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Treinamento de força na contramão da velhice limitante
Em 2030 o Brasil terá mais idosos que crianças pela primeira vez na história: preparo do corpo para carregar o peso da idade deve começar já!
Poderia ser uma grande descoberta, mas não passa do que a gente já está careca de saber e não toma jeito. A saída mais certeira para uma boa velhice, adivinha: exercício físico com carga! Mais do que nunca, a longevidade está sendo real para os brasileiros e o corpo precisa suportar os anos a fio.
O dado que traz à tona essa preocupação é que em 2030 o Brasil terá pela primeira vez mais idosos do que crianças, ou seja, a população acima de 60 anos deverá crescer 45%, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). O rápido envelhecimento nesse futuro bem próximo é uma boa notícia, mas desde que ocorra com saúde. E, melhor ainda, é saber que as dores que acometem muitos idosos, ou a falta de força na musculatura (sarcopenia) podem ser resolvidas ou minimizadas com treinamentos resistidos (exercícios em aparelhos com carga). Os resultados são impressionantes.
A fisioterapeuta e fisiologista do exercício Márcia Viana realizou um estudo durante seis meses com nove idosos de 66 a 93 anos que tinham queixas de dor moderada a forte, limitação articular e das atividades de vida diária (AVD). Fato é que os exercícios orientados para ganho de força resultaram na diminuição da dor e até na eliminação completa do desconforto. Ao final do estudo, sete pacientes abandonaram o uso de analgésicos!
"O ideal é que as pessoas façam exercícios e tenham vida ativa. Quanto mais músculos, menos consultas, internações, medicamentos, menos necessidade de um cuidador de idosos ou acompanhante em casa. E se necessário fazer uma cirurgia, a recuperação dessa pessoa mais forte é muito mais rápida. A qualidade vida fica muito melhor", ressalta Márcia Viana.
Vale reforçar que mexer mais o corpo faz mexer menos no bolso. A população brasileira está envelhecendo num País de renda média e desigual e o custo do atendimento hospitalar de quem tem mais de 60 anos é o dobro do registrado para outras faixas etárias.
A fisioterapeuta explica ainda que, socialmente, um idoso doente onera bastante, tanto o Estado, quanto suas famílias. O Governo gasta com hospitais, exames e atendimentos. Por outro lado, os convênios particulares estão cada vez mais repassando os valores para os pacientes. “Milhares de famílias comprometem até 70% do orçamento familiar para estes cuidados, fora as pessoas que deixam os empregos para auxiliar o idoso em casa”, observa a especialista.
"É muito interessante para o setor socioeconômico de um país que a pessoa tenha a possibilidade de fazer exercícios, principalmente com treinamento de força que combata doenças do envelhecimento, como hipertensão, diabetes, osteoporose, obesidade. As fraturas nos idosos provocam a necessidade de visitas médicas e tira a independência física da pessoa, o que acaba saindo mais caro para as famílias e para os convênios. É importante que a pessoa com mais de 60 anos seja ativa e que a luta contra o sedentarismo seja constante", reforça.
Sobre Dra. Márcia Viana
Fisioterapeuta, com 30 anos de experiência, a Dr.ª Márcia Viana e sua equipe oferece a possibilidade de tratar e prevenir as possíveis disfunções que o avançar da idade pode ocasionar; preservando a jovialidade e a independência física melhorando a qualidade de vida. Possui especialização em Fisiologia do Exercício pela Escola Paulista de Medicina-UNIFESP e especialização em Fisiologia do Exercício e Treinamento Resistido na Saúde, na Doença e no Envelhecimento pela CECAFI-USP.
Serviço
Instituto Márcia Viana
Rua Antonio Lapa, 1122 - Cambuí, Campinas (SP)
Informações: (19) 3252-3161 e site www.clinicamarciaviana.com.br