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      24/08/2018 | Construção civil registra saldo negativo de empregos

      Construção civil registra saldo negativo de empregos formal em julho; número de contratações vem aumentando na RMC

      Setor registrou 2.269 pessoas com carteira assinada no mês passado

      A construção civil da Região Metropolitana de Campinas (RMC) fechou 501 postos de trabalho formais no mês de julho. O resultado contrasta com junho, quando o segmento registrou saldo positivo de 24 vagas criadas. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o setor, responsável por mais de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) e segundo maior gerador de empregos no País, contratou 1.908 pessoas no mês passado (número praticamente igual a junho: 1.929). Porém, o número de desligamentos chegou a 2.409, superior aos 1.905 desligamentos do mês anterior.

      Apesar do saldo negativo, a balanço liberado nesta terça-feira (23) pelo Ministério do Trabalho e Emprego traz um dado animador. O setor começa a apresentar sinais positivos. No mês passado, 2.269 trabalhadores foram registrados pelas empresas, número superior aos 2.105 desligamentos comunicados ao governo federal no mês anterior.

      O principal impacto para o saldo negativo de julho, de acordo com os números do Caged, foi decorrente do desempenho ruim da cidade de Paulínia, que vinha apresentado saldos positivos nos últimos meses.  A cidade fechou julho com saldo de 584 vagas fechadas (diferença entre contratação e demissões).

      Por outro lado, nove dos 20 municípios que formam a RMC fecharam julho no azul, superior aos seis que tiveram números positivos em junho. Em Americana (17), Artur Nogueira (22), Cosmópolis (48), Holambra (5), Indaiatuba (72), Itatiba (13), Jaguariúna (20), Nova Odessa (3) e Santo Antônio de Posse (1), as contratações superaram as demissões.

      Campinas, que em junho havia fechado com saldo de 130 postos eliminados, reagiu em julho, reduzindo para 60 o saldo negativo. De acordo com os números informados pelas empresas ao Caged, no mês passado o número de contratações na cidade chegou a 659, contra 563 do período anterior.
       

      NO ANO

      No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o setor da construção civil na RMC tem saldo negativo de 1.406 postos de trabalhos. Porém, o que se pode ver é uma reação das empresas no que diz respeito a contratações. No acumulado do período foram contratadas 13.501 trabalhadores. Em junho, o acumulado era de 11.232 pessoas.

      Na avaliação do presidente da Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho, apesar do desempeno negativo de Paulínia, visto por ele como um "ponto fora da curva" quando se analisa os dados dos meses anteriores, os números da RMC são positivos.

      "Já podemos observar que as contratações começam a superar as demissões na RMC como um todo. Este é o resultado dos lançamentos feitos pelas construtoras e incorporadoras no final de 2017 e início de 2018 e de algumas obras industriais em andamento na região", explica."Já os lançamentos imobiliários a partir de fevereiro começarão a refletir em emprego em agosto e nos próximos meses", completa Oliveira Lima. Ele ressalta que o tempo entre lançamento e vendas e início das obras é de aproximadamente seis meses.





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