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      22/08/2010 | Teatro Castro Mendes - Caderno C foi conferir

      Caderno C foi conferir obras de reforma do Castro Mendes, que tem conclusão prevista para 2011

      Um aviso nos portões provisórios de tapume informa: “Acesso somente para funcionários — favor não insistir”. A população, curiosa, não resiste e coloca a cabeça para dentro da brecha, que serve para os funcionários da MVG Engenharia e Construção Ltda., empresa que venceu a licitação para a obra do Castro Mendes, reconhecerem quem está chegando. Está explícito que a ansiedade para ver o teatro voltar a funcionar é grande.

      Na última semana, o Caderno C foi conferir duas obras de teatros da cidade que estavam necessitando urgentemente de reformas: o Castro Mendes e o Centro Cultural Padre Anchieta, que após as melhorias será rebatizado de Cine Teatro Maria Monteiro. Na última semana, o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio, afirmou em entrevista a esta repórter que tem urgência nos trabalhos de reforma. “Quero que essas obras sejam concluídas o mais rápido possível”, disse.

      No caso do Castro Mendes, a pressa de nada adianta, pois o contrato (no valor total de R$ 7,4 milhões) especifica o prazo de um ano, desde dia 5 de julho, para a conclusão das obras. Desde então, 40 homens da empresa trabalham de segunda a sábado a todo vapor no local. Até agora, foram realizadas as instalações das partes elétrica e hidráulica; e todo o entulho das pequenas demolições internas foi retirado.

      Durante a visita da reportagem — acompanhada do arquiteto e coordenador do projeto, Cláudio Orlandi — a fundação da plateia superior estava sendo realizada. Homens espalhados por todos os andares do prédio cimentavam as paredes dos banheiros coletivos e camarins, que tinham acabado de ter as tubulações das redes hidráulica e elétrica trocadas. “Estamos trabalhando em várias frentes para que o trabalho seja feito rapidamente”, diz Orlandi.

      Os pisos superiores, onde há salas de ensaio para orquestra e grupos de dança, estão mais adiantados. Há pressa para que, pelo menos, a sala de ensaios de orquestras fique pronta antes. “Com uma sala pronta, podemos colocar ali as poltronas conforme vão sendo entregues, reformadas”, afirma o arquiteto.

      As 850 poltronas foram desmontadas e começariam a ser retiradas em lotes pelo tapeceiro responsável pela reforma, na semana passada. Os aparelhos de ar condicionado foram instalados, e os acessos a eles, construídos. Tanto os aparelhos quanto a reforma das poltronas são feitos com a verba de R$ 1 milhão doada pela Petrobras.

      Orlandi também aguarda a visita do consultor acústico José Augusto Nepomuceno para a orientação da troca das varas cênicas. “Isso é umas das coisas que podem ser realizadas paralelamente e, o que der para adiantar, eu quero adiantar. Na parte cênica, somente as cordas de teatro italiano serão mantidas porque são tradicionais”, adianta.

      Mais passarelas cênicas serão colocadas e as originais, que estão em bom estado, serão mantidas, assim como o piso de taco das salas de ensaio que não sofreram ação do tempo (e das goteiras). “Este piso está ótimo. Vou apenas tratá-lo com raspagem, mas está em ótimo estado e não precisa ser trocado”, ressalta.

      Daqui um ano, o Castro Mendes deverá, finalmente, ser entregue à população. Até lá, o teatro terá completado quatro anos fechado.


      O NÚMERO

      7,4  MILHÕES DE REAIS

      É o valor do contrato da reforma do Teatro Castro Mendes


      Recuperação de teatro do Bosque depende de parceria

      A situação do Carlito Maia, o teatro do Bosque dos Jequitibás, que está completamente deteriorado por ação da chuva e do tempo, está prestes a melhorar. Uma parceria entre a Prefeitura e a Associação dos Produtores de Teatro de Campinas (APTC) deverá viabilizar a reforma do local. A lei da parceria foi regulamentada e, atualmente, a APTC está analisando, ou seja, deverá fazer e orçar o projeto da reforma, além de sugerir uma contrapartida para a Prefeitura. A contrapartida deverá ser o tempo de uso do teatro destinado às produções da APTC. Quando ambas as partes chegarem a um acordo (com prazo máximo de 60 dias para ser feito), o prefeito Hélio de Oliveira Santos deverá fazer o decreto da regulamentação. Ainda não se sabe a dimensão da reforma, os custos, o prazo ou se o teatro deverá ser fechado enquanto ela acontece. (PR/AAN)

      Melhorias são prometidas para Centro Cultural

      Restauração de espaço na Vila Padre Anchieta já tem projeto arquitetônico, mas licitações e compra de material ainda não foram realizadas

      As inúmeras goteiras, cancelamento do festival de teatro e as reclamações diretamente para o prefeito durante um das edições do programa Prefeitura Itinerante resultaram no projeto de reforma do Centro Cultural Padre Anchieta, que há cinco anos necessitava melhorias. Apesar de o projeto arquitetônico estar pronto, licitações e compras de materiais ainda não foram realizadas, tanto que a obra sequer foi orçada pela Secretaria de Serviços Públicos, responsável pela reforma.

      Hoje será a despedida das oficinas de circo, capoeira e karatê, que acontecem aos domingos e, amanhã, 40 reeducandos do projeto Portas da Liberdade entram no local para o início das reformas. “Começaremos com a retirada dos móveis e entulhos. Depois, derrubaremos paredes e quebraremos os pisos que serão trocados. Também daremos início à troca das partes elétrica e hidráulica, somente depois disso iniciaremos a reforma”, explica o engenheiro Augusto Vilhena, sub-prefeito interino da Nova Aparecida, que prefere não arriscar prazos para entrega. “Não quero morder a língua”, alega. Isso porque os projetos específicos ainda não chegaram às suas mãos. “Conforme eles forem chegando, nós vamos executando”, explica.

      Enquanto isso, os 450 frequentadores das oficinas serão remanejados para outros espaços do bairro como o salão da igreja, a quadra de esportes João do Pulo e para o CDHU Padre Anchieta. “Queria que a reforma ficasse pronta até, no máximo, o início do ano que vem para que a população pudesse voltar às aulas e às oficinas”, diz Benê de Moraes, chefe do setor.

      Até agora, somente o telhado do teatro do prédio foi reformado. “Queremos fazer o telhado antes de tudo porque nesta época não chove muito. Depois, com o telhado pronto, fica mais fácil trabalhar dentro do espaço”, explica Vilhena, que é engenheiro e deverá supervisionar a obra.

      Com as melhorias, o centro cultural, que será rebatizado Cine Teatro Maria Monteiro, ganhará uma biblioteca e um cinema no auditório que comporta 200 pessoas. A pressa do prefeito, portanto, parece não ter efeito. “A vontade é uma coisa, mas a necessidade é outra”, diz Vilhena. (PR/ANN)

      Paula Ribeiro
      DA AGÊNCIA ANHANGUERA
      paula.ribeiro@rac.com.br



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