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      06/07/2015 | ABAL e CCLA promovem recital de Carlos Gomes

      Recital Carlos Gomes, 179 anos

      Foto: Joyce L. Martins, Erika Andrade, Tiago Bezerra, Jorge Trabanco, Nelson Nicola Dimarzio, Vicente Montero, Alcides Acosta, Antoine Kolokathis e Chiquinho Costa

       No próximo sábado, 11 de julho, às 20 horas, a ABAL Campinas e o CCLA homenageiam o 179º. aniversário de nascimento do maestro Antônio Carlos Gomes com um recital de árias de ópera e canções, no auditório do Centro de Ciências, Letras e Artes (rua Bernardino de Campos, 989, Centro, tel. 3231-2567). Participam do programa os sopranos Joyce Lima Martins e  Erika Andrade, os barítonos Tiago Bezerra, Jorge Trabanco e Nelson Nicola Dimarzio, e os tenores Antoine Kolokathis, Vicente Montero e Alcides Acosta, com acompanhamento ao piano de Chiquinho Costa (diretor artístico) e Natália Spostes. O programa é constituído das canções gomesianas como “Mamma Dice”, “Ave Maria”, “Addio”, “Tu m’ami”, “Conselhos”, “Mon Bonheur”, “Per me solo”, “Cos’è l’amore”,  e as árias operísticas “Sol ch’io ti sfiori...” (Maria Tudor), “C’era una volta un príncipe...” (Il Guarany), “Era un tramonto d’oro” (Colombo), “Vittoria, vittoria!” (Colombo), “Senza tetto, senza cuna” (Il Guarany), “Povero nacqui” (Salvator Rosa), “Sogni d’amore” (Lo Schiavo) e “D’amore l’ebbreze” (Fosca).


      Antônio Carlos Gomes nasceu em Campinas, na época em que era apenas a Vila de São Carlos, em 11 de julho de 1836. Seu pai, Manoel José Gomes, professor de piano, canto, órgão e violino na vila, era conhecido por Maneco Músico. Carlos Gomes, por sua vez, carinhosamente apelidado de Tonico de Campinas, despertava atenção sobre sua destreza musical na banda de seu pai, onde também tocava seu irmão de sangue, José Pedro de Sant’Anna Gomes. Aos 11 anos começou os estudos regulares de música, logo após terminar o curso básico. Iniciou-se nas habilidades instrumentais pela clarineta, depois o piano e violino. Quanto ao piano, logo em 1848 deu récitas onde se incluíam suas primeiras criações musicais. Três anos mais tarde, em conjunto com o irmão, apresentou outras obras, para alimentar o lazer de salão da época (modinhas, valsas, mazurcas). Incentivado por amigos estudantes na Capital de São Paulo, Carlos Gomes foge para o Rio de Janeiro sem a permissão do pai. Aflito e com forte remorso escreve-lhe uma carta. Recebe uma resposta severa, mas o pai o perdoa e diz que remeterá 30 mil réis por mês. No Rio, conhece a Condessa do Barral, admiradora de suas canções e é apresentado ao Imperador, D. Pedro II. Graças ao apoio do soberano matricula-se no conservatório de Francisco Manuel.  No ano seguinte, encena sua primeira ópera, A Noite do Castelo, e consegue grande sucesso. Dois anos mais tarde, apresenta a ópera Joanna de Flandres, e triunfa novamente. D. Pedro II entusiasmado manda-o para a Europa. No Conservatório de Milão, aluno de Lauro Rossi, diploma-se como Maestro Compositor aos 30 anos de idade. Carlos Gomes consagra-se na Itália com a ópera Il Guarany, estreada no Alla Scala, de Milão e escuta palavras de admiração do renomado compositor italiano Giuseppe Verdi. Após o sucesso, casa-se com a pianista italiana, Adelina de Conte Peri, com quem teve cinco filhos. A partir daí, viriam outras cinco óperas e o poema vocal Colombo, que foi o canto de cisne do Maestro, que faleceu em 16 de setembro de 1896 vitimado por um câncer na língua. Deixou ainda dois  musicais: Se sa minga e Nella Luna.

       

      Entrada franca.






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