NOTICIAS
Karine Martimbianco, Regina Márcia, Marina Gabetta e Chiquinho Costa.
RECITAL “CANÇÃO MULHER” NOS ENCONTROS DA ABAL CAMPINAS
Na próxima sexta-feira, dia 13/03, às 20 horas, no auditório Carlos Tontoli (Associação Campineira de Imprensa, rua Barreto Leme, 1479, Centro, tel. 3234-2591), a ABAL Campinas promove o recital lírico “Canção Mulher”, apresentando músicas criadas por mulheres compositoras, como Chiquinha Gonzaga e Babi de Oliveira, e ainda, árias de personagens femininos de óperas. As solistas convidadas são os sopranos Regina Márcia Moura Tavares, Marina Gabetta e Karine Martimbianco, com acompanhamento de Chiquinho Costa.
A soprano Regina Márcia Moura Tavares escolheu repertório com canções de mulheres compositoras: Lua Branca, de Chiquinha Gonzaga e Recomendação, da Babi de Oliveira. Além disso, trará duas canções francesas que falam de mulheres que amam e sofrem por seu amor: La correspondance amoureuse, de Rossini, e Les chemins de l'amour, de Poulenc. E ainda, Eu sonhei que te estavas tão linda, de Lamartine Babo e Francisco Mattoso.
Marina Gabetta selecionou Cantilena, da Bachianas no. 5, de Villa-Lobos e quatro personagens femininos de óperas: Casta Diva (Norma, de Bellini), Che il bel sogno di Doretta (La Rondine, de Puccini), Si, mi chiamano Mimi, (La Bohème, de Puccini) e Vissi d'arte (Tosca, de Puccini).
O soprano Karine Martimbianco irá interpretar Singela canção de Maria, de Babi de Oliveira-Mario Faccini; Beau soir, de Debussy; Maria Macambira, de Babi de Oliveira-Oradia de Oliveira; Adieu de l’hotesse árabe, de G. Bizet; e de Villa-Lobos, Xangô.
Chiquinho Costa apresentará em solo de piano, “Atraente”, de Chiquinha Gonzaga.
Na história da música, desde o século XVII, se conhecem raríssimas compositoras de ópera, sendo talvez a primeira delas Francesca Caccini, filha do também compositor Giulio Caccini que, em 1625, obteve um de seus maiores êxitos com a ópera La liberazione di Ruggiero dall'isola d'Alcina, composta para a visita do príncipe Ladislaus Sigismondo, e interpretada em Varsóvia em 1628. Pelo que se sabe, essa foi a primeira ópera italiana representada fora da Itália. No Brasil, Chiquinha Gonzaga foi a primeira compositora de música erudita e operetas despontando na segunda metade do século XIX. Igualmente, são compositoras reconhecidas a baiana Babi de Oliveira, a paulistana Marcia de Lorena, ao lado de Cacilda Campos Borges Barbosa (1914), Helza Cameu (1903-1995), Lina Pires de Campos (1918), Dinorá Gontijo de Carvalho (1895-1980), Eunice Catunda (1915), Celeste Jaguaribe de Matos (1879-1938), Chiquinha Gonzaga (1847-1935), Najla Jabor Maia de Carvalho (1915), Clarisse Leite dias Batista (1945), Vânia Dantas Leite (1945), Luisa Leonardo (1859-1926), Maria Helena Rosas Fernandes (1933), Kilza Setti (1932), Adelaide Pereira da Silva (1928) e Joanídia Sodré (1903-1975), sendo que esta seria autora de uma ópera.
Entrada franca.