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Construção civil fecha primeiro bimestre com saldo de 98 vagas na RMC
Em Fevereiro, Paulínia puxou para baixo as contratações em toda a região
O setor da construção civil mantém sinais de retomada neste inicio de ano na Região Metropolitana de Campinas (RMC). Um dos indicativos de reaquecimento dos negócios é geração de empregos, que no primeiro semestre de 2019 fechou com saldo positivo de 98 vagas. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, divulgados segunda-feira. No mesmo período do ano passado, o setor havia eliminado 334 postos.
De acordo com o Caged, no primeiro bimestre o saldo de admissões na região foi de 4.399, enquanto que o número de demissões chegou a 4.301, resultando no saldo positivo de 98 contratações. Dos 20 municípios que formam a RMC, 14 tiveram mais admissões que demissões no acumulado de janeiro e fevereiro deste ano.
Indaiatuba, com 368 novas vagas, foi o município com a maior geração de empregos com carteiras assinadas no setor. Campinas foi o segundo município com maior volume de empregos gerados, com 192 postos abertos no período. Na outra ponta, aparece Paulínia, com 793 vagas fechadas – número acelerado pelos dados de fevereiro.
Fevereiro
No mês de fevereiro, o setor fechou com saldo negativo de 394 postos eliminados. Este número negativo se deve ao alto número de demissões na cidade de Paulínia. Segundo o Caged, as empresas do setor na cidade fecharam 756 vagas (130 admissões, contra 886 demissões), em um movimento atípico em toda a RMC no mês passado.
Em Campinas, o saldo foi positivo pelo segundo mês consecutivo: 61 admissões, totalizando 192 vagas no acumulado de dois meses. Indaiatuba foi o município com maior número de contratações: 193 em janeiro, chegando a 398 no ano.
"Os números do Caged neste inicio de ano vêm confirmando nossa expectativa de que 2019 será um ano de retomada para o setor da construção civil na região", diz o presidente da Associação Regional da Construção de Campinas e Região (Habicamp), Francisco de Oliveira Lima Filho. "Quando olhamos para os números do mesmo período do ano passado, vemos que a evolução existe, mas acreditamos que pode e deverá ser ainda melhor ao longo de todo este ano".
Segundo Lima Filho, existe um otimismo moderado por parte dos empresários do setor, devido ao quadro econômico, e da voltada da confiança dos consumidores para aquisição de bens e consumo a médio e longo prazo. De acordo com o Boletim Focus divulgado esta semana, o consumo deve ter alta pelo terceiro ano consecutivo, de 1,8%. "Se não tivermos surpresas na macroeconmia e na política, acreditamos que a construção civil deva fechar 2019 com um crescimento de 1,8% no PIB (produto Interno Bruto) devido aos lançamentos de empreendimentos e às contratações para inicio das obras", completa o presidente da Habicamp.