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      13/09/2010 | Momentos da ópera Il Guarany na Sala Carlos Gomes

      Em 2010 se completam 140 anos que a ópera Il Guarany, de Antonio Carlos Gomes, estreou no Teatro Scala, de Milão, Itália, causando a maior sensação no País responsável pela invenção da ópera. Também são decorridos 40 anos que essa obra do Tonico de Campinas inaugurava o Teatro Municipal José de Castro Mendes, na Vila Industrial, com um elenco de cantores de Campinas sob a regência do Maestro Oreste Sinatra. E a última vez que a ópera foi encenada em nossa cidade foi também no “Castro Mendes”, em 1986, ano dos 150 Anos de Nascimento de Carlos Gomes, sendo regida pelo Maestro Benito Juarez e marcando a despedida operística do soprano Niza de Castro Tank. Celebrando esses fatos e integrando a programação do Mês de Carlos Gomes, a ABAL Campinas realiza na quinta-feira, dia 16, em que se lembram os 114 anos do falecimento do compositor, às 20 horas, uma cortina lírica com trechos da ópera Il Guarany, na Sala Carlos Gomes (Centro de Convivência Cultural Carlos Gomes, Praça Imprensa Fluminense, S/N, Cambui, tel. 3232-4168). Figuram no elenco o soprano Pergy Grassi (Ceci), Nunno Dellalio (Peri), Nelson Nicola Dimarzio (Gonzalez), João de Braz (Don Alvaro), José Luiz Águedo-Silva (Don Antonio), Marino Fabi (Cacique) e Alcides Acosta (Ruy Bento), com regência de Luana Madeira Lamas e, ao piano, Alexsander Magno dos Reis.

       

      Haverá ainda a participação de alunas de bailado da academia Gran Ballet Campinas. Na mesma ocasião, o artista plástico Elvis da Silva irá expor pinturas de Carlos Gomes, Sant’Anna Gomes e outros personagens da Família Gomes.
       

      Na explicação da musicóloga e estudiosa da vida e da obra de Carlos Gomes, Lenita W.M. Nogueira, “na ópera Il Guarany, baseada no romance homônimo de José de Alencar, ação se passa no ano de 1560, em região próxima ao Rio de Janeiro. É onde vive o nobre português, Dom Antonio e sua filha Cecília. Peri, um índio guarani, é fiel ao nobre português e ama a jovem em segredo.  Ambos declaram seu amor em um dos trechos mais conhecidos da ópera, o dueto “Sento uma Forza Indomita”. É quando a jovem Ceci revela seus sentimentos e ambos trocam juras, mas o idílio é interrompido quando Peri afirma que precisa partir, pois deve perseguir traidores que tramam contra a vida de Don Antonio. Os vilões são liderados pelo aventureiro espanhol Gonzalez que, reunido com seus companheiros em uma taberna canta, no segundo ato da ópera, a famosa Canção do Aventureiro:  Senza tetto, senza cuna, vita abbiamo nel gioir (Sem teto, sem berço, vida temos no gozar), uma seguidilha espanhola cheia de cinismo.  A ária “Vanto io pur superba cuna” (Orgulho-me também de meu altivo berço) acontece em momento posterior da ópera e nela Peri afirma seu orgulho pela origem guarani. No terceiro ato da ópera, Ceci, que havia sido seqüestrada pela tribo Aimoré, é salva da morte pelo cacique, que se encanta com ela e deseja torná-la rainha. Peri corre para salvá-la, mas também é feito prisioneiro. O trecho “O Dio degli Aimorè” (Ó Deus dos Aimorés) é entoado pelo cacique e invoca os poderes divinos antes do embate final contra os portugueses. Estes derrotam os aimorés e resgatam o casal. De volta ao castelo, Dom Antonio, percebendo que não tem como vencer seus inimigos e uma nova investida dos aimorés, entrega Ceci a Peri, como única forma de preservar a vida da jovem. Como não poderia entregar a filha a um pagão, Peri pede para ser batizado e, acompanhado de Ceci, foge do castelo. Ao final da ópera, o casal observa o castelo em chamas do alto de uma colina.

      Local:

      Centro de Convivência Cultural - Campinas/SP

      Sala Carlos Gomes

      Data: 16/9 quinta feira as 20:00 horas

      A entrada é franca.



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