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      16/04/2010 | CPFL Cultura - Música Erudita Contemporânea

      Sábado, 17 de abril, a partir das 20h, a cpfl cultura dá continuidade à programação de Música Erudita Contemporânea em Campinas com a série A Vanguarda esquecida, que tem curadoria de Gilberto Mendes e Antonio Eduardo, e resgatará a ‘música moderna’ do século XX que teve seu grande momento entre os anos 1920 e 1940, e depois caiu em quase completo esquecimento.

      O programa deste sábado apresenta o modernismo musical europeu repercutindo o surgimento e o desenvolvimento do dodecafonismo, a certeza acerca do progresso que ele representou, além das novas possibilidades a serem exploradas com uma nova música que foi além da tonalidade. Uma arte modernista que buscou “humanizar a ordem industrial”.

      A programação tem entrada gratuita, com distribuição de ingressos no local, a partir de uma hora antes do início das apresentações. A cpfl cultura em Campinas fica na Rua Jorge Figueiredo Corrêa, 1632 – Chácara Primavera. Classificação: 8 anos. Mais informações no site www.cpflcultura.com.br ou pelo telefone (19) 3756-8000.

      Curadores

      Gilberto Mendes - Nasceu em 1922, ano em que anarquistas, futuristas, comunistas, militares, canibais, dadaístas, todos juntos, queriam mudar o país. Foi também o ano da santa Semana de Arte Moderna, que influenciaria no desenvolvimento da arte até os dias de hoje. São Paulo era então uma pequena cidade industrial, tendo por perto o maior porto do país, a cidade de Santos. Aqui Gilberto Mendes nasceu. Um dos signatários do Manifesto Música Nova, Sua obra já foi tocada nos cinco continentes, principalmente na Europa e EUA. É autor do livro “Viver sua Música”- com Stravinsky em meus ouvidos, rumo á Avenida Nevskiy, publicado pela Edusp/Realejo, São Paulo.

      Antonio Eduardo - Participando com frequência de festivais, encontros de música contemporânea e congressos nacionais e internacionais em musicologia, Antonio Eduardo vem se destacando como um pianista e pesquisador voltado para a música de seu tempo. Escreveu “O Antropofagismo na obra pianística de Gilberto Mendes” (AnnaBlume/FAPESP), além de diversos artigos para periódicos sobre música contemporânea. Atualmente dirige coleção voltada para música contemporânea brasileira, Antonio Eduardo Collection,constando em seu catálogo obras de Gilberto Mendes, Silvia Berg, Sergio Vasconcelos Correa, Rodolfo Coelho de Souza e Almeida Prado.

      Programação do mês

      17 de abril – 20h

      “A música moderna que ninguém mais ouve”

      Este programa traz o modernismo musical europeu repercutindo o surgimento e o desenvolvimento do dodecafonismo, a certeza acerca do progresso que ele representou, além das novas possibilidades a serem exploradas com uma nova música que foi além da tonalidade. Uma arte modernista que buscou “humanizar a ordem industrial”.

      Violão: Thiago Abdalla
      Violinos: Tania Guarnieri e Ulisses Nikolai
      Piano: Araceli Chacon



      24 de abril – 20h

      “Vanguarda musical russa reprimida – Período Khrénikov”

      Com a morte de Jdánov, Khrénikov foi nomeado por Stálin como secretário geral da União dos Compositores em abril de 1948, permanecendo neste cargo até 1991. Khrénikov gozou de amplos poderes para determinar o que era música “realista” transformando-se, mais de uma vez, num grande obstáculo sobretudo para Gubaidúlina, Ustvolskaia e Schnittke, ao impedir que suas composições fossem interpretadas publicamente na União Soviética, decretando-as como obras banidas. Neste mesmo contexto surgia Nikolai Kapustin na década de 1950, com a reputação de pianista, arranjador e compositor. Kapustin afirma: "Eu nunca fui um músico de jazz, nunca tentei ser um pianista de jazz real, mas tinha que fazer isso por causa da composição. Não estou interessado na improvisação – e afinal, o que é um músico de jazz, sem improvisação? Talvez por isso estejam todas elas escritas e desafiando o espírito do intérprete.”

      Violoncelo: Fabio Pellegatti
      Contrabaixo: Sonia Ray
      Piano: Antonio Eduardo
      Contrabaixo: Sonia Ray
      Piano: Maria Emilia Moura Campos



      1º de maio – 20h

      “Reação à vanguarda – Música Política”

      O último programa desta série pode ser resumido na frase “É preciso resistir”. Resistir para marcar territórios, resistir como um ato heróico, resistir aos “resistentes”. Porém sonhar o sonho da resistência transformando-a na “difícil pratica musical da liberdade”. E assim buscar o NOVO: “um grande cozido com um q de expressionismo, com um q de neoclassicismo, com um q  de vanguarda, com um q de modernismo moderado, com um q de romantismo, com um q de classicismo, com um q de barroco , com um q de oriental, com um q  de cultura africana, com um q de pop e rock, como disse Boudewijin Buckinx em seu livro “O Pequeno Pomo” (Ateliê Editorial, 1998).

      Piano: Gustavo Fiel
      Piano: Beatriz Aléssio



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