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Ações no Dia Mundial do Idoso reúnem mais de 800 pessoas
Na manhã desta sexta-feira, 1º de outubro, na Praça Rui Barbosa, atrás da Catedral Metropolitana e no Centro de Vivência do Idoso (CVI), no Parque Portugal, cerca de 800 pessoas tiveram a oportunidade de participar das atividades alusivas ao Dia Nacional do Idoso. Nas tendas montadas pela Secretaria Municipal de Saúde, alunos e professores das áreas de saúde das universidades Unip, Veris IBTA e FAJ desenvolveram diversas atividades voltadas ao público da terceira idade.
Das 9h ao meio-dia, atividades como exames preventivos de pressão arterial e de glicose, orientação nutricional, ginástica, além de muita informação sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids e outras enfermidades de maior incidência entre os idosos, chamaram atenção do público que circula pelo centro da cidade e pelo Parque Portugal.
Ainda no período da manhã, a coordenadora do Programa de Saúde do Homem e do Idoso, e médica geriatra Jane Emídio Dias, proferiu uma palestra na Unicamp destinada aos usuários do Ambulatório de Geriatria da Faculdade de Ciências Médicas. Outras atividades, ainda com apoio de alunos de universidades, foram desenvolvidas nos Centros de Saúde e em outros espaços da comunidade, sempre com a proposta de enfatizar o envelhecimento saudável e o papel de destaque das pessoas idosas na sociedade.
“É preciso lembrar que a população brasileira e a campineira está envelhecendo, a expectativa de vida aumentou e as pessoas idosas precisam se conscientizar da importância do autocuidado, se reconhecer no Estatuto do Idoso e fazer valer seus direitos. Dentro dessa proposta – complementa Jane - cabe à Secretaria de Saúde contribuir com ações de saúde que promovam uma melhor qualidade de vida a essa população”.
A coordenadora lembra que a Secretaria de Saúde de Campinas segue as diretrizes propostas pelo Ministério da Saúde para a área do idoso, elaboradas e adaptadas à realidade do município. A política municipal de saúde do idoso inclui assistência farmacêutica; reabilitação; atendimento e internação domiciliar; urgência e emergência; promoção do envelhecimento saudável; atenção integral ao idoso, do ponto de vista da abordagem individual e do atendimento em rede; reconhecimento das necessidades e estímulo às ações intersetoriais; acolhimento preferencial ao idoso, respeitando o critério de risco; fortalecimento da participação social por meio de articulação com o Conselho Municipal de Saúde e do Conselho do Idoso; formação de educação permanente dos trabalhadores da saúde para atenção ao idoso; promoção de cooperação nacional e internacional de experiências; entre outras.
A nutricionista Lúcia Kurdian Maranha, coordenadora do curso de Nutrição da Veris Faculdades, com apoio de seis alunos, atendia o público que passava pela Praça Rui Barbosa. Debaixo da tenda, Lúcia exibia uma cesta com diversos produtos industrializados como massas de tomate, sardinha, salgadinhos, refrigerantes à base de soja e outras mercadorias com excesso de açúcar, sódio e gordura, além de conservantes químicos.
Ao responder a curiosidade das pessoas, destacou os perigos para a saúde provocados pela ingestão excessiva de sal, gordura saturada e produtos industrializados. Segundo a nutricionista, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de sódio deve se restringir a 1.700 mg, o que equivale a 5 gramas de sal de cozinha. “No entanto, pesquisa de Orçamento Familiar feita pelo IBGE mostrou quer o brasileiro consome o dobro disso, o que revela que esses consumidores estão propensos a adquirir doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos”, advertiu Lúcia Kurdian Maranha.
Esperança de vida
Em Campinas, atualmente a população de idosos – pessoas com mais de 60 anos – está estimada em mais de 120 mil. Isto representa mais de 12% do total da população, acima da média brasileira. A expectativa de vida do município também é maior que a média nacional. De acordo com os dados municipais de 2005/2006, o campineiro vive em média até 74,8 anos de idade, enquanto no Brasil a média é de 72 anos. As mulheres lideram a longevidade, com uma média de 78,5 anos. Os homens vivem cerca de 71,3 anos.
