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No dia 17 deste mês de maio, completou a Academia Campinense de Letras mais um aniversário. São 54 anos de sua fundação, que foram comemorados, em sessão solene, neste ano com a palavra do sr. Prefeito Municipal dr. Hélio de Oliveira Santos, quando também Francisco Isolino Siqueira homenageou os acadêmicos desaparecidos, focalizando a pessoa e obra de Celso Maria de Mello Pupo.
Jovem senhora a Academia, cuja trilha foi por Rubem Costa desbravada com sucesso em sua presidência, de seis anos de 2000 a 2006, tornou-se a casa e anfitriã de entidades culturais que ali se reúnem, tais como a Academia Maçônica de Letras, a Academia de Ciências, Letras e Artes das Forças Armadas, o Centro de Poesia e Arte de Campinas (Cepac), além de hospedar realizações das secretarias municipais de Educação e Cultura, mantendo ainda há mais de dez anos convênio com a Fundação Municipal para a Educação Comunitária (Fumec), cedendo sua casa sempre gratuitamente ainda para eventos dos demais centros de cultura da cidade, como o Instituto Histórico, Genealógico e Geográfico de Campinas, a Academia Campineira de Letras e Artes, a ABAL e tantas outras manifestações da intelectualidade de nossa terra.
Homenagem, no entanto, aqui e agora, fora da sessão, quero prestar a essa figura exponencial da Academia: o moço Rubem Costa.
Moço, digo eu, porque ele, aos 91 anos, dá mostras de dinamismo, confiança e fé no futuro que a muitos de nós, mais jovens (minha diferença de idade com ele é de quase 20 anos) nos impulsiona a trabalhar e a enfrentar desafios e a idealizar projetos que sem sua presença e estímulo jamais ousaríamos delinear.
Cultura vasta, de leituras atestadas por suas inexcedíveis crônicas que engrandecem o nosso Correio Popular às quintas-feiras, traz ele lembranças de uma Campinas estudante de vida e lições que a experiência de uma alma compreensiva sabe transmitir. Escritor, não é somente. Também poeta de inspirado estro, em poemas que nos dizem ao fundo do coração, em sua singeleza e profundidade. Mestre, ele o foi a vida inteira, no magistério do serviço público e nos ensinamentos com que nos guia nos dias de hoje, sem assumir a prosápia e arrogância de erudito que poderia ostentar se simples e modesto não fosse.
Amigo, paciente e compreensivo, sempre alerta para no nosso cotidiano nos trazer palavras de bom-senso, que conselhos seriam se dados não nos fossem supridos com a simplicidade de quem sabe o que sabe e não ignora o quanto acredita ignorar. Mais ainda quando quem assim diz é um amigo novo, que o conhece há pouco mais de um lustro, desde minha admissão na Academia que então presidia, no ano de 2004.
Feliz aniversário, jovem senhora. Feliz jovem senhora por ter e manter em suas hostes o jovem Rubem Costa.
Agostinho Toffoli Tavolaro é presidente da Academia Campinense de Letras
Publicada em 1/6/2010
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