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PESQUISAS CIESP-CAMPINAS-FACAMP ‘SETORES QUE DEPENDEM DO CRÉDITO AINDA TERÃO MAIS DIFICULDADES’
A indústria da região de Campinas apresentou um saldo positivo de 200 contratações no mês de julho. No acumulado do ano o número também é positivo com 200 contratações. Esses dados foram parte das pesquisas Sondagem Industrial, Nível de Emprego e Balança Comercial Regional, apresentadas nesta terça (22 de agosto) pela Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e pela Facamp.
O diretor do Ciesp-Campinas, José Nunes Filho, afirmou que os setores da economia que dependem do crédito ao consumidor, “continuarão sofrendo muito, porque o crédito ainda está muito caro e nos parece que as pessoas continuam com um alto grau de endividamento”. Nunes acrescentou que alguns setores, como o de alimentos e agronegócio “apresentaram um crescimento forte nos últimos meses”. O que, em sua opinião é um bom indicativo para um cenário melhor, mesmo com a perspectiva de a política continuar turbulenta. Na avaliação do diretor do Ciesp-Campinas se a Reforma de Previdência não passar, o País dará um sinal muito negativo para o mercado.
A diretora-adjunta do departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Carmem Pavin, afirmou que a corrente de comércio – a soma das exportações e importações da indústria da região de Campinas apresentou uma média de crescimento em torno de 15%, na comparação mensal entre 2016 e 2017, o que é muito positivo. Nessa mesma avaliação as exportações em julho de 2017 na região cresceram 6%, em relação ao mesmo mês de 2016. As importações, por sua vez, nessa mesma comparação, aumentaram 18%. Mesmo ocorrendo déficit na balança regional de julho – de US$ 652 milhões, pelas características da pauta comercial da região deaa Campinas, Carmem Pavin avalia que a corrente de comércio da região de Campinas tende a crescer nos próximos meses.
O economista da Facamp, José Augusto Ruas, afirmou que a Pesquisa de Sondagem Industrial apontou alguma perspectiva de modernização do parque industrial regional, em função das respostas dos empresários. Contudo na avaliação do economista, “não se pode falar em retomada e há a necessidade de avaliar esse comportamento do empresário”, nas pesquisas dos próximos meses.
Foto : Roncon & Graça Comunicações