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      19/05/2010 | Comércio e Indústria e o cultivo de physales

      A Prefeitura de Campinas, por meio da Coordenação de Agronegócios da Secretaria Municipal de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo (SMCIST), participou nesta segunda-feira, dia 17 de maio, encontro entre o sindicato rural de Campinas e produtores da fruta physales, na Fazenda Floresta Negra em Camanducaia, MG.

      O encontro teve como objetivo conhecer o processo de produção e características da fruta, e estreitar parcerias para trazer o cultivo à Campinas.

      A physalis é uma fruta considerada exótica. É encontrada no mercado a preços elevados, mas, apesar disso, no Norte e Nordeste do país é comum nos quintais das residências e chamada por nomes bem brasileiros: camapum, joá-de-capote, bucho-de-rã, bate-testa e mata-fome.

      Seu uso medicinal é conhecido por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.

      Segundo o coordenador de agronegócios da SMCIST, Peter Traue, existe interesse em trazer o cultivo da fruta para Campinas, “visto que seu valor no mercado é elevado e com propriedades benéficas a saúde, pois ajuda a combater o Mal de Parkinson. Acredito que será uma opção muito rentável aos produtores rurais de Campinas”, avaliou.

      Para o próximo mês, estão sendo programadas palestras na Central de Abastecimento de Campinas (Ceasa) para os produtores rurais sobre o plantio, cultivo, comercialização e propriedades da fruta.

      Saborosa e medicinal

      A Physalis angulata é a variedade nativa da família das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas. Originária da Amazônica e dos Andes, possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia.

      Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. É uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de altura. As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com coloração que vai do amarelo ao alaranjado, envolvidas por uma folha fina e seca, em forma de balão.

      Com sabor doce, levemente ácido, a physalis é consumida ao natural e usada na preparação de doces, geléias, sorvetes, bombons e em molhos de saladas e carnes. É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides.

      Sua propriedade medicinal é conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.

      A planta tem sido estudada também por fornecer um poderoso instrumento para controlar o sistema de defesa do organismo, diminuindo a rejeição em transplantes e atacando alergias. Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias com esse potencial na Physalis angulata e já solicitaram patente sobre o uso delas.

      Testadas por enquanto em camundongos, espera-se que as fisalinas (chamadas de B, F e G) tenham um efeito tão bom quanto o das substâncias usadas hoje para controlar o sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando forem usadas em pacientes humanos.

      Em geral, ela é usada na forma de chá ou infusão. A erva cresce na América Latina e na África, e as moléculas que produz, as fisalinas, atraíram a atenção dos cientistas porque pertencem ao grupo dos corticosteróides, usados hoje para controlar o sistema imune.

       





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