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      28/05/2010 | África em Nós

      Prefeitura abre mostra fotográfica em homenagem aos Povos Africanos

      Mostra fotográfica “África em Nós” foi aberta na manhã desta quinta-feira, dia 27 de maio, pelo prefeito Hélio de Oliveira Santos como parte das comemorações da Semana de Solidariedade aos Povos Africanos.

      A exposição está instalada no Centro Campineiro da Memória Afrobrasileira que fica na Rua Visconde do Rio Branco, nº 468, no Palácio da Mogiana, com entrada pela Rua General Osório, nº 490.

      Para o prefeito, a realização de eventos como a mostra “África em nós” é muito importante devido a sua relevância cultural. “É preciso investir em políticas afirmativas e reparadoras com mecanismos concretos”.

       

      Dr. Hélio salientou, ainda, que a implantação do Centro Campineiro de Memória Afrobrasileira é um elemento simbólico dessa luta. “O processo de reparação histórica tem que continuar e precisa ser feito por inteiro frente a todas as perdas que esse povo sofreu. Esse Centro tem que mostrar como Campinas participou desse processo e o que tem ainda por fazer”, colocou.

      O prefeito também falou do projeto que vem sendo estudado para a criação do parque e biblioteca temáticos “Brasil – África” que será implementado na fazenda Roseira. “Vamos ter um parque temático com biblioteca para que as crianças possam conhecer nossas origens. Essa será outra contribuição concreta do poder público no processo de reparação”, expôs.

      Conforme a secretária municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Darci da Silva, essa gestão tem um olhar especial para a população afrodescendente e “o Centro de Memória é um espaço acolhedor para a comunidade negra que possibilita para toda a sociedade entrar em contato com a cultura africana e sua contribuição para o Brasil e, principalmente para Campinas,” disse.

      A secretária lembrou também que o Centro foi inaugurado em novembro de 2009 com a exposição “Africanidades” – peças do acervo do professor Rogério Cerqueira Leite, e citou que em 2010 o Selo da Diversidade de Raça, Etnia, Gênero e Idade no Mercado de Trabalho em Campinas, completa um ano e terá a assinatura do termo de compromisso anual com empresas de pequeno, médio e grande porte instaladas no Município dispostas a promover essa prática de inclusão.

      A presidente do Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, Elisa Lucas Rodrigues, falou da importância de campanhas que promovem a reflexão da sociedade. “Trabalhos como esses desmistificam a ideia da África folclórica de Tarzan e safáris, principalmente, para entender que a discriminação é um problema de toda a sociedade que precisa refletir sobre a contribuição que a população negra deixou para o Brasil e qual a sua situação hoje”.

      A exposição idealizada pela Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo chega a Campinas, por intermédio de uma parceria com a Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Cepir) da Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social (SMCAIS), e ficará aberta ao público até o próximo dia 25 de junho.

      Exposição

      Em Campinas, cerca de 60 painéis ficarão expostos no Centro Campineiro de Memória Afrobrasileira e os demais estarão, no mesmo período, no saguão do Paço Municipal. O horário para visitação será de segunda a sexta-feira das 8h às 17h.

      De acordo com o assessor estadual de Cultura para Gêneros e Etnias,Leandro Rosa, a exposição circulará por vários municípios do Estado, mas o grande diferencial de Campinas, que a segunda cidade a receber a mostra, foi a reprodução do catálogo providenciado pela Prefeitura. “Isso possibilitará que um número maior de pessoas conheça o trabalho que tem como principal objetivo divulgar nossa herança africana,” afirmou.

      Dividida em oito módulos com os temas corpo, cotidiano, festas populares, gastronomia, contrastes, paisagem, religiosidade e retratos, a mostra contém 101 imagens captadas por fotógrafos amadores e profissionais de todo o País e do exterior, sendo que entre as selecionadas, três são de cidadãos campineiros.

      O material foi elaborado a partir de uma campanha que reuniu um acervo de mais de 7 mil fotos. Um trabalho que destaca a importância das campanhas de consciência negra, visando à discussão e visibilidade da cultura negra.

      De acordo com o curador da mostra, Walter Firmo, o critério para seleção das imagens era livre, “... ficamos subordinados somente ao feeling visual de cada olhar, independentemente do conteúdo psicológico [...]”.

      A mostra terá parte do acervo também exposto no saguão do Paço Municipal, como nova opção para durante o mesmo período expor a referida mostra fotográfica.

       



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