convencional (solta na calçada).

      No entanto, o argumento da equipe de vendas não está focado em aspectos econômicos, mas sim, a série de ganhos qualitativos, que inclui praticidade, conforto, higiene, menor emissão de poluentes e otimização operacional, conforme explica Sérgio Silva, Diretor de Marketing da Comgás.

      No Brasil, a madeira mais utilizada para o processo é o eucalipto de reflorestamento, enquanto na Itália o normal é aproveitar galhos de carvalho que caem das árvores. Embora a lenha utilizada em algumas pizzarias, oriunda de reflorestamento, possa ser considerada fonte de energia renovável, pesam contra ela as dificuldades de armazenamento e os incômodos da fumaça, que exigem investimentos altos em filtros para reduzir os impactos nocivos ao meio ambiente e à vizinhança, além da própria questão do transporte deste insumo, hoje não mais compatível com os grandes centros urbanos.

      De acordo com Carlos Zoppetti, vice-presidente da Associação de Pizzarias Unidas (SP), a mudança de método é quase imperceptível no sabor da pizza: “os clientes nem percebem quando consomem uma pizza tradicional feita em um forno a gás natural”. Tecnicamente, ainda é preciso analisar as questões de higiene e temperatura mais uniforme. “O método com o gás natural permite um controle maior da temperatura do forno”, destaca Zoppetti. “Em comparação com os fornos a lenha, os equipamentos a gás natural possibilitam otimização da mão de obra e padronização do produto final”, complementa.





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